Monday, December 31, 2007

MENSAGEM DE FIM DE ANO DO PRESIDENTE MAU DICK.

TIMORGUESES!
NESTA MENSAGEM DE FIM DE ANO,VENHO AQUI HOJE JUNTAR A MINHA VOZ, A LINDA ESCRITA DA MARIA ANGELA, E TAMBEM A DRAMATICA DEFESA DA LUSOFONIA DO VERISSIMO।(COM UMA DEFESA A COSTA PEREIRA DE CORREIA)EM 2008 O MEU PAIS ENVIARA PARA TIMOR UMA UNIVERSIDADE DE ENGENHARIA QUE FUNCIONARA PRINCIPALMENTE AOS FINS DE SEMANAPARA FORMAR FUTUROS ENGENHEIROS, COM MIRA NO CARGO DE GOVERNO।UMA CADEIA DE NOTICIAS EM LINGUA PORTUGUESA, TENDO EM CONTA AS MUDANCAS ORTOGRAFICAS PROMETIDAS।A UNIVERSIDADE VAI SER DIRIGIDA POR HENRIQUE CORREIA E A CADEIA DE NOTICIAS POR VERISSIMO।ASSIM QUE O "DUREZAS' ACABAR O TEMPO NO POSTO EUROPEU, SEGUIRA PARA DILI COMO EMBAIXADOR।OS MEUS VOTOS DE UM BOM ANO NOVO।

UM ABRACO

MAU DICK


Wednesday, December 26, 2007

“ História Antiga” de Miguel Torga




História Antiga
Era uma vez, lá na Judeia, um rei।
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação।
Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga

Saturday, December 22, 2007

Presente de Natal


Quero que todos os dias
Sejam dias de Natal
Para todos terem alegria
E a ninguém lembrar o mal
Ò menino! Não te esqueças
De me dar um presente
Transforma todos os dias
Em Natais p'ra toda a gente।
Em Natais quentes de amor
Com cestos cheios de pão
Com luzes, sinos e febres
Com homens todos irmãos

"Natal dos Simples"


Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro
Vamos às raparigas Solteiras
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro
Vamos às raparigas casadas
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas, pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à 'ventura
Pam-pararan-ri-rí
Pam-pararan-ri-ri
Pam, pam, pam, pam।


Que Deus nos proteja ! ( De Manecas de Fatu Hada )



Mais um ano prestes a terminar
E Timor –Leste continua a chorar!
Falta de Amor!
Paz!
E respeito pelo próximo!
Para prenda de Natal!
Que Deus nos proteja !
Que Deus nos proteja!
Nos de aqueles sorrisos!
Jenuinos dos nossos garotos !

Feliz Natal e que o Ano Novo de 2008 seja repleta de muita paz e amor!
Manecas (de Fatu Hada)

"TIMORSEPIO" de Mau Dick




NUMA TENDA MANJEDOURA DO AEROPORTO
O S.JOSE XANANA MUITO ORGULHOSO
NAO TIRA OS OLHOS DO FILHO REINADO
AO LADO N.SENHORA HORTA DO AMOROSO

OS TRES REIS MAGOS ADORAM
SOCRATES,RUDD E BANBANG MAUN
OS ANIMAIS EM OPOSICAO BAFEJAM
NASCEU NOVO MESSIAS PR'A NASSAUM

E OS PASTIMORZINHOS MAIS UMA VEZ
LA TEM QUE AGUENTAR COM A FANFARRA
NESTA MUI LINDA QUADRA FESTIVA
CANTEMOS SENHOR,HINOS EM ALGAZARRA

A UN-ESTRELA CINTILANTE BEM ALTO
ALUMIA TIMOR INCANDESCENTEMENTE
MAIS REIS MAGOS SE APROXIMAM
POIS O "MENINO" E "GRANDE GENTE"

BOAS FESTAS DE NATAL, RESTO RESTO,
VENHA CA.

UM ABRACO

MAU DICK

Thursday, December 13, 2007

VEM AI O PAI NATAL

VEM AI O PAI NATAL
E MUITO ARROZ CHEGANDO
HA ALEGRIA NA CAPITAL
E A AMP VAI GAMANDO

SETE E MEIO PARA TI
SETE E MEIO PARA MIM
SETE E MEIO PARA ALI
PARA POVO NEM UM SHELIN

GONCALVES ESTA SORRIDENTE
E A GONCALVES MUITO MAIS
QUE GRANDE INCOMPETENTE
ESTE GOVERNO DE JACAIS

xinoco

"PONTE CAIS DILI" de Abe Barreto

Rai nakaras hakbesik mai dadaun
Ahi oan lampu Ponte Cais nian lakan-mate

Laloran tasi baku ba ninin
Hafurin fatuk ba’e sira

Istória lubun ida mós
Hein hela atu haklaken
Ba ita hotu
--
2007

@ Abé Barreto Soares

12:50 AM

Friday, November 30, 2007

CARO PAI NATAL E MAE NATALICIA

EM PRIMEIRO LUGAR DESEJO QUE ESTA MISSIVA

VOS ENCONTRE DE BOA SAUDE, POIS EU CA VOU
UMAS VEZES ANDANDO E OUTRAS DESANDANDO.
(OUVI DIZER QUE E DO CARUNCHO).

APROXIMA-SE O NATAL E TOMEI A LIBERDADE
DE LHES ESCREVER
COMO E DA PRAXE, E, AO MESMO TEMPO FAZER UNS PEDIDINHOS:

a) GOSTARIA QUE DESSEM AO ZE HORTA MUITA SAUDE,
PARA VISITAR 3 A 4 PAISES POR ANO.

E QUE 63 MILHOES DE EUROS 3 A 4 VEZES POR ANO
E MUITA BAGALHOCA;

b) GOSTARIA QUE INTERFERISSEM NO SENTIDO DO
ZE HORTA TER AUTORIDADE PARA NOMEAR
OS PREMIOS DA PAZ .
E QUE E MEIO CAMINHO ANDADO PARA A TALUDA;


c) EM ULTIMO LUGAR GOSTARIA QUE TROUXESSEM
MUITA PAZ E AMOR AO POVO DE TIMOR LESTE.



UM ABRACO

MAU DICK

Sunday, November 25, 2007

Pátria de Borja da Costa



Hino Nacional de Timor-Leste

==============================

Pátria, Pátria, Timor-Leste, nossa Nação. Glória ao
povo e aos heróis da nossa libertação.


Pátria, Pátria, Timor-Leste, nossa Nação.


Glória ao povo e aos heróis da nossa libertação.


Vencemos o colonialismo,
gritamos:


Abaixo o imperialismo.


Terra livre, povo livre,


Não, não, não à exploração.


Avante unidos firmes e decididos.


Na luta contra o imperialismo


O inimigo dos povos, até à vitória final.


Pelo caminho da revolução.

"OS MEUS BERLINDES" de Mau Dick

OS MEUS BERLINDES DE OUTRORA
CARO MANECAS AMIGO MEU
ERAM UNS GRANDES VENCEDORES
DO CAMPEONATO BERLINDE DE AILEU

AOS KALEIKS ERA UM MESTRE
VINHA SEMPRE EM PRIMEIRO LUGAR
UM FLICK DOS MEUS BERLINDES
UMA KALEIKADA DE FAZER GOZAR

NO JOGO DE ELASTICO CAMPEAO
ENTRAVAM SEMPRE A MATAR
UM FLICK DOS MEUS BERLINDES
ESTOU-ME AGORA A LEMBRAR

A MENINICE QUE NAO SE ESQUECE
NUM MUITO LONGINGUO TIMOR
OS ANOS VAO-SE PASSANDO
E EU CADA VEZ MAIS CHEIO DE AMOR

UM ABRACO

MAU DICK

Thursday, November 15, 2007

Minha pátria é minha língua, Mangueira meu grande amor. Meu samba vai ao Lácio e colhe a última flor.



CRIAÇÃO E TEXTO:
OSVALDO MARTINS

SINOPSE:
A esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral, que deixou Lisboa em 9 de março de 1500, era a maior até então reunida para navegar no Atlântico. Não fez nenhuma escala até tocar a costa brasileira e era composta por 1500 tripulantes. Não se conhece, exatamente, os nomes das 13 embarcações.

Vencendo a fúria de ventos agitados,
Singrando “mares nunca dantes navegados”,
Lá vêm elas - tão frágeis e tão belas -
Sorriso aberto em suas velas:
Dez naus, três caravelas.

Muitos séculos antes do Descobrimento do Brasil, o Império Romano havia conquistado vastos territórios da atual Europa. Não foi uma conquista apenas política e territorial – foi também cultural. Os exércitos romanos impuseram seu idioma – o Latim vulgar – que em cada região deu origem a uma língua diferente (Português, Francês, Espanhol, Italiano, Romeno, etc.). O Latim, por sua vez, tem origem no Lácio, uma região do centro da atual Itália onde surgiu Roma.

Trazem a bordo um rico tesouro
Que não é prata nem é ouro.
É uma herança, uma bonança
Mais valiosa que um palácio:
A última flor do Lácio.
“Inculta e bela”, como Bilac cantou
És meu pendão, meu refrão,
Pura e singela, és minha flor na lapela
Que o tempo enfim consagrou.

