Friday, June 29, 2007

"ELEIÇÕES" DEMOCRATA TIMORENSE


DAQUI A UNS POUCOS DIAS
VOLTAREMOS A MAIS VOTACAO
UNS VOTARAO NAS ENGUIAS
E OUTROS NO MAIOR ALDRABAO

AH MEU TIMORZINHO COITADO
QUANDO ENCONTRARAS A PAZ?
GENTE A QUE ESTAS ACOSTUMADO
HAVIA MUITOS LA NO ALCATRAZ

ESCOLHE O MELHOR POR FAVOR
E NAO TE DEIXES ENGANAR
ESCOLHE COM TODO O FERVOR
O MELHOR, PARA TIMOR GOVERNAR

POE DE PARTE OS VENDEDORES
OS ALDRABOES E CHORAMINGOES
VOTA NOS QUE FORAM VENCEDORES
DA NOSSA PATRIA QUE FOI DE CAMOES

DEMOCRATA TIMORENSE

Wednesday, June 20, 2007

"LÁGRIMAS DO XANANA" de Abé Barreto Soares


Dili, 20-6-2007


Introdusaun

Ohin, loron 20 Juñu 2007, eis Prezidente Repúblika Kay Rala Xanana Gusmão halo tinan 61. Parabens! Hanesan omenajen ida ba nia, ha’u oferese poezia oan ida ne’ebé ha’u hakerek iha tinan lima liubá.
Shalom,
Abé Barreto Soares

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LÁGRIMAS DO XANANA

Lágrimas do Xanana
quentes e condensadas

Transformadas em bálsamo

sarando as feridas
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2002

Monday, June 18, 2007

"SIMU LORO-MATAN NIA " de Abé Barreto Soares


SIMU LORO-MATAN NIA NABILAN


Ita nu’udar abut, labarik sira nu’udar sanak no dikin

Abut sira tenke tuba metin ba rai,
Abut sira tenke hetan matak malirin

Atu nune’e

Sanak ho dikin sira bele matak,
Haklaken sira-nia buras

Simu

Loro-matan nia nabilan

---
2005

Abé Barreto Soares

Sunday, June 17, 2007

"Tenham fé amigos" de Antonio Viirissimo


Recordando um poema do nosso amigo e que aqui foi publicado em Fevereiro 2007


Tenham fé amigos!


Deixo-me vencer pelas memórias

Em busca dos sonhos antigos

Fico enleado em histórias

Em que só vejo sorrisos amigos

E também as belas paisagens

Que agora são só miragens

Contendo desfocadas imagens

Nesta mente já tão usada

Que não esqueçe essas paragens

Alimentando uma memória contente

E o meu coração feliz

Dos queridos vi muita gente

Dos horrores não vi nada

Fui buscar tempos sem dôr

Talvez de uma vida passada

Que há-de voltar a Timor

Desde que seja actualizada

Saturday, June 16, 2007

"Com Ruy Cinatti, em Timor " de Albano Martins


Dili-Timor,
dor sempre esquecida,
tão presente dor.
Ruy Cinatti

Talvez Ruy Cinatti
esteja agora em Dili
com um ramo
de flores
na mão - um ramo
de lágrimas. Os mortos
nunca repousam quando
os que amaram sofrem,
choram, feridos
na medula.

Um dia, o sol
virá mais cedo para enxugar
as lágrimas
e o luto, e do chão
empapado de sangue brotará
uma espiga vermelha. A espiga
da alegria.


Albano Martins
(in «Cástalia e Outros Poemas»,
Campo das Letras, 2001)

" SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN" escreve sobre Rui Cinaty e Timor-Leste



Publicado no : Poesia distribuída na rua.



SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

O meu primeiro e inesquecível encontro com Timor foi aquela madrugada em que, ao chegarmos a casa, depois de não sei que festa, mal abrimos a porta da rua fomos surpreendidos por um barulho de vozes e risos. E quando abrimos a porta da sala vimos os nossos filhos - ainda pequenos - e a queridíssima criada Luísa sentados no chão em roda de Ruy Cinatti que tinha ao seu lado uma mala de onde iam saindo tecidos, objectos de madeira, caixas, pequenas estatuetas, punhais - e naquela noite de Lisboa cheirava de repente a sândalo.
Mal nos vimos abraçaram-nos com alvoroçada alegria. Depois também nós nos sentámos no chão. O Ruy contou que o avião dele tinha chegado já de noite e ele não tinha tido coragem para ir àquela hora em busca de hotel. Por isso tinha mandado o táxi seguir para a Travessa das Mónicas e disse que ia dormir ali mesmo no chão porque gostava muito do nosso chão. Mas logo a Luísa partiu a fazer-lhe uma cama e eu fui deitar as crianças tontas de sono e de excitação. E de novo me sentei no chão a ouvir as histórias de Timor, das árvores, das flores, dos búfalos , das fontes, das danças e dos ritos. E enquanto falava o Ruy ia mostrando as suas fotografias da maravilhosa mulher de longos gestos e dos homens vestidos com os belíssimos trajes tradicionais - às vezes levantava-se e fazia alguns passos de danças timorenses.
E assim ficámos até dez horas.
Ao longo dos dias, ao longo dos anos muitas vezes falei de Timor com o Ruy. Contou-me como celebrara o pacto de sangue com o chefe de uma família timorense e como por isso, segundo a lei ancestral de Timor, se tornara ele próprio um timorense. De facto para ele Timor era uma verdadeira pátria. Para mim era uma ilha encantada no extremo do Extremo Oriente, mas para ele uma pátria - o lugar onde encontrara o seu destino.
E um dia trouxe-me um poema que ele traduzira da língua tétum - Chamava-se Consagração de uma casa timorense.
Era um poema sobre a construção de uma casa - uma construção simultaneamente prática e sagrada pois é a casa onde moram os deuses e os homens, a alma dos antepassados mortos e os seus descendentes vivos. O lugar onde convivem o presente e o passado e o eterno.
Uma construção que é, nos materiais e formas usadas, uma técnica meticulosa e rigorosa e, simultaneamente, é, gesto por gesto, uma poética. E onde o espírito religioso estabelece o carácter sacral do quotidiano.
Uma construção que é simultaneamente trabalho, canto, dança, grito, consagração e festa. Uma ordenação que é poema vivido rente ao quotidiano.
Não posso deixar de citar uma passagem do texto que diz:

«Estão atando, amarrando andam,
atar pontas só, amarrar as bases só,
atando bem, peso igual.
Já andam levando, já sustentando aos ombros,
Levantando aos gritos, levando em algazarra,
Dançando o Hou-ló, dançando o Herlele,
Entoando o Sala-makat e o Da’a-doun.
Cão estrangeiro, galo estrangeiro.
Cantar o Kolo-kolo e o Bui-muk.
Levar até vir, trazer até vir,
Terra plana, terra nivelada,
Em terra umbigo, em terra centro.
Em terra meio, em terra eixo,
Junto pedra angular, em pátio sagrado
Colocar plano, pôr ordenadamente,
O cimeiro seguir um ao outro, o pé um ao outro.»

(excerto do prefácio a À Janela de Timor de João Aparício

Thursday, June 14, 2007

"OH PATRIA MINHA AMADA!" de Mau Dick


OH PATRIA MINHA AMADA!


