Sunday, January 28, 2007

HO Mau Dick , Onde andas meu amigo - Apelo de Manecas

Oh Mau Dick Onde andas. Os teus versos fazem falta aqui. Não desitas só uns mandam bacoradas no Cartoo do João. A vida de poesia é assim! uns gostam outros não ! uns sassarica...outros só mordiscam
Va pa manda lá um dos teus

Manecas

Saturday, January 27, 2007

" As Portas Que Abril Abriu" de Ary dos Santos




José Carlos , conhecido no meio social e literário por Ary dos Santos, nasceu em Lisboa a 7 de Dezembro de 1937. O poeta deixou-nos a 18 de Janeiro de 1984.Com apenas dezasseis anos de idade Ary dos Santos, vê os seus poemas serem seleccionados para a Antologia do Prémio Almeida Garrett. É nessa altura que decide abandonar a casa da família, da alta burguesia, passando a exercer as mais variadas actividades para seu sustento económico, que passariam desde a venda de máquinas para pastilhas até à publicidade.Contudo, paralelamente, o poeta não cessa jamais de escrever e em 1963 dar-se -ia a sua estreia efectiva com a publicação do livro de poemas " A Liturgia do Sangue".
=======================================

As Portas Que Abril Abriu


Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais feliz
dos povos à beira-terra

Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raíz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado

Pablo Neruda, poeta, chileno e universal. -"Prémio Nobel da Literatura de 1971"



Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Posso escrever, por exemplo: "A noite está estrelada, e os astros, azuis, tiritam à distancia."

Gira o vento da noite pelo céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Tanto a amei, e às vezes ela também me amou.

Em noites como esta eu a tive entre os meus braços.
Beijei-a tantas vezes debaixo do céu infinito.

Ela me amou, e às vezes eu também a queria.
Ah, como não amar seus grandes olhos fixos.




Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E cai o verso na alma como na relva o orvalho.

Que importa que meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.


Pablo Neruda, poeta, chileno e universal.
Prémio Nobel da Literatura de 1971

"FALEMOS DE LIVROS" por Anónimo

















Diz a lenda que foi a maior de sempre.

Diz a lenda que a nova será ainda maior.


Digo eu que aqui vamos fazer a nossa.

Com aqueles textos de gente imortal porque vivem no que escreveram.



Falemos do que gostamos quando um conjunto de letras é uma obra.


Falemos de livros.
Falemos.

Anónimo

Tuesday, January 23, 2007

"PORCO ASSADO COM FESTA" de António Viríssimo





PORCO ASSADO COM FESTA

Escutai

Transcendentes entidades do além

Ajudai

Ilustres Almas do Outro Mundo

Livrai

Meu querido Timor de bater no fundo

Operai

Antes que não se salve ninguém

Atentai

Que não nos queremos afogar

Reparai

Como este nosso país vai torto

Atirai

Todos estes políticos ao mar

Assai

Um enorme e saboroso PORCO

Rejubilai

Deles nos livrámos para festejar!

"Sem eira nem beira" de um autor anonimo








Sem eira nem beira...

assim é meu País.

Timor-Leste dos bananais

coqueiros, e jambuais

Também de deputados !

corruptos e sem principios

Não foram por nós eleitos

apenas "SE" escolheram

hoje tudo mamam

até os porcos dos nossos currais.

Porcos, Porquinhos e parocalhões

No seu bolso apenas pensam

não passam de grandes ladrões,,,

Sou timorzinho ofendido

ao jantar arroz e modofila

ao almoço modofila e arroz

Mas os deputados

que eleitos não foram não!

tudo têm e mais querem

Até um grande camião

Sem titulo de Taci Fuik









Na manha de Janeiro
88 porcos,
em Timor... todos eles ambiciosos
Sentados no parlamento
No povo não pensam não!
Leis novas querem fazer!
Para seu bolso salvar.
O resto vai trabalhar...
o imposto vai pagar.
O povo nada vê
Tudo para os porcos
porquinhos e porcalhões
no parlmento sentados
do povo querem roubar!
não há modestia
nem amor
Seus porcos, porcalhões...