O Português é hoje o sexto idioma mais falado no mundo. É a língua oficial de oito países dos cinco Continentes: Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. São cerca de 250 milhões de falantes, a maioria no Brasil. O idioma de Camões tem palavras que não encontram tradução em outras línguas. Exemplos: luar e saudade.

Brota em meu peito uma forte emoção
Quando vejo um cenário de tanta beleza!
Deus, em sua Criação, fez questão
De mostrar sua mania de grandeza
Quando dotou o Brasil, sua grande paixão
- e disso eu tenho certeza -
Do idioma que fala ao pulsar do coração:
A nossa Língua Portuguesa!

Ao chegar ao Brasil, trazido pelos descobridores em 1500, o Português sofreu primeiro a influência das línguas faladas pelos indígenas que habitavam o litoral: o Tupi e o Tupinambá. Mais tarde, o Português foi enriquecido por palavras do Banto e do Iorubá, idiomas falados por escravos africanos. Essas contribuições formaram o Português “brasileiro”, uma língua mestiça em constante evolução. Mais recentemente, no século 19, o Português falado no Brasil incorporou também expressões trazidas por imigrantes de várias partes do mundo.

O idioma de Camões, Eça e Pessoa
Aos poucos se abrasileirou
Com a fala dos índios e seu cantar
Misturando o tupi e o tupinambá.
Depois o negro da nação iorubá
Botou “axé” e todo o seu encanto
E até o samba que também é africano
Ganhou a “ginga” que veio do banto.

As influências indígena e africana eram tão fortes que os próprios jesuítas portugueses usavam esses idiomas - conhecidos como a “língua geral” - em sua catequese. Até que, em 1758, o Marquês de Pombal decretou, proibiu outro falar no Brasil que não fosse o Português. No ano seguinte, expulsou os jesuítas do país. A vigilância portuguesa impôs a ferro e fogo o decreto de Pombal e, graças a ela, produziu-se o milagre de hoje um país de dimensões continentais como o Brasil ter um único idioma. A língua é o maior símbolo da identidade e da integração nacional do povo brasileiro.

Foi seu Pombal quem garantiu
No carnaval do meu Brasil
O samba de uma fala só.
Em verso prosa o povo inteiro
Canta alegre, em “brasileiro”
No frevo, no choro e no forró.

Além de grandes autores portugueses como Luiz de Camões, Padre Vieira, Eça de Queiroz e Fernando Pessoa, o nosso idioma tem no Brasil outros tantos luminares: os cariocas Machado de Assis (primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras) e Olavo Bilac, o alagoano de Quebrângulo Graciliano Ramos (Vidas Secas, Memórias do Cárcere), o mineiro de Itabira Carlos Drummond de Andrade (Brejo das Almas, José), o fluminense de Cantagalo Euclides da Cunha (Os Sertões) e muitos outros, considerados clássicos da língua portuguesa.

Hoje a Mangueira, toda airosa
Engalanada em verde e rosa
Canta o idioma que ressoa
Do Oiapoque ao Chuí
Lembra Eça, louva Pessoa,
Inventa um passo e num abraço
Traz Lisboa para a Sapucaí.

Nos grandes mestres fui buscar
O enredo do meu samba pra contar
A saga de um povo altaneiro
De vidas secas nos sertões
De muita luta nos grotões
Como pregava Antonio Conselheiro.

Grandes poetas brasileiros, como Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Cartola, Caetano Veloso, Guilherme de Brito e tantos mais encontraram no samba uma forma superior de falar à alma do povo. A música brasileira difundiu o idioma e aproximou a “última flor” da gente simples que canta, e se encanta.

Minha pátria é minha língua
Minha pena é minha espada.
A paixão não morre à mingua
Se é pra ti, mulher amada,
Que nos versos magistrais
De Vinícius de Morais
Sobre o amor ele proclama:
É “infinito enquanto dure”, e
“Imortal posto que é chama”.

Os poetas de Mangueira
Também sabem que a paixão
É sua melhor parceira,
Sua grande inspiração.
Foi o amor à minha Escola
Num preito de pura emoção
E ternura em cada rima
Que inspirou Mestre Cartola
A compor essa obra-prima
Que é “Sala de Recepção”.

Ó, amada Língua Portuguesa, poética, infinita... Quantos milhares, milhões de escritores, poetas, romancistas, histórias, personagens tu ocultas que por mais que se procure mais existe a desvendar! Bem sei que não cabes inteira no meu samba, que é pequeno demais pra te homenagear. Tão bela tu és que tinha de ser teu o primeiro museu. Não há no mundo outro igual, nem mesmo em Portugal. O endereço é um só, aquele que nos conduz à velha Estação da Luz - teu templo, tua morada, onde podes, como mereces, ser adorada.

Eu sou de uma estação
A Estação Primeira
Que me ensinou uma lição
Durante minha vida inteira:
Só meu samba me conduz
E só Mangueira traduz
A paixão mais verdadeira.

Mas se quero ter certeza
Que a magia e a beleza
Da nossa Língua Portuguesa
É maior do que supus
Pego o trem na minha estrada
E na última parada
Desço na Estação da Luz.

Em tempo: Esta mensagem > Minha pátria é minha lingua, cuja criação e texto é de Osvaldo Martins

Coleção reúne poesias de língua portuguesa



Da Redação
Mundo Lusíada

No passado dia 04 de outubro, foi lançado em Porto Alegre (RS) a Coleção Pôépurú, com poesias de Língua Portuguesa. O editor e poeta Paulo Bacedônio reuniu poetas clássicos e contemporâneos dos oito países de língua oficial portuguesa para este trabalho.

Com projeto de um livro de bolso "semi-artesanal", a Coleção Pôépurú tem uma tiragem de 50 mil exemplares, 22 páginas de poesia, com miolo impresso e capa colorida, acabamento manual e costurado com barbante.

O primeiro volume a ser lançado traz 5 poemas barrocos, de Manuel Botelho de Oliveira, poeta nascido em 1636 na Bahia, e falecido em 1711. Segundo a assessoria de Bacedônio, o primeiro poeta nascido no Brasil e o primeiro a publicar em livro. Em 1705 publicou Música do parnaso, obra que reúne poemas em português, espanhol, italiano e latim.

No volume 2, Sonetos, de Antero de Quental, poeta nascido em 1842 em Ponta Delgada, no arquipélago luso dos Açores, e falecido em 1891, é um dos maiores sonetistas da língua portuguesa, ao lado de Luís de Camões e Bocage.

O projeto que traz poesias de Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Timor Leste, foi lançado no Caffè di Trento, no Centro Cultural CEEE / Erico Verissimo (Rua dos Andradas, 1223 Porto Alegre, RS),

Editor e Poeta
Integrado no mundo poético, Paulo Bacedônio já esteve participando das Comemorações do Bicentenário de Nascimento do Poeta Manoel de Araújo Porto-Alegre, e como editor lançou em 2006 a publicação Colombo (fragmento do canto XXVI), uma edição especial de resgate histórico, com a ortografia da 1ª edição de 1866, em parceria com a Secretaria de Cultura de Rio Pardo/RS. Neste ano, lançou ainda Poemas, do poeta, professor, e crítico português António Soares.

É autor de obras como Embrionário (1996), Livro cálido (2005) e IV poemas (2006). Participou de Congressos Brasileiros de Poesia, em Bento Gonçalves/RS e do 1º Encontro Internacional de Poesia, com escritores brasileiros e uruguaios, além da 7ª Bienal Internacional de Poesia Visual/Experimental do México. E assim, tem divulgado seus poemas em diversos países.

Tuesday, November 13, 2007

DAR A LUZ(GERADOR DE ALTA TENSAO) de MAU DICK

VOU A TIMOR DAR A LUZ
COM GERADOR DE ALTA TENSAO
A NOITE PASSARA A SER DIA
LUZ PARA TODA A NACAO

OS RICOS NAO PAGARAO A TARIFA
MAS OS POBRES TAMBEM NAO
LUZ DE TIMOR LORON SAE
DE BORLA SEM PAGAR UM TOSTAO

O MEU GERADOR DE ALTA TENSAO
VAI EMPREGAR MUITO MALANDRO
PRECISA DE MUITA MANIVELADA
VOU COMECAR PELO LEANDRO

DEPOIS VEM O AMIGO REINADO
O GERADOR FICA MILITARIZADO
DA A LUZ AUTOMATICAMENTE
FICA A OPOSICAO MEIO ATRASADO

OS EX-DEPUTADOS DESEMPREGADOS
VAO SER OS SUPERVISORES
VAI HAVER LUZ COM FARTURA
EM CASA DOS SENHORES DOUTORES

UM ABRACO

de MAU DICK

ERNESTO “CHE” GUEVARA

Fitun Latina
Nabilan iha rai sabutar


Fó roman ba dalan leut sira
---
1997-2005

Abe Barreto Soares

Monday, October 22, 2007

"ELEGIA DAS ÁGUAS NEGRAS"

Olá Maracujá

Um grande abraço para todos os amigos da poesia.
Envio um poema de Eugénio Andrade em homenagem a Che Guevara. Um personagem mitico que já ultrapassou as ideologias que levam as sociedades a desentenderem-se.
Che, actualmente, faz parte da sociedade de consumo.
São os tempos que correm.


ELEGIA DAS ÁGUAS NEGRAS

PARA CHE GUEVARA

Atado ao silêncio, o coração ainda
pesado de amor, jazes de perfil,
escutando, por assim dizer, as águas
negras da nossa aflição.

