Quero que todos os dias
Sejam dias de Natal
Para todos terem alegria
E a ninguém lembrar o mal
Sejam dias de Natal
Para todos terem alegria
E a ninguém lembrar o mal
Ò menino! Não te esqueças
De me dar um presente
Transforma todos os dias
Em Natais p'ra toda a gente।
De me dar um presente
Transforma todos os dias
Em Natais p'ra toda a gente।
Em Natais quentes de amor
Com cestos cheios de pão
Com luzes, sinos e febres
Com homens todos irmãos
Com luzes, sinos e febres
Com homens todos irmãos
1 comment:
Caro Maracujá
Antes de mais desejo-lhe um resto de quadra natalícia muito feliz e que 2008 lhe traga a satisfação dos seus desejos e dos timorenses desprotegidos da sorte e da fortuna.
Sei que estou permanentemente em falta consigo e com este blogue mas preciso de ser dois para conseguir fazer o que quero e devo.
Aproveito para lhe mandar um poema da época escrito pelo grande Miguel Torga.
Um grande abraço e muita saúde
História Antiga
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.
E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da nação.
Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga
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