De Taci Fuik ( não sou poeta apenas quero contribuir)

"OS SUINOS PORCALHOES" de Kuda TALIN (REBO REBO)


Não sei o que fazer

com tanta trapalhada

Os suinos porcalhões

gulosos e comilões!

Carro querem para vida

O ze do povo a chorar

nem tostado nem tostões

para o estomago aconchegar

O senhor deputado quer tudo

Com tanta trapalhada!

nome novo ganharam!

de PUTADO....

são agora suinos e porcalhões!



Kuda Talin (rebo rebo)

Monday, January 22, 2007

Falar português em Timor-Leste- Defende o linguista australiano Geoffrey Hull

Falar português em Timor-Leste

O português faz parte da história da nação timorense. Não a considerar uma língua oficial seria um exagerado risco para o futuro desta nação, pois colocaria em risco a sua identidade. Isto mesmo defende o linguista australiano Geoffrey Hull num livro que o IC acabou de editar, onde explana as suas ideias relativas a um debate que se mantém vivo no seio da sociedade timorense: que língua oficial adoptar?

"O papel central da língua portuguesa na civilização timorense é completamente inquestionável", afirma o linguista Geoffrey Hull no seu recente livro Timor-Leste. Identidade, língua e política educacional editado pelo IC. A língua portuguesa - refere o academista australiano - "por vários factores de ordem histórico-cultural, tem-se mostrado capaz de se harmonizar com as línguas indígenas", questão essencial num território onde existem pelo menos 15 línguas, algumas delas tendo-se ramificado em dialectos locais.

O livro de Geoffrey Hull assume particular interesse numa altura em que se debate na sociedade timorense qual a língua (ou línguas) que terá estatuto oficial. Para Hull a hipótese do português é tanto mais plausível porque "o contacto com Portugal renovou e consolidou a cultura timorense". Aliás, reforça o linguista, quando há 25 anos Timor-Leste emergiu da fase colonial "não foi necessário procurar uma identidade nacional, o país era único do ponto de vista linguistico".

Para o investigador esta situação deve-se à peculiar colonização portuguesa que nunca "interferiu muito com as instituições nativas" fez "poucas tentativas de mudar a cultura indígena". "Os portugueses tiveram sempre como objectivo a assimilação das populações por si conquistadas e acrescentadas ao império". Promoveram em Timor os casamentos mistos, a conversão ao catolicismo não foi forçada, "a maioria dos régulos timorenses aceitou o baptismo" tendo recebido nomes e títulos aristocráticos portugueses. "Em muitos reinos a bandeira portuguesa tornou-se um lúlic, guardado e adorado em casas sagradas", escreve Hull.

Defensor que o tétum, língua franca que, na poligossia timorense, unificou em parte o território, seja também considerado língua oficial, Hull neste seu livro apresenta propostas ao futuro Governo timorense para implementar o seu uso. Há também uma ligação entre o tétum e o português, indo a primeira língua buscar vocábulos à segunda.

A procura de uma língua oficial (ou mais) é fundamental no sentido de fundamentar um identidade nacional que, todavia, Timor-Leste já demonstrou ao mundo quando votou maçivamente pela sua independência (cerca de 80%). Uma "admirável unidade nacional" como enfatiza o autor.

Escrito em tétum e português, o livro de Hull reflecte ainda as consequências negativas da adesão á língua inglesa para a jovem Nação. Se por um lado o inglês se mostra "mais prático" a sua adopção, adverte Hull, traria "graves implicações para o futuro do país". Em seu entender a língua de Shakespeare promove uma processo de "atrofia cultural" visível noutros Estados como a Austrália ou os Estados Unidos onde várias línguas indígenas desapareceram, a que não será alheia a sua "arrogância, geralmente não intencional", mas menos capaz que o português em se harmonizar com as línguas indígenas.