Pálidas vozes procuram-te na bruma;
de prado em prado procuram
um potro, a palmeira mais alta
sobre o lago, um barco talvez
ou o mel entornado da nossa alegria.

Olhos apertados pelo medo
aguardam na noite o sol onde cresces,
onde te confundes com os ramos
de sangue do verão ou o rumor
dos pés brancos da chuva nas areias.

A palavra, como tu dizias, chega
húmida dos bosques: temos que semeá-la;
chega húmida da terra: temos que defendê-la;
chega com as andorinhas
que a beberam sílaba a sílaba na tua boca.

Cada palavra tua é um homem de pé,
cada palavra tua faz do orvalho uma faca,
faz do ódio um vinho inocente
para bebermos, contigo
no coração, em redor do fogo.

Eugénio de Andrade

Wednesday, October 17, 2007

Ukun Rasik An de Kaotay Sarmento

Fui hosi Wehali
Rai nia abut
Emar se Maubere
Timor nia abut
Ita hotu nia isin
Lolon ida de'it
Ita hotu nia klamar
Neon ida de'it

Ukun Rasik An!

-Kaotay Sarmento (RIP)

Tuesday, September 18, 2007

"HA’U NU’UDAR FATUK KI’IK IDA NE’EBÉ ITA BO’OT TUDA BA IHA KOLAN LARAN" de Abe Barreto




(Meditasaun Rai Nakaras Nian)

“wainhira moris nia instrumentu múzikal tomak sei atu toka, maka Ita Bo’ot nia liman mós sei atu hamosu knananuk domin nian.”
Rabindranath Tagore

Na’i, ha’u nu’udar fatuk ki’ik ida ne’ebé Ita bo’ot tuda ba iha bee kolan moos furak ida

No ha’u mout ba bee kidun

Teki-tekis husik hela laloran ki’ik, neneik-neneik hakbesik ba kolan ninin

Loro-matan nakaras
haklaken nia nabilan,
re’i bee kolan nia ibun kulit

Laloran ki’ik, ho maus hamosu furin
Laloran ki’ik, neneik-neneik halakon sira-nia an
---
2002-2005
Abe Barreto Soares

Monday, September 10, 2007

"Menino Magoado" de MGabriela Carrascalao


01-12-2006

Menino.... Abandonado,
rejeitado!
chorando!...
nas ruas de Dili!...
Secas! Poeirentas!
Menino magoado!
Perdido...
Angustiado!
Geme!
Garoto inocente!
triste, mal amado!
Menino esfomeado!
inocência violada !
criança usada!
rosto massacrado,
lágrimas !
de sangue jorrando!
nas ruas de Dili!...
Secas! Poeirentas!
Criança chorando!
Meu Menino,
garoto magoado!
Triste !...
abandonado!...


MGabriela Carrascalão
1-12-2006

"A CIDADE É UM CHÃO DE PALAVRAS PISADAS" de Ary dos Santos


A CIDADE É UM CHÃO DE PALAVRAS PISADAS


A cidade é um chão de palavras pisadas
a palavra criança a palavra segredo.
A cidade é um céu de palavras paradas
a palavra distância e a palavra medo.

A cidade é um saco um pulmão que respira
pela palavra água pela palavra brisa
A cidade é um poro um corpo que transpira
pela palavra sangue pela palavra ira.

A cidade tem praças de palavras abertas
como estátuas mandadas apear.
A cidade tem ruas de palavras desertas
como jardins mandados arrancar.

A palavra sarcasmo é uma rosa rubra.
A palavra silêncio é uma rosa chá.
Não há céu de palavras que a cidade não cubra
não há rua de sons que a palavra não corra
à procura da sombra de uma luz que não há.

ARY DOS SANTOS

Thursday, September 06, 2007

"TIMOR E A SOLIDAO" de Mau Lear




Estou sem inspiração mas quero escrever em verso alguma coisa sobre Timor

Algo que me liberte e me tire o peso do coração, uma boa noticia será possível ou não? 

Nada de política, nada de desgraças, nada de soberbas nem de tiros.

Mas uma névoa sentida de amor, e carinho que distancie da terra amada toda a pulhice e sangria.

Uma nuvem de veneno puro e gostoso que limpasse o mal cheiroso a maldade e o desespero. 

Que desse a Timor o caminho maravilhoso das estrelas e constelações cheia de milhões de anos de luz e salva de complicações

Mas a porcaria da inspiração não me vem, e eu nesta solidão nesta confusão de soberbas e de tiros desisto.

E engulo o tal veneno puro e gostoso.

Mau Lear

"A primavera" de Mau-Dick


COMECA AMANHA A PRIMAVERA
NESTA BONITA CIDADE QUE VIVO
AS FLORES SORRIEM ALEGREMENTE
E O SEU PERFUME E UM SEDATIVO

MAIS UMA PRIMAVERA FLORIDA
ONDE OS REBENTOS DAS ROSEIRAS 
TIMIDAMENTE SE VAO RENOVANDO
EM IRMANDADE COM AS PIQUEIRAS

VOU CONSTRUIR UMA PONTE
A PONTE DA FRATERNIDADE
ONDE TODOS OS TIMORENSES
VIVAM FELIZES, EM IGUALDADE

OS SONHOS SAO MUITO BONITOS
MAS A REALIDADE E MAE TRAICOEIRA
ARRANCA-NOS A FLOR DA PELE
MAL A GENTE COMECA A PASSADEIRA

MAS UM TIMORENSE, BOM ARQUITECTO
COM TODO O MATERIAL DE CONSTRUCAO
PODE CONSTRUIR A DITA PONTE
COM UM SUSPIRO DO CORACAO

UM ABRACO

MAU DICK

Friday, August 31, 2007

VOZ DAS URNAS

A VOZ DAS URNAS PRONUNCIOU-SE
A MAIORIA NAO E DA FRENTE
HA QUE SE ABRIR ESTAS CACHOLAS
QUE MANTEM A MENTIRA DOENTE

COM CERTEZA QUE VIERAM A FRENTE
MAS A MAIORIA PIA NO OPOSTO
E A DOENCA DOENTIA DE MUITOS
PERSISTE MESMO EM AGOSTO

O ANIVERSARIO ESTA PRESTES
E A LUZ DA RIBALTA
MEUS IRMAOS "IS ABOUT TIME"
DE DAR UMA ALEGRIA A NOSSA MALTA


UM ABRACO

MAU DICK

Friday, August 24, 2007

"LENDA TIMORENSE SEMPRE ACTUAL" de Mau Dick




(DESUNIDADE, INERCIA E RETROCESSO)

CONTA A LENDA DO MAU DASSA RAI QUE A DESUNIDADE, INERCIA E RETROCESSO, TRES VERDADEIROS MOSQUITEIROS, MUI QUOTIDIANOS, VIVIAM NUM PAIS LINDO DE MORRER ONDE OS MAIS "CABECUDOS", UM BELO DIA DECIDIRAM MEDIR FORCAS PARA INGLES VER.
A DESUNIDADE NAO QUERIA POR FORCA ALGUMA FICAR DE FORA NA CONSTRUCAO DO BUSTO DE "ELVIS".
A INERCIA ALIOU-SE AO RETROCESSO E SO QUERIAM CONSTRUIR O BUSTO DO "BORAT".
PERNAS PARA QUI, PERNAS PRA COLA, E, AS TANTAS O MAUN CATUAS DECIDIU INTERVIR E CRIAR UM BUSTO DE LADOS DUPLOS.
CRIOU-SE UM BUSTO COM UM LADO A "ELVIS" E O OUTRO A "BORAT".
DEU-SE-LHE O NOME ARABICO DE "EL BORATVIS"

UM ABRACO

MAU DICK

Avança Camarada!

Grande é a Nação
que nunca se-teme perante qualquer leviatã
que nos dera tanta a inspiração
na luta heróica e sangrenta
para ser firme, convicto e resistente

Grande é o Povo
O orgulho é de ser Maubere
Juntos pegamos nas armas
avançamos paço a paço
libertamo-nos das garras
do regime fascista

Camarada, avança!
Estamos diante um novo domínio
De "maun boot" que hoje um lacaio
dos vizinhos que dantes nos serviam de opressor
Do quem era o nosso "irmão maior"
hoje à Nação se tornou traidor

Avança Camarada!
A Nação em agonia.


Escuta camarada,
O grito do Povo!

A revolução será completa
quando livre é o Povo
e ao Povo a Nação devolvida!

"Grito"

A VOZ DAS URNAS

A VOZ DAS URNAS PRONUNCIOU-SE
A MAIORIA NAO E DA FRENTE
HA QUE SE ABRIR ESTAS CACHOLAS
QUE MANTEM A MENTIRA DOENTE

COM CERTEZA QUE VIERAM A FRENTE
MAS A MAIORIA PIA NO OPOSTO
E A DOENCA DOENTIA DE MUITOS
PERSISTE MESMO EM AGOSTO

O ANIVERSARIO ESTA PRESTES
E A LUZ DA RIBALTA
MEUS IRMAOS "IS ABOUT TIME"
DE DAR UMA ALEGRIA A NOSSA MALTA


UM ABRACO

MAU DICK

"Prospecçao" de Miguel Torga

ESte poema foi-nosenviado pelo nosso leitor e amigo Antonio Virisssimo

Em Portugal comemoraram-se os 100 anos do seu nascimento.
Também aqui o considero digno de ser lembrado com um simples poema.
Fica o poema e um abraço para todos.