OH PATRIA MINHA AMADA

QUE TAO NOBRE LINGUA TENS

DE POETAS A NAVEGADORES DE RENOME

SOCRATIADES E LINOANUS MAGALHAES



OH PATRIA MINHA AMADA

COM UMA NOVA PISTA DE AVIACAO

SERA OTA OU CEPA TORTA

OU SERA POLITICA DE ARRUMACAO



OH PATRIA MINHA AMADA

ONDE ME REVOLTO NESTE TUMULO

JA BASTA DE TANTA POLITIQUICE

POIS A BURRICE ATINGIU O CUMULO


EU, O ECA E O BORDALO

TAMOS FARTO DE TANTA HIPOCRISIA

TRAGAM PARA CA O ZAGALO

PARA ESTA NOSSA FREGUESIA



UM ABRACO

LUIZ VAIS DE CAMIOES
(TAMBEM CONHECIDO POR MAU DICK)

Sunday, June 10, 2007

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" de Luís de Camões


Hoje dia 10 de Junho: Dia de Camões, Portugal e das Comunidades, não poderia de maneira nenhuma deixar passar este dia sem trazer aqui um poema deste "Grande POETA" de todos os tempos, assim como também, de todos os tempos é o poema que escolhido....

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís de Camões

"Liberdade " de Laumalai





Pode o céu escurecer

A tristeza invadir o mundo

Pode o mar ficar vermelho

Com o sangue de inocentes

Pode a Terra chorar

Pedras de tortura

Podem os ventos soprar

A ira dos invasores…

Jamais exterminarão

A beleza da luz

Nos belos corais coloridos,

As águas quentes dos oceanos

Os verdes matos tropicais

Com vestígios floridos

A imensidão das montanhas

O brilho da lua

As estrelas cintilantes

Nas noites quentes de sonho.

Pode a maldade destruir a terra

O mundo, o universo.

Jamais destruirá

O azul pacífico dos sonhos

O brilho do sol

Nos ideais de liberdade

Que teimosamente permanecem

Nos corações dos que amam.


Um abraço

Laumalai

"EM ÉPOCA DE SANTOS POPULARES" de Mau Dick


EM ÉPOCA DE SANTOS POPULARES



PRIMEIRO VEM O SANTO ANTÓNIO

POR O TIMOR LESTE A CARAPAU

DE TROPAS FDTL ESTAMOS CHEIOS

AJUDA A VER-NOS LIVRE DO ALAU




DEPOIS VEM O SAO JOÃO

O POVINHO ESTA A FICAR FARTO

PRECISA DE TER NA MESA PÃO

ANTES DE APANHAR UM ENFARTO



POR FIM VEM SÃO PEDRO

PARA A NECESSITADA REINAÇÃO

ESPERO QUE TRAGA SARDINHAS

E UMA BOA PINGA LÁ DO DÃO



DOS TRÊS SANTOS POPULARES

O ANTÓNIO É CASAMENTEIRO

O JOÃO É MUITO DANCARINO

E O PEDRO E BOM PASTELEIRO




UM ABRAÇO


MAU DICK

Thursday, June 07, 2007

"MESTRE HAKOTU LIA BA-NIA ESKOLANTE" de Abe Barreto


MESTRE HAKOTU LIA BA-NIA ESKOLANTE
(A MASTER TO HIS DISCIPLE)

“Hetok ha’u hatene, hetok ha’u sinti ha’u seidauk hatene buat barak.”
KATUAS HO FERIK SIRA HATETE


Ha’u hakat, hiit an mai iha fatin ida ne’e
Hosi fatin ida ne’e duni maka ha’u sei hala’o ha’u-nia viajen naruk
Iha ne’e
Ha’u hamrik, hateke rai fehan
Iha ne’e
Ha’u hamrik, hateke foho oan
Iha ne’e
Ha’u hamrik, hateke foho lolon

Ha’u sei la’o, hakat liuhosi rai fehan
No ha’u sei la’o, hakat sa’e ba foho tutun


Ha’u sei la’o, husik hela ain leut lubuk

Molok ha’u atu la’o, no husik hela ó
Ha’u la husu buat barak,
Husu deit buat laek ida:
“Bainhira oras to’o ona ba ó atu hala’o ó-nia viajen rasik, no hakat
Hodi la’o tuir ha’u,
Keta buka koko atu sama tuir ha’u-nia ain leut,
Maibé
Ó tenke buka atu hamosu ó-nia ain leut rasik!”
---
Dili, 2007

Abe Barreto Soares

Tuesday, June 05, 2007

"BALADA DA NEVE" Augusto Gil

Vindo ao encontro do comentário de um dos nossos leitores ao ler o "Menino Magoado" de MGabriela Carrascalão!