O português é, em si, "um idioma de importante relevo no mundo moderno". Uma língua internacional, falada por cerca de milhões de pessoas nos cinco continentes. Há ainda a importância desempenhada pelas futuras relações de Timor-Leste com o mundo lusófono o que proporcionará vantagens sociais e culturais e benefícios materiais, salienta o autor. "Para Timor-Leste, o português tem também a vantagem de que o tétum (língua franca) não seja formalmente muito afastado do português na sua pronúncia, gramática e vocabulário. O português não é um idioma demasiado difícil para os timorenses pois estes já possuem um relativo conhecimento passivo do português, devido ao facto de que já falam o tetum-Díli", afirma Hull.

Neste sentido, entende o linguista, que "a juventude deve fazer um esforço colectivo para aprender ou reaprender" a língua portuguesa. Um dever que qualifica de "patriótico", até porque a cultura e a língua portuguesas fazem parte da sua memória, e não falar o português seria voltar costas a um passado correndo Timor-Leste o risco de se tornar "uma nação de amnésicos"

Sunday, January 21, 2007

PORCOS! PORQUINHOS E PORCALHOES- Por Maracuja









Timor nas mãos dos porcos !!!!

parlamentares gananciosos

Mão no bolso do pobre Timor!

sem tostões para contar!

Nem amendoins para a fome matar!...

O Governo...ora pouco faz!

Temos porcos e porcolhonas

com tomates ou sem eles....

É o comes e calas

Se não queres levar nas lonas ...

O Sarmento... Sarmentinho

a justiça da p'ra traz

finge ser honesto e correcto...

para a minha vida salvar

por baixo da mesa !

o envelope tenho que dar!...

O porco ... porcalhåo!

são os deputados

da nossa Nação!!!



Maracujá Maduro ( enojado do que se passa em Timor)

CONVITE: Vamos cantar " OS PORCOS DE TIMOR"

Aqui Fica a ideia do Mau Dick :

Est\ao os nossos leitores convidados a escrever poemas sobre os " OS PORCOS DE TIMORT"

"RAI TIMOR NIAN FAHI OAN SIRA"

------------------------------

OH MARACUJA!

QUANDO E QUE PRODUZES UM POEMA?
ANDA RAPAZ QUE AGORA E A TUA ALTURA E TENS UM TEMA ESCALDANTE:

"RAI TIMOR NIAN FAHI OAN SIRA"

UM ABRACO

MAU DICK

Thursday, January 18, 2007

"OS BRUXOS PARLAMENTARES" de Mau Dick








MEU POVO DE TIMOR ACORDAI
OS BRUXOS PARLAMENTARES DE TIMOR
MAU LEHARS E AUTOMATICOS
QUEREM ROUBAR SEM DO NEM PUDOR

DEEM UMA GRANDE LICAO
PARA O RESTO DA VIDA DOS SAFADOS
EXPURGAI O MAL QUE ALI VAI
TRAGAM CONVOSCO MIL SOLDADOS

NUM PAIS ONDE TODOS RALHAM
MAS NINGUEM TEM RAZAO
FALTAVAM AGORA OS DEPUTADOS
VIREM ROUBAR O POBRE CIDADAO

EM NOME DA NOSSA DEMOCRACIA
E DE TODOS OS SEUS LIBERTADORES
ESTA CHEGADA AGORA A ALTURA
DE VERMOS LIVRES DE FALSEADORES

VAO TRABALHAR SEUS MALANDROS
QUE O TRABALHO FAZ CALOS
DEIXEM DE ROUBAR O POVO
QUE SO TEM BUA E MALOS

UM ABRACO

MAU DICK

Mensagem do Terceiro Mundo de Fernando Silvan










Não tenhas medo de confessar que me sugaste o sangue

E esgravataste chagas no meu corpo

E me tiraste o mar do peixe e o sal do mar

E a água pura e a terra boa

E levantaste a cruz contra os meus deus

E me calasse nas palavras que eu pensava.

Não tenhas medo de confessar que te inventasse mau

Nas torturas em milhões de mim

E que me cavas só o chão que recusavas

E o fruto que te amargava

E o trabalho que não querias

E menos de metade do alfabeto.