Prospecção

Não são pepitas de oiro que procuro.
Oiro dentro de mim, terra singela!
Busco apenas aquela
Universal riqueza
Do homem que revolve a solidão:
O tesoiro sagrado
De nenhuma certeza,
Soterrado
Por mil certezas de aluvião.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Mas só quero a fortuna
De me encontrar.
Poeta antes dos versos
E sede antes da fonte.
Puro como um deserto.
Inteiramente nu e descoberto.

Miguel Torga

Friday, August 10, 2007

"POVO SEM VOZ" de Xanana Gusmão




Nosso grito é o silêncio
Na passagem do tempo
E o tempo é o sangue
No silêncio do mundo!

- Ouvi, mundos!

Ouvi , gentes da política!
Invadistes a nossa Pátria com o Suharto,
Isolastes Timor-Leste na guerra fria
e torturasses-nos com a indiferença

e matastes-nos com a cumplicidade.

- Ouvi, ouvi as vossas culpas!
Desengajastes a nossa causa com Jacarta,
Minimizastes o nosso direito na ONU
e prendestes-nos com iénes
e massacrastes-nos com dólares.

Nosso tempo é o silêncio
Nas mudanças do mundo
e o sangue é o preço
nos mundos do silêncio!

- Ouvi, mundos!

Ouvi, gentes do poder!
Abençoastes a mortandade com Catedrais,
Enterrastes a tragédia nos investimentos
e desafiastes a nossa consciência
e reprimistes os nossos anseios.

- Ouvi, ouvi as vossas culpas!
Atraiçoastes os vossos próprios princípios,
Manipulastes as vossas próprias normas
e encarcerastes-nos na realpolitik
e matastes-nos como os direitos humanos.

...Somos POVO SEM VOZ
alma sem fronteira com a dor
corpo na escravidão aberto ao tempo
Pátria - um cemitério de interesses!
A nossa luta...
é a história
do poder do silêncio!

Xanana Gusmâo

Thursday, August 09, 2007

"LUCIA LOBATO" de Mau Dick




QUERIDA LUCIA LOBATO
SENHORA DE GRANDE TRADICAO
MOSTRASTES AO MUNDO INTEIRO
LEI ACIMA SEJA PRIMO OU IRMAO

MAS QUE LUFADA DE AR FRESCO
AINDA A POSSE ERA CRIANCA
MAIS POR FAVOR E BEM DEPRESSA
HA AI MUITO "PORCO" PR'A MATANCA

O FOGO DA ANTIGA ALFANDEGA
DISSE A MADALENA BOAVIDA
FOI PARA QUEIMAR AS PROVAS
DA CORRUPCAO.OBRIGADA AMIGA.

NESTE NOVO SISTEMA FISCAL
CASO PRECISEM DE UM JURISTA
HA O QUE AINDA MORA NO FAROL
E QUE PENSA QUE E FUTURISTA

PARA O TRIBUNAL DE CONTAS
OUCAM ESTA OPINIAO AMIGA
PONHAM LA O INCANSAVEL NUOLHO
POIS GUARDARA A BANDEIRA ESCONDIDA

UM ABRACO

MAU DICK

Wednesday, August 08, 2007

"Knua" de Alex Tilman


Knua

Knua,
Ki'ik, maibé uma
Ita hotu nia knuuk
Kosok eh katuas
Ema di'ak eh ema aat

Knua
Maka knuuk ema nian
Lori han, lori hemu
Sori ita, hamahon ita
Dala ruma,
ita sente boot liu nia

Knua,
Klo'ot, maibé uma
Ita boot ona
Knua ki'ik nafatin
Hanesan manu-fuik, ita semo lemo-lemo

Manu baku liras, semo ba fatin hoti-hotu
maibé sei fila-fali ba nia knuuk
Timor-oan baku ulun, la'o bá fatin hotu-hotu
maibé tenke fila-fali ba nia knua

Alex Tilman, 2006

"TIMOR LESTE" publicado no Cantigas do meu cantar por Carlos Boccaci


segunda, 14 novembro, 2005



Este povo que sobrevive,

dentre os escombros,

com ânsias de ser livre,

porém,tamanha a carga, em tão frágeis ombros !

Este povo que da guerra,

herdou as marcas da crueldade,

em que o rastro na terra,

marcou da luz a sombra,para a tão distante felicidade !

Este povo filho de Deus,

em momentos, sabe quais,

busca os anseios seus,

no vazio do tempo,o perdido e amargo, jamais !

Este povo sem futuro,

que do presente,

registra no dia a dia, ataques ímpios, tão duros,

destruindo,ceifando vidas, sem poupar os inoscentes ...

Este povo que ainda resiste,

a fome, a tortura de ver morrer,

pior que a própria via, tudo que existe,

na memória despedaçados sonhos do triste e

perdido querer ...

Este povo guerreiro,

que marca a história,

incomparável,vista no mundo inteiro,

tais cenas,não apenas tristes ... pior, luta inglória !

por Carlos Boscacci

Tuesday, August 07, 2007

"hale-hun ida" by Alex Tilman




Iha tasi-ibun iha Dili
Hamriik hale-hun ida
Boot, tuan, aas
Mahon-diak, hamahon ema
Nia tahan monu habokur rai
Nia sanak dada manu-fuik mai
Nia lolon, fatin ba labarik sira
Mai feto, mai mane,
Ita rua, mai namora.

Alex Tilman, 2007

Thursday, August 02, 2007

Oé-CUSSI precisa de livros



As irmãs da Escola Primária de Padiae precisam de livros. Podem enviar livros novos ou usados (sem riscos ou rasgões) para:
Escola Primária de Padiae
Estação Missionária Católica
Padiae
Oekusse
Timor-Leste


******************************
Também a Escola Primária de Abafala precisa de materiais escolares:
Escola Primária de Abafala
Abafala (Baucau )
Timor-Leste

Enviem os livros em embrulhos com um máximo de 2Kg, em correio económico de livros para Timor (2,8 euros).

A.Lança

Monday, July 30, 2007

Lendas e histórias de costumes e tradições reunidas em livro





LENDAS TIMORENSES PUBLICADAS EM PORTUGAL




Cerca de oito dezenas de lendas e histórias sobre usos e costumes de Timor-Leste recolhidas por timorenses que receberam formação de Língua Portuguesa, estão reunidas numa obra a lançar quinta-feira, pela Fundação Mariana Seixas, de Viseu.


O livro "Lendas de Timor (Baucau) e Outras Histórias" foi apresentado, na Biblioteca Municipal por Timor, em Lisboa, com a presença da sua coordenadora, Maria Cristiana Casimiro, e do ex-presidente da Comissão Parlamentar da Assembleia da República para o Acompanhamento da Situação em Timor-Leste, Miguel Anacoreta Correia.

No dia seguinte, será dado a conhecer em Viseu, cidade onde está sedeada a Fundação Mariana Seixas.

António José Coelho, editor da obra, disse que a leitura das lendas fará os portugueses "compreenderem melhor alguns dos comportamentos dos timorenses", fortemente ancorados nas tradições.

Sete dos textos tinham sido recolhidos por um organismo francês, de carácter cultural (IRFED), que estava a trabalhar em Baucau, tendo Maria Cristiana Casimiro - que dava aulas de Língua Portuguesa naquele distrito - colaborado na sua correcção, no ano lectivo de 2001/2002.

Os restantes, que constituem o grosso da obra, surgiram de um trabalho realizado nas aulas de formação de professores/adultos em 2002/2003, no âmbito da unidade didáctica de estudo de lendas timorenses.

"A nossa interlocutora em Timor (Rosa Meneses) é que um dia nos fez chegar este trabalho às mãos", contou António José Coelho.

A obra "Lendas de Timor (Baucau) e Outras Histórias" terá uma tiragem de mil exemplares mas, segundo o editor, mais de metade serão para oferecer.

"Vamos oferecê-la a todas as bibliotecas municipais de Portugal, com o apoio da Associação Nacional de Municípios Portugueses, e também mandá-la para Timor", assegurou.

A Fundação Mariana Seixas tem reforçado a sua ligação a Timor-Leste desde que, há seis anos, recebeu na sua escola profissional, em Viseu, um grupo de dez alunos timorenses.

"Ao procedermos à edição de 'Lendas de Timor (Baucau) e outras Histórias' temos uma vez mais a noção do nosso contributo para a fixação da memória e, assim, da cultura do povo timorense", refere o presidente da fundação, Francisco Peixoto, na nota de abertura da obra.

Anacoreta Correia, que escreveu o prefácio do livro, considera que este é "um grande exercício de penetração na alma timorense".

"Fala-nos do respeito pelos antepassados, das lendas, das tradições, das relações sociais e mesmo da organização política dos povos; explica-nos a importância do dote (Barlaque), do respeito pela morte, da veneração pela Mãe Natureza; lembra-nos que os galos prolongam as tradições guerreiras e, por todo o livro, perpassa a importância da tentativa de explicação do sobrenatural", refere.