Como em Timor-Leste não neva, optei por colocar uma fotografia de um dia cheio de nevoeiro, em Ramelau ( Oh! se é frio , em dias de nevoeiro )

BALADA DA NEVE

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

AUGUSTO GIL

(1873-1929)

Sunday, June 03, 2007

Menino Magoado! por MGabriela Carrascalão



Esta ilustração é um detalhe de um dos quadros da autora deste poema ( O quadro está no Hotel Timor em Dili)
01-12-2006

Menino.... Abandonado,
rejeitado!
chorando!...
nas ruas de Dili!...
Secas! Poeirentas!
Menino magoado!
Perdido...
Angustiado!
Geme!
Garoto inocente!
triste, mal amado!
Menino esfomeado!
inocência violada !
criança usada!
rosto massacrado,
lágrimas !
de sangue jorrando!
nas ruas de Dili!...
Secas! Poeirentas!
Criança chorando!
Meu Menino,
garoto magoado!
Triste !...
abandonado!...


MGabriela Carrascalão
1-12-2006

Saturday, June 02, 2007

Ja temos a fotografia do Padre Jorge de Barros Duarte

Um grande agradecimento a um nosso leitor amigo, o senhor José António Cabrita, que para sua acção rápida em nos ajudar, creio que não há palavras para agradecer. Esse seu acto é tão valioso para nós que lutamos com falta de material didático para podermos ensinar efectivamente aqui em Timor-Leste. Sendo ele próprio alguém ligado ao ensino e conhecendo Timor como conhece, percebeu muito bem o nosso apelo. Os alunos do meu colega vão ter a oportunidade de ler o poema e conhecer por fotografia o autor do mesmo.

Muito obrigado


Friday, June 01, 2007

APELO DE PROFESSOR!!!-Quem tem Fotografia do Padre Jorge de Barros Duarte, autor de "Menino de Timor"?


"APELO"

Um dos nossos professores quer dar uma aula analisando e lendo este poema do Senhor Padre Jorge de Barros Duarte e mostar a sua fotografia com o fim dos nossos jovens começarem a estar conscientes da existência dos nossos autores. Já tentei várias fontes mas... para azar nosso ninguém tem . Será que os nossos leitores nos podem ajudar?
É por uma boa causa: Divulgação dos valores Timorenses junto dos nossos estudantes...
Se alguem tiver agradeço que o enviem para o meu email.

Aqui vai o meu email : maracuja_maduro@yahoo.com.au

Bem Hajam

Maracujá

Para os que não leram, aqui vai de novo o poema do Padre Jorge de Barros Duarte

"MENINO DE TIMOR"

Menino de Timor, estás triste?!...
Porquê?!... - Não tenho com quem brincar!
Nem com quem!... Já nem posso falar!...
A minha terra correste e viste

Como só há silêncio e tristeza!...
Assim é na palhota que habito!...
Já nem oiço na várzea um só grito!...
Só vejo gente que chora e reza!...

Que saudade que eu tenho dos jogos
Da minha aldeia agora deserta!...
O "La'o-rai", que a memória esperta,
Co'as pocinhas na terra, ora a fogos

Mil sujeita!... O "caleic" também era
jogo apreciado da pequenada:
"Hana-caleic"!... de tudo já nada
Resta agora!... Só vejo essa fera

De garra adunca e dente aguçado
A rugir tão feroz que ninguém
A doma já, pois tem medo não tem
De um povo à fome, sem horta ou gado!...

Menino, sou, mas sofro já tanto
Como se fora de muita idade
E co'a alma cheia só de maldade!...
Jesus, tem pena deste meu pranto!...

Jesus Menino, dá-me alegria!...
Se na minha terra é tudo tão triste!...
Gente tão má neste mundo existe?!...
Coisas assim tão ruins?!... Não sabia!...