Destaca como um dos depoimentos mais interessantes o intitulado "Tradição", que "enfrenta decididamente os conflitos entre a tradição e a modernidade que se deseja para um país nascente".

"O segredo estará em que Timor avance, progrida, mas não despreze a sua matriz cultural. É uma síntese difícil, mas possível e desejável, em que às mulheres está reservado um papel decisivo, como bem se assinala", considera.

Muitos outros textos ajudam a compreender atitudes dos timorenses, como a história de "Dom Lírio" - que depois de o terem matado por diversas vezes e das mais variadas formas e de ter finalmente subido ao céu, enviou uma praga - a quem hoje ainda fazem ofertas de frango branco.

"Vocês e as gerações seguintes conhecerão tempos difíceis. Por um longo tempo, irão viver desunidos, porque desconhecem o amor, andarão sempre em conflitos e matar-se-ão uns aos outros. A vossa desunião fará com que o inimigo vos oprima facilmente, ele esmagar-vos-á e massacrar-vos-á, como vocês fizeram comigo", terá dito Dom Lírio.

Segundo o texto publicado, "os que conhecem esta lenda dizem que a história de Timor coincide com a praga" lançada por Dom Lírio: "Timor foi oprimido durante 500 anos pelo governo português, 24 anos de ditadura militar indonésia e, possivelmente, mais uns anos de pobreza e sofrimento nos inícios da independência".

Saturday, July 28, 2007

"SE EU PUDESSE" - de Mau Dick


Manda de novo o teu poema numérico. Creio que acidentalmente o apaguei . E enquanto esperamos, pois fiquem com o :



ESTE É UM POEMA PARA O JOÃO DO TIMOR CARTOON da autoria de Mau Dick.

SE EU PUDESSE!!!


SE EU PUDESSE TROCAVA ISTO TUDO
POR AQUELE EM TUA KOIN, DO NADA
LUGAR DE PAZ, BELEZA E SERENIDADE
NO MEU TIMOR, TERRA MINHA AMADA

TROCAVA SONS DE TOKÉ E LAGARTIXA
MUITO MAIS TOLERANTES E NATURAIS
POR ESTA AZAFAMA QUE ME ENSURDA
NUM MUNDO CHEIO DE IRRACIONAIS

TROCAVA O DESPERTADOR PELO GALO
PARA ACORDAR E PODER MARAVILHAR
ESTA BELEZA QUE ME VIU NASCER
NO MEU TIMOR LESTE DE ENCANTAR

SE EU PUDESSE ERA JA HOJE
NEM TAO POUCO OLHAVA PARA TRAS
MAS O DESTINO TEM DESTAS COISAS
E PRECISO ESPERANCA, MEU RAPAZ

Thursday, July 26, 2007

Soneto do Orfeu- de Vinicius de Morais



São demais os perigos dessa vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar, que atua desvairado
Vem unir-se uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Uma mulher que é feita de música
Luar e sentimento, e que a vida
Não quer, de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento,
Tão cheia de pudor que vive nua.


Vinicius de Moraes

Poeta, compositor, intérprete e diplomata brasileiro, nasceu no Rio em 19/10/13 e faleceu na mesma cidade em 09/07/80. Escreveu seu primeiro poema aos sete anos. Fez curso de Direito no Rio e de Literatura Inglesa em Oxford. Ingressou na carreira diplomática, por concurso, em 1943, tendo servido como vice-cônsul em Los Angeles (1947-50), o que abriu sua temática, posteriormente enriquecida pelo seu interesse em teatro e cinema. Serviu também em Paris (duas vezes) e Montevidéu.

Interessado em cinema desde estudante, foi crítico e censor cinematográfico. Como delegado brasileiro, participou de vários festivais internacionais de cinema (Cannes, Berlim, Locarno, Veneza e Punta del Leste) e, em 1966, foi membro do Júri Internacional de Cannes).

Aos 19 anos publica seu primeiro livro de versos, Caminho para a Distância, e aos 22, Forma e Exegese (ganhador do Prêmio Felipe d'Oliveira de 1935). Em 1936 sai Ariana, a Mulher, que é o apogeu de sua primeira fase, impregnada de sentido místico. Começou então a usar uma sintaxe mais popular, e sua lírica se carrega de sensualismo a partir de Cinco Elegias (1938) e Poemas, Sonetos e Baladas (1948), enriquecendo-se depois com temas de sentido social. Publica também Livro de Sonetos, Procura-se uma Rosa e Para Viver um Grande Amor. O lirismo (muitas vezes sensual) é a sua marca registrada.

Seu drama Orfeu da Conceição (1953), montado para o teatro em 1956 e transposto para o cinema por Macel Camus em 1959 (como Orfeu Negro), ganhou neste ano a Palma de Ouro do Festival de Cannes e o Oscar de Hollywood como o melhor filme estrangeiro.

Na década de 60 junta-se a jovens músicos no movimento conhecido como Bossa Nova, mesclando elementos de samba e jazz. Comporia, junto com Tom Jobim, a música Garota de Ipanema, símbolo de uma época. Uma grande quantidade de poemas seus foi posteriormente musicada.

Sunday, July 22, 2007

"No alto de Fatu Kama" -de Kuda Talin (Rebo-Rebo)


No alto de Fatu Kama !

Muitas ondas vejo ao luar!

Areia Branca !

Indescreta !

ao vento a espiar!

Lá via a Maria !


Que das águas... era só mar!

toda ela se contorcia !

Também , a donzela Sonha!

Do meu neto nada tinha!

No alto de Fatu Kama!

A Lua indescreta tudo via!

Desde pescador !

Ao Rei do Mar!

No alto de Fatu Kama

Tudo via!...

Ah! louca paixão,,,,


Um abraço

de Kuda Talin (Rebo-Rebo)

"PAZ ONTEM, AMOR HOJE " de Mau Dick





A PAZ JÁ FOI CANTADA

ESPEREMOS QUE DÊ FRUTOS

VAMOS CANTAR O AMOR

DEIXEMOS DE SER BRUTOS



O AMOR É COISA LINDA

QUE SE CRIA E CONTAGIA

O AMOR E DEVERAS COMPLICADO

QUE AS VEZES SE TORNA FANTASIA



EU AMO, TU AMAS, ELE AMA

CADA UM O SEU AMORZINHO

EU AMO TODOS DE IGUAL

SEJA GRANDE OU PEQUENINO



O AMOR TAMBÉM SE DESGASTA

E PRECISO RECARGAR A BATERIA

AMOR COM PILHA NOVA ENCANTA

A JOANA, PULQUÉRIA OU A MARIA



O AMOR TEM QUATRO LETRAS

MAS SIGNIFICA TODO UM CONDADO

UMA PALAVRA TAO CURTINHA

COM TÃO GRANDE SIGNIFICADO



TIMOR É AMOR SÃO PRIMOS

DE UMA PRESTIGIOSA REALEZA

O AMOR É O CHEFE SUBLIME

E TIMOR A SUA BELA PRINCESA


Mau Dick

Dezembro de 2006

Saturday, July 21, 2007

"Poema a Timor Lorosae" de Idalina Silva



Vem, amigo vem, dá-me a mão
Vamos lembrar os dias antigos
Quando cantavas a cada põr do sol
Na nudez do dia e dos meus braços
Dançando a musica da inocência
Na noite calada, a cada passo,
a cada abraço
Vem lembrar quando corriamos
Montes e vales da tua terra Mãe
Quando seguia as tuas expectativas
Ao som dos “babadok” sendo a chuva
O manto das memórias heróicas
Vem, amigo vem, dá-me a mão
Aceita a recordação traduzida em sabedoria
Deixa as memórias do tempo ser caminho
Sem fantasmas ou temores
Porque nele vais encontrar a herança
Dos teus avós, teus pais, e irmãos
Vem, amigo vem, dá-me a mão
Deixa-me seguir-te nos caminhos do inesperado
Sentir teu sangue guerreiro
Lembrar pela ultima vez a ternura do teu olhar
Quando deixar a terra que aprendi a amar…
Timor Lorosae


Idalina DaSilva

Wednesday, July 18, 2007

"A Liberdade" de Mau Dick



OH LIBERDADE QUE TE VANISTE
CRIASTE UMA GRANDE CRATERA
A OPÇÃO VIROU DIMINUTA
E O QUE RESTA E MESMO BERA

E A MINHA VEIA POETICA
PRECISOU DE UM BOM DESCANÇO
AGORA QUE TENHO MAIS TEMPO
VOU VERSAR COM MUITO FARTANSO

PARA O PRINCÍPIO DO MÊS DE AGOSTO
VAMOS TER UM GOVERNO DE FARTA
PRIMEIRO MINISTRO E MAU TERÇA
E O DA DEFESA SERÃ O MAU QUARTA

O DA AGRICULTURA MAU QUINTA
E O DE ESTRANGEIROS MAU GUNDA
O DAS FINANCAS MAU MINGO
E TRABALHO É O QUE MAIS ABUNDA

UM ABRACO

MAU DICK

Tuesday, July 17, 2007

"RAIAR DA ESPERANÇA" de Antonio Virissimo



Olho o céu e agradeço
Ter atendido minhas preces
Pacificar meu país
Trazer nova esperança
Restituir o que mereces
Plantar nova raiz
Que dará frutos de mudança

Que venha a paz e a concórdia
Que floresça o entendimento
Que o diálogo seja permanente
Que a mentira não tenha casa
Nem lugar para se esconder
Que o país seja nosso
Acolhedor e independente
Que a liberdade voe na asa
Da alegria que meu povo sente

Sunday, July 15, 2007

"Por um Timor Independente!" - de Ramehana

----------------------- (multidão sem rosto ) ------------------------

Por um Timor Independente.

Duzentos resistentes?

Como é possivel serem só 200?

Oh Gente! se me ouvem:

Oiçam o meu grito de revolta.

Como eles mentem!!!

Como eles temem dos 200.

Há quantos anos andam eles a lutar

contra os 200 guerrilheiros,

com dezenas de batalhões,

eles não conseguem acabar.

Porque em todos os Timorenses

Vejo um resistente!

um rosto de lutador!

Só 200? Não são?

Somos todos!

quer queiram quer não.

Somos Todos por Timor

Por um Timor livre...

Por um Timor Independente.

Há quantos anos a lutar?

Até o último a tombar.

Com todo o fervor

Timor irá gritar.

O HINO DA VITÓRIA

VIVA TIMOR!

TIMOR DOS TIMORENSES...



Ramehana Ailatan
9/June/1997



Saturday, July 14, 2007

"Oh! Liberdade!" de Xanana Gusmao


Se eu pudesse
pelas frias manhãs
acordar tiritando
fustigado pela ventania
que me abre a cortina do céu
e ver, do cimo dos meus montes,
o quadro roxo
de um perturbado nascer do sol
a leste de Timor

Se eu pudesse
pelos tórridos sóis
cavalgar embevecido
de encontro a mim mesmo
nas serenas planícies do capim
e sentir o cheiro de animais
bebendo das nascentes
que murmurariam no ar
lendas de Timor

Se eu pudesse
pelas tardes de calma
sentir o cansaço
da natureza sensual
espreguiçando-se no seu suor
e ouvir contar as canseiras
sob os risos
das crianças nuas e descalças
de todo o Timor

Se eu pudesse
ao entardecer das ondas
caminhar pela areia
entregue a mim mesmo
no enlevo molhado da brisa
e tocar a imensidão do mar
num sopro da alma
que permita meditar o futuro
da ilha de Timor

Se eu pudesse
ao cantar dos grilos
falar para a lua
pelas janelas da noite
e contar-lhe romances do povo
a união inviolável dos corpos
para criar filhos
e ensinar-lhes a crescer e a amar
a Pátria Timor!

Tuesday, July 10, 2007

MUDANÇAS NA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA A PARTIR DE JANEIRO 2008

A partir de janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - terão a ortografia unificada.

O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada.

Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.
Resumo da ópera - o que muda na ortografia em 2008:

- As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo".

- mudam-se as normas para o uso do hífen

- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem".

- Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos".

- O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.

- O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y".

- O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).

- Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia". O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia.

- Em Portugal, desaparecem da língua escrita o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "acto", "adopção" e "baptismo". O certo será ação, ato, adoção e batismo.

- Também em Portugal elimina-se o "h" inicial de algumas palavras, como em "húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: "úmido".

- Portugal mantém o acento agudo no e e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras:

académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.

Fontes: Revista Isto É, Folha de São Paulo e Agência Lusa.

Monday, July 09, 2007

"LIAN POVU NIAN LIAN" por Abé Barreto Soares




Lian Maromak, lian lulik na’in, hori uluk hori otas kedas
Keta koko, keta tahan, keta halimar

Lian povu nian, lian halerik, lian hamulak
Lian kro’at, halo mundu hakfodak

Lian povu nian, lian lulik na’in, lian kbiit tomak, sobu laran metan,
harahun laran fo’er

---
2006

Abé Barreto Soares

Sunday, July 08, 2007

"Por um Mundo melhor" de Lau Malai


Se todos pensassem,
tomassem consciência dos seus erros,
tivessem coragem,
assumissem as suas culpas
e corrigissem as atitudes,
certamente que todos juntos
seríamos suficientes
para derrotar os impostores,
para derrotar os hipócritas,
para defender o bem no nosso Mundo
e transformar o Planeta Terra
num local apetecível
para a própria Natureza
da qual fazemos parte.


Um beijo
Laumalai
09-07-2007

Wednesday, July 04, 2007

"DESCULPAS..." de António Virissimo


DESCULPAS...

Tenho andado sem cabeça
Pra esta coisa dos versos
Não que Maracujá não mereça
Meus respeitos e apreços

Desculpe meu bom amigo
Esta falha da minha parte
Não cumprir o prometido
Coisa que do político é arte

Fique aqui com a garantia
Que se a política acalmar
Sobra-me uma hora ao dia
Para as artes de versar

Assim já poderei cumprir
No convivio estar presente
Escrever, versar chorar ou rir
Dizer aquilo que a gente sente

Um abraço para todos

"SAUDADE " de Lau Malai


SAUDADE

Vazio na alma
Nó no peito
Olhar no horizonte
Longe
Pensamento distante
Encantamento
Sempre
Passado, presente,
Sempre ausente
Presença sem estar presente
Abraço forte
Lágrima
Sorriso
Saudade
Ternura delinquente

Um abraço
Laumalai

INAN FETON DOBEN: “WE MATAN, SULI LORON, SULI KALAN”


INAN FETON DOBEN: “WE MATAN, SULI LORON, SULI KALAN”

( *) Reflesaun kona-ba Feto iha Harii Dame

Ko’alia kona-ba inan, la seluk, la leet, ita ko’alia kona-ba ita-nia hun, ita ko’alia kona-ba ita-nia abut rasik.

Se karik la ho inan nia prezensa, oinsá maka ita bele mosu, oinsá maka ita bele eziste, no bidu ho laran haksolok iha ita-nia planeta Rai nia palku leten, no rai fehan sira?

Hamutuk ho ita-nia aman sira, ita-nia inan doben, kous hasai ita ho laran no neon tomak, hosi Nai Maromak nia kadunan, ho neras domin. Nia kous ita, nia lori ita mai hatuur tan iha abad mundu rai klaran ne’e nian. Nia la kole, foti matan, hateke ita buras, nia la kole haree ita, lolo ita-nia dikin, rani iha fatin-fatin.

Inan nia terus, sura labele. Inan nia kole, inan nia kosar been, selu labele, to’o deit ita tama fali ba rai kuak, alias fila fali ba rai rahun.

Hanesan inan ida ne’ebé tau ita iha mundu rai klaran, nia la husu buat barak mai ita. Hanesan inan ida ne’ebé terus barak tiha ona mai ita, nia husu deit, atu ita hato’o hikas fali ita-nia domin tomak ba nia. Hanesan inan ida ne’ebé fó an tomak ba mate atu sosa ita-nia moris, bainhira nia tanis, nia hakarak tebes duni atu ita la baruk, hamaran lisuk nia matan been maka suli.

Inan nia domin, domin rohan laek! Inan nia domin, domin lalehan. Inan nia domin, domin hori otas, domin hori wain nian kedas.

Inan sira nu’udar bee matan, ne’ebé suli loron, suli kalan. Bee matan oan ne’e mós, moos nabilan tebes, no furak la halimar. Kanek bubu sira ne’ebé ita iha, ho bee, ita buka atu tuhik. Kanek bubu sira ne’ebé ita iha, ho bee, sei sai diak.

Ho domin tomak ne’ebé nia hato’o mai ita, nia kria armonia, ho domin tomak ne’ebé nia haklaken, nia kria dame, ho domin tomak ne’ebé nia haburas, nia kria hakmatek iha ita-nia uma laran.

Inan nia prezensa iha mundu rai klaran, ho frajilidade tomak ne’ebé nia iha, nia fó sai nia lian. Nia lian: lian osan mean, nia lian: lian laran maus, nia lian: lian laran dodok, dala barak sempre hananu, iha espasu lia loos nian maka sublime.

Timor-Leste, rai doben, rai murak, nu’udar ita Timoroan sira hotu nia inan. Nia maka hahoris ita. Nia maka fakar ran tanba ita-nia moris.
Hodi sá loos maka ita sei selu nia kole? Oinsá loos maka ita buka atu tau iha neon bebeik kona-ba nia terus no susar?

Timor-Leste nia kanek, Timor-Leste nia tanis, ita hotu nia kanek, ita hotu nia tanis.

Ho krize ida ne’ebé ita enfrenta hamutuk iha tinan kotuk, no oras ne’e mós ita seidauk sai tomak hosi krize ida ne’e, ha’u bele dehan katak Timor-Leste oras ne’e dadaun sei tanis, matan been suli, Timor-Leste oras ne’e sei laran kanek, no sei laran dodok. Nia hamalaha no hamrok ba justisa.

Injustisa, iha kontestu luan, nu’udar aitarak ida maka oras ne’e tuu hela iha ita-nia rain doben nia ain tanen.

Ita keta halo ita-nia inan terus liután!
Ita keta halo ita-nia inan susar liután!
Ita keta halo ita-nia inan matan been suli liután!

Mai ita ba hamaus fila fali ita-nia inan doben!
Mai ita ba hakoak fila fali ita-nia inan doben!
Mai ita ba hamaran fila fali ita-nia inan nia matan been!

Hodi nune’e ita sei la sidi, hodi nune’e, ita sei la monu iha tempu ikus mai. Karik la’e, ita sei hetan malisan, karik la’e ita sei hetan susar.