Para os que o conhecem, recordemos o nosso Padre Jorge de Barrros Duarte. Para aqueles que náo sabem de quem se trata , pois creio que aqui fica a sua apresentação.... ainda que incompleta ..... Figura bem carismática de Timor-Leste é autor deste poema: Menino de Timor!...É um nome que deve sempre constar dos nomes de destaqe da poesia de Timor ou melhor dizendo de Lingua Portuguesa. Ele sentiu Timor com sensibilidade tal, que o mesmo deve ser notada.. Padre Jorge Barros Duarte , é natural de Same . Jorge de Barros Duarte nasceu em Same, Timor Oriental, em 1912. Aos 11 anos , foi para Macau, onde tirou o curso de Teologia no seminário de S. José. Em 1956 está de novo em Timor, onde ensina no seminário de Nossa Senhora de Fátima e no Liceu Dr Francisco Vieira Machado, tendo sido o vogal do Conselho do Governo e, em 1956 a 1961, publicou alguns ensaios na Revista SEARA, de que era Director. Em 1980, publica “ Ainda em Timor” (Ed. GATIMOR, Lisboa), análise da situação política em Timor, de 25 de Abril de 1974 até 1980. Este trabalho despertou o interesse da Biblioteca do Congresso Americano, estando a ser traduzido para inglês (na Austrália). Muito recentemente, publicou “EM TERRAS DE TIMOR” ( a acção das missões Católicas daquela ex–colónia portuguesa e as suas relações com relações com o Estado Português, 1875 a 1975); Entretanto dedicou-se igualmente a investigação antropológica em Timor Oriental, tendo, neste domínio, publicado:
CASA TURI-SAI9Ed. Inv. Cient. Ultramar); BARLAQUE( CASAMENTO GENTÍLICO TIMORENSE ( Ed. F.C. Gulbenkian, Paris, 1979)TIMOR: FORMAS DE FRATERNIZAÇÃO ( Ed. F.C.Gulbekiaan, Paris 1982); TIMOR-RITOS E MITO ATAÚROS ( Ed. Instituto Cult. e Língua Portuguesa, Lisboa, 1982, esgotada).

Em TIMOR-UM GRITO, o autor faz uma análise da situação política de Timor-Leste, resultante da sua descolonizacão por Portugal e posterior invasão pela Indonésia, á luz de novos dados e da evolução dos acontecimentos ali passados desde 1975 até agora, ainda não suficientemente estudados.

Uma abraço

Maracujá

"Dia da Criança" de Mau Dick


HOJE E DIA DE TODOS CATRAIOS
PARA COMEMORAR EFEMERIDE PRECIOSA
FACO VOTOS DE MENINICE ALEGRE
A TODOS QUE ENQUADRAM NA VALIOSA

GOSTARIA QUE OS POLITICOS
FIZESSEM MAIS E FALASSEM MENOS
SAO UNS GRANDES APROVEITADORES
DE TAO VALIOSOS PEQUENOS

O DIA DA CRIANCA E TODOS OS DIAS
DE 1 DE JANEIRO A 31'S DE DEZEMBRO
PAREM COM DISCURSOS DE CHACHA
DEEM CRIANCAS CABECA TRONCO E MEMBROS

UM ABRACO

MAU DICK

*)PÁSSARO DA PAZ" de Abe Barreto Soares



*)PÁSSARO DA PAZ

Ó, doce pomba, pássaro da paz
O que escondes?
Ó, doce pomba, pássaro da paz
De forças tão intensas, tão altas
O que escondes?
Mal posso esperar
O teu regresso
O teu pousar sobre a gondoeira
E a maravilhosa sombra
Com o ramo de Oliveira
Preso no teu bico

Ó, doce pomba, pássaro da paz
Ansiosamente, espero e escuto
O teu encantador e melodioso
Canto de Jerusalém
--
2003-2005

Tradução do professor de Portugês da Universidade Nacional de Timor- Lorosa'ei , Tozé Borges.