Mai, mai, ho neon diak, no aten barani, dada sai aitarak oan ida ne’ebé tuu maka’as iha ain tanen ita-nia inan doben nian.

Mai, maluk sira hotu, mai ita ba hamutuk! Se karik la’ós ita, sé tan maka atu halo, sé karik la halo agora, bainhira tan maka ita sei prontu?

Dili, Jullu 2007

Abé Barreto Soares

*) Reflesaun oan ne’e fó sai iha RTTL iha fulan Fevereiru tinan 2007.

Friday, June 29, 2007

"ELEIÇÕES" DEMOCRATA TIMORENSE


DAQUI A UNS POUCOS DIAS
VOLTAREMOS A MAIS VOTACAO
UNS VOTARAO NAS ENGUIAS
E OUTROS NO MAIOR ALDRABAO

AH MEU TIMORZINHO COITADO
QUANDO ENCONTRARAS A PAZ?
GENTE A QUE ESTAS ACOSTUMADO
HAVIA MUITOS LA NO ALCATRAZ

ESCOLHE O MELHOR POR FAVOR
E NAO TE DEIXES ENGANAR
ESCOLHE COM TODO O FERVOR
O MELHOR, PARA TIMOR GOVERNAR

POE DE PARTE OS VENDEDORES
OS ALDRABOES E CHORAMINGOES
VOTA NOS QUE FORAM VENCEDORES
DA NOSSA PATRIA QUE FOI DE CAMOES

DEMOCRATA TIMORENSE

Wednesday, June 20, 2007

"LÁGRIMAS DO XANANA" de Abé Barreto Soares


Dili, 20-6-2007


Introdusaun

Ohin, loron 20 Juñu 2007, eis Prezidente Repúblika Kay Rala Xanana Gusmão halo tinan 61. Parabens! Hanesan omenajen ida ba nia, ha’u oferese poezia oan ida ne’ebé ha’u hakerek iha tinan lima liubá.
Shalom,
Abé Barreto Soares

-------


LÁGRIMAS DO XANANA

Lágrimas do Xanana
quentes e condensadas

Transformadas em bálsamo

sarando as feridas
---
2002

Monday, June 18, 2007

"SIMU LORO-MATAN NIA " de Abé Barreto Soares


SIMU LORO-MATAN NIA NABILAN


Ita nu’udar abut, labarik sira nu’udar sanak no dikin

Abut sira tenke tuba metin ba rai,
Abut sira tenke hetan matak malirin

Atu nune’e

Sanak ho dikin sira bele matak,
Haklaken sira-nia buras

Simu

Loro-matan nia nabilan

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2005

Abé Barreto Soares

Sunday, June 17, 2007

"Tenham fé amigos" de Antonio Viirissimo


Recordando um poema do nosso amigo e que aqui foi publicado em Fevereiro 2007


Tenham fé amigos!


Deixo-me vencer pelas memórias

Em busca dos sonhos antigos

Fico enleado em histórias

Em que só vejo sorrisos amigos

E também as belas paisagens

Que agora são só miragens

Contendo desfocadas imagens

Nesta mente já tão usada

Que não esqueçe essas paragens

Alimentando uma memória contente

E o meu coração feliz

Dos queridos vi muita gente

Dos horrores não vi nada

Fui buscar tempos sem dôr

Talvez de uma vida passada

Que há-de voltar a Timor

Desde que seja actualizada

Saturday, June 16, 2007

"Com Ruy Cinatti, em Timor " de Albano Martins


Dili-Timor,
dor sempre esquecida,
tão presente dor.
Ruy Cinatti

Talvez Ruy Cinatti
esteja agora em Dili
com um ramo
de flores
na mão - um ramo
de lágrimas. Os mortos
nunca repousam quando
os que amaram sofrem,
choram, feridos
na medula.

Um dia, o sol
virá mais cedo para enxugar
as lágrimas
e o luto, e do chão
empapado de sangue brotará
uma espiga vermelha. A espiga
da alegria.


Albano Martins
(in «Cástalia e Outros Poemas»,
Campo das Letras, 2001)

" SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN" escreve sobre Rui Cinaty e Timor-Leste



Publicado no : Poesia distribuída na rua.



SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

O meu primeiro e inesquecível encontro com Timor foi aquela madrugada em que, ao chegarmos a casa, depois de não sei que festa, mal abrimos a porta da rua fomos surpreendidos por um barulho de vozes e risos. E quando abrimos a porta da sala vimos os nossos filhos - ainda pequenos - e a queridíssima criada Luísa sentados no chão em roda de Ruy Cinatti que tinha ao seu lado uma mala de onde iam saindo tecidos, objectos de madeira, caixas, pequenas estatuetas, punhais - e naquela noite de Lisboa cheirava de repente a sândalo.
Mal nos vimos abraçaram-nos com alvoroçada alegria. Depois também nós nos sentámos no chão. O Ruy contou que o avião dele tinha chegado já de noite e ele não tinha tido coragem para ir àquela hora em busca de hotel. Por isso tinha mandado o táxi seguir para a Travessa das Mónicas e disse que ia dormir ali mesmo no chão porque gostava muito do nosso chão. Mas logo a Luísa partiu a fazer-lhe uma cama e eu fui deitar as crianças tontas de sono e de excitação. E de novo me sentei no chão a ouvir as histórias de Timor, das árvores, das flores, dos búfalos , das fontes, das danças e dos ritos. E enquanto falava o Ruy ia mostrando as suas fotografias da maravilhosa mulher de longos gestos e dos homens vestidos com os belíssimos trajes tradicionais - às vezes levantava-se e fazia alguns passos de danças timorenses.
E assim ficámos até dez horas.
Ao longo dos dias, ao longo dos anos muitas vezes falei de Timor com o Ruy. Contou-me como celebrara o pacto de sangue com o chefe de uma família timorense e como por isso, segundo a lei ancestral de Timor, se tornara ele próprio um timorense. De facto para ele Timor era uma verdadeira pátria. Para mim era uma ilha encantada no extremo do Extremo Oriente, mas para ele uma pátria - o lugar onde encontrara o seu destino.
E um dia trouxe-me um poema que ele traduzira da língua tétum - Chamava-se Consagração de uma casa timorense.
Era um poema sobre a construção de uma casa - uma construção simultaneamente prática e sagrada pois é a casa onde moram os deuses e os homens, a alma dos antepassados mortos e os seus descendentes vivos. O lugar onde convivem o presente e o passado e o eterno.
Uma construção que é, nos materiais e formas usadas, uma técnica meticulosa e rigorosa e, simultaneamente, é, gesto por gesto, uma poética. E onde o espírito religioso estabelece o carácter sacral do quotidiano.
Uma construção que é simultaneamente trabalho, canto, dança, grito, consagração e festa. Uma ordenação que é poema vivido rente ao quotidiano.
Não posso deixar de citar uma passagem do texto que diz:

«Estão atando, amarrando andam,
atar pontas só, amarrar as bases só,
atando bem, peso igual.
Já andam levando, já sustentando aos ombros,
Levantando aos gritos, levando em algazarra,
Dançando o Hou-ló, dançando o Herlele,
Entoando o Sala-makat e o Da’a-doun.
Cão estrangeiro, galo estrangeiro.
Cantar o Kolo-kolo e o Bui-muk.
Levar até vir, trazer até vir,
Terra plana, terra nivelada,
Em terra umbigo, em terra centro.
Em terra meio, em terra eixo,
Junto pedra angular, em pátio sagrado
Colocar plano, pôr ordenadamente,
O cimeiro seguir um ao outro, o pé um ao outro.»

(excerto do prefácio a À Janela de Timor de João Aparício

Thursday, June 14, 2007

"OH PATRIA MINHA AMADA!" de Mau Dick


OH PATRIA MINHA AMADA!


OH PATRIA MINHA AMADA

QUE TAO NOBRE LINGUA TENS

DE POETAS A NAVEGADORES DE RENOME

SOCRATIADES E LINOANUS MAGALHAES



OH PATRIA MINHA AMADA

COM UMA NOVA PISTA DE AVIACAO

SERA OTA OU CEPA TORTA

OU SERA POLITICA DE ARRUMACAO



OH PATRIA MINHA AMADA

ONDE ME REVOLTO NESTE TUMULO

JA BASTA DE TANTA POLITIQUICE

POIS A BURRICE ATINGIU O CUMULO


EU, O ECA E O BORDALO

TAMOS FARTO DE TANTA HIPOCRISIA

TRAGAM PARA CA O ZAGALO

PARA ESTA NOSSA FREGUESIA



UM ABRACO

LUIZ VAIS DE CAMIOES
(TAMBEM CONHECIDO POR MAU DICK)

Sunday, June 10, 2007

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" de Luís de Camões


Hoje dia 10 de Junho: Dia de Camões, Portugal e das Comunidades, não poderia de maneira nenhuma deixar passar este dia sem trazer aqui um poema deste "Grande POETA" de todos os tempos, assim como também, de todos os tempos é o poema que escolhido....

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões

"Liberdade " de Laumalai





Pode o céu escurecer

A tristeza invadir o mundo

Pode o mar ficar vermelho

Com o sangue de inocentes

Pode a Terra chorar

Pedras de tortura

Podem os ventos soprar

A ira dos invasores…

Jamais exterminarão

A beleza da luz

Nos belos corais coloridos,

As águas quentes dos oceanos

Os verdes matos tropicais

Com vestígios floridos

A imensidão das montanhas

O brilho da lua

As estrelas cintilantes

Nas noites quentes de sonho.

Pode a maldade destruir a terra

O mundo, o universo.

Jamais destruirá

O azul pacífico dos sonhos

O brilho do sol

Nos ideais de liberdade

Que teimosamente permanecem

Nos corações dos que amam.


Um abraço

Laumalai

"EM ÉPOCA DE SANTOS POPULARES" de Mau Dick


EM ÉPOCA DE SANTOS POPULARES



PRIMEIRO VEM O SANTO ANTÓNIO

POR O TIMOR LESTE A CARAPAU

DE TROPAS FDTL ESTAMOS CHEIOS

AJUDA A VER-NOS LIVRE DO ALAU




DEPOIS VEM O SAO JOÃO

O POVINHO ESTA A FICAR FARTO

PRECISA DE TER NA MESA PÃO

ANTES DE APANHAR UM ENFARTO



POR FIM VEM SÃO PEDRO

PARA A NECESSITADA REINAÇÃO

ESPERO QUE TRAGA SARDINHAS

E UMA BOA PINGA LÁ DO DÃO



DOS TRÊS SANTOS POPULARES

O ANTÓNIO É CASAMENTEIRO

O JOÃO É MUITO DANCARINO

E O PEDRO E BOM PASTELEIRO




UM ABRAÇO


MAU DICK

Thursday, June 07, 2007

"MESTRE HAKOTU LIA BA-NIA ESKOLANTE" de Abe Barreto


MESTRE HAKOTU LIA BA-NIA ESKOLANTE
(A MASTER TO HIS DISCIPLE)

“Hetok ha’u hatene, hetok ha’u sinti ha’u seidauk hatene buat barak.”
KATUAS HO FERIK SIRA HATETE


Ha’u hakat, hiit an mai iha fatin ida ne’e
Hosi fatin ida ne’e duni maka ha’u sei hala’o ha’u-nia viajen naruk
Iha ne’e
Ha’u hamrik, hateke rai fehan
Iha ne’e
Ha’u hamrik, hateke foho oan
Iha ne’e
Ha’u hamrik, hateke foho lolon

Ha’u sei la’o, hakat liuhosi rai fehan
No ha’u sei la’o, hakat sa’e ba foho tutun


Ha’u sei la’o, husik hela ain leut lubuk

Molok ha’u atu la’o, no husik hela ó
Ha’u la husu buat barak,
Husu deit buat laek ida:
“Bainhira oras to’o ona ba ó atu hala’o ó-nia viajen rasik, no hakat
Hodi la’o tuir ha’u,
Keta buka koko atu sama tuir ha’u-nia ain leut,
Maibé
Ó tenke buka atu hamosu ó-nia ain leut rasik!”
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Dili, 2007

Abe Barreto Soares

Tuesday, June 05, 2007

"BALADA DA NEVE" Augusto Gil

Vindo ao encontro do comentário de um dos nossos leitores ao ler o "Menino Magoado" de MGabriela Carrascalão!


Como em Timor-Leste não neva, optei por colocar uma fotografia de um dia cheio de nevoeiro, em Ramelau ( Oh! se é frio , em dias de nevoeiro )

BALADA DA NEVE

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

AUGUSTO GIL

(1873-1929)

Sunday, June 03, 2007

Menino Magoado! por MGabriela Carrascalão



Esta ilustração é um detalhe de um dos quadros da autora deste poema ( O quadro está no Hotel Timor em Dili)
01-12-2006

Menino.... Abandonado,
rejeitado!
chorando!...
nas ruas de Dili!...
Secas! Poeirentas!
Menino magoado!
Perdido...
Angustiado!
Geme!
Garoto inocente!
triste, mal amado!
Menino esfomeado!
inocência violada !
criança usada!
rosto massacrado,
lágrimas !
de sangue jorrando!
nas ruas de Dili!...
Secas! Poeirentas!
Criança chorando!
Meu Menino,
garoto magoado!
Triste !...
abandonado!...


MGabriela Carrascalão
1-12-2006

Saturday, June 02, 2007

Ja temos a fotografia do Padre Jorge de Barros Duarte

Um grande agradecimento a um nosso leitor amigo, o senhor José António Cabrita, que para sua acção rápida em nos ajudar, creio que não há palavras para agradecer. Esse seu acto é tão valioso para nós que lutamos com falta de material didático para podermos ensinar efectivamente aqui em Timor-Leste. Sendo ele próprio alguém ligado ao ensino e conhecendo Timor como conhece, percebeu muito bem o nosso apelo. Os alunos do meu colega vão ter a oportunidade de ler o poema e conhecer por fotografia o autor do mesmo.

Muito obrigado


Friday, June 01, 2007

APELO DE PROFESSOR!!!-Quem tem Fotografia do Padre Jorge de Barros Duarte, autor de "Menino de Timor"?


"APELO"

Um dos nossos professores quer dar uma aula analisando e lendo este poema do Senhor Padre Jorge de Barros Duarte e mostar a sua fotografia com o fim dos nossos jovens começarem a estar conscientes da existência dos nossos autores. Já tentei várias fontes mas... para azar nosso ninguém tem . Será que os nossos leitores nos podem ajudar?
É por uma boa causa: Divulgação dos valores Timorenses junto dos nossos estudantes...
Se alguem tiver agradeço que o enviem para o meu email.

Aqui vai o meu email : maracuja_maduro@yahoo.com.au

Bem Hajam

Maracujá

Para os que não leram, aqui vai de novo o poema do Padre Jorge de Barros Duarte

"MENINO DE TIMOR"

Menino de Timor, estás triste?!...
Porquê?!... - Não tenho com quem brincar!
Nem com quem!... Já nem posso falar!...
A minha terra correste e viste

Como só há silêncio e tristeza!...
Assim é na palhota que habito!...
Já nem oiço na várzea um só grito!...
Só vejo gente que chora e reza!...

Que saudade que eu tenho dos jogos
Da minha aldeia agora deserta!...
O "La'o-rai", que a memória esperta,
Co'as pocinhas na terra, ora a fogos

Mil sujeita!... O "caleic" também era
jogo apreciado da pequenada:
"Hana-caleic"!... de tudo já nada
Resta agora!... Só vejo essa fera

De garra adunca e dente aguçado
A rugir tão feroz que ninguém
A doma já, pois tem medo não tem
De um povo à fome, sem horta ou gado!...

Menino, sou, mas sofro já tanto
Como se fora de muita idade
E co'a alma cheia só de maldade!...
Jesus, tem pena deste meu pranto!...

Jesus Menino, dá-me alegria!...
Se na minha terra é tudo tão triste!...
Gente tão má neste mundo existe?!...
Coisas assim tão ruins?!... Não sabia!...


Para os que o conhecem, recordemos o nosso Padre Jorge de Barrros Duarte. Para aqueles que náo sabem de quem se trata , pois creio que aqui fica a sua apresentação.... ainda que incompleta ..... Figura bem carismática de Timor-Leste é autor deste poema: Menino de Timor!...É um nome que deve sempre constar dos nomes de destaqe da poesia de Timor ou melhor dizendo de Lingua Portuguesa. Ele sentiu Timor com sensibilidade tal, que o mesmo deve ser notada.. Padre Jorge Barros Duarte , é natural de Same . Jorge de Barros Duarte nasceu em Same, Timor Oriental, em 1912. Aos 11 anos , foi para Macau, onde tirou o curso de Teologia no seminário de S. José. Em 1956 está de novo em Timor, onde ensina no seminário de Nossa Senhora de Fátima e no Liceu Dr Francisco Vieira Machado, tendo sido o vogal do Conselho do Governo e, em 1956 a 1961, publicou alguns ensaios na Revista SEARA, de que era Director. Em 1980, publica “ Ainda em Timor” (Ed. GATIMOR, Lisboa), análise da situação política em Timor, de 25 de Abril de 1974 até 1980. Este trabalho despertou o interesse da Biblioteca do Congresso Americano, estando a ser traduzido para inglês (na Austrália). Muito recentemente, publicou “EM TERRAS DE TIMOR” ( a acção das missões Católicas daquela ex–colónia portuguesa e as suas relações com relações com o Estado Português, 1875 a 1975); Entretanto dedicou-se igualmente a investigação antropológica em Timor Oriental, tendo, neste domínio, publicado:
CASA TURI-SAI9Ed. Inv. Cient. Ultramar); BARLAQUE( CASAMENTO GENTÍLICO TIMORENSE ( Ed. F.C. Gulbenkian, Paris, 1979)TIMOR: FORMAS DE FRATERNIZAÇÃO ( Ed. F.C.Gulbekiaan, Paris 1982); TIMOR-RITOS E MITO ATAÚROS ( Ed. Instituto Cult. e Língua Portuguesa, Lisboa, 1982, esgotada).

Em TIMOR-UM GRITO, o autor faz uma análise da situação política de Timor-Leste, resultante da sua descolonizacão por Portugal e posterior invasão pela Indonésia, á luz de novos dados e da evolução dos acontecimentos ali passados desde 1975 até agora, ainda não suficientemente estudados.

Uma abraço

Maracujá