Não tenhas medo de confessar o esforço

De silenciar os meus batuques

E de apagar as queimadas e as fogueiras

E desvendar os segredos e os mistérios

E destruir todos os meus jogos

E também os cantares dos meus avós.

Não tenhas medo, amigo, que te não odeio.

Foi essa a minha história e a tua história.

E eu sobrevivi

Para construir estradas e cidades a teu lado

E inventar fábricas e Ciência,

Que o mundo não pode ser feito só por ti.

(*) O poeta Fernando Silvan, nasceu em Díli em 1917, mas viveu a maior parte de sua vida em Portugal, onde veio a falecer, em 1993, na cidade de Cascais. Apesar da distância de sua terra natal, sua obra literária é expressão autêntica da cultura timorense.

= = = = = = =

Tuesday, January 16, 2007

Calados não ! de Jose Joaquim
















Ah Borja meu irmão!
com silencio não chegamos lá...
Veja só a deputalhada
vivem a vida de ladrão.

Razão tem o Dick
observador...bom ou Mau
Se Borja fosse vivo...
silencio nåo queria não...

Deputados querem tudo
A lua, o sol e o mar...
Carro e tudo! e o povo a lerpar!

Ainda se fosse troteneta
do amigo Menecas
que partido tem o coração,
Ladråo robou sua paixåo!

Foi obra de deputado ...
apnhado em plena acção.
De surpresa em cuecas
Deitado no seu colchåo!

Borja meu irmão!
calados não chegamos lá não
grande alarido é necessário
e acabar com o conto do vigário

Num minuto de silencio
nåo só vai o parlamemnto
de pantanas também o orçamento
e o POVO , com vida num tormento...

José Joaquim

"Minuta do Silêncio" (com todas) de Antonio Verissimo


Borja da Costa produz o som da verdade em "Um Minuto de Silêncio" e a "algazarra" é imensa, produzindo as mais variadas reacções, positivas e/ou negativas, ainda bem.
Ora viva, meus irmãos timorenses!

Referindo o positivo... Borja ajudou Mau Dick a criar a "Rapsódia com Todos"... e começamos bem o ano, com humor e amor.

Atrevo-me a entrar na "brincadeira" e tentar produzir a "Minuta do Silêncio" (com todas)

No silêncio mora a verdade
Por não caber a mentira
A política vive do alarde
Que ao silêncio a verdade tira

Forma o silêncio uma cidade
Imaginária pra quem a escuta
Sem peias, ameias, nem idade
Descendente do silêncio e da minuta

RAPSODIA "COM TODOS" de Mau Dick










RAPSODIA "COM TODOS"

SE O BORJA FOSSE VIVO
MORRIA AGORA DE CORACAO
POR VER TANTO DEPUTADO
A QUERER METER A MAO

ESTAVAM DOIS VELHOS
SENTADOS NUM CAFEIZAL
A VELHA CORTAVA A CATUPA
O VELHO METIA O BORNAL

PUXEI O AUTOCLISMO
O GALHAO ESTREMECEU
DEU TRES VOLTAS A PIA
DISSE ADEUS E DESCEU

VOU CONCORRER A PRESIDENTE
JA TENHO O CURSO COMPLETO
SOU HUMANO, CAPAZ E HONESTO
E FILHO DO SENHOR GILBERTO

UM ABRACO
MAU DICK

Monday, January 15, 2007

"Um Minuto de Silencio" de Borja da Costa... recordado por Taci Fuick


Nåo sou poeta , ou melhor n˜åo sei escrever em rimas...Mas gosto de ler poesia . Um dos poetas timorenses que eu mais aprecio é Borja da Costa. Se me permitem peço para publicarem nesta página o "Um Minuto de silencio"
Obrigada
Taci Fuick

"Um Minuto de Silencio" de Borja da Costa...

Calai
Montes
Vales e fontes
Pedras dos caminhos
E ervas do chao,
Calai
Calai
Passaros do ar
E ondas do mar
Ventos que sopram
Nas praias que sobram
De terras de ninguem,
Calai

Calai
Canas e bambus
Arvores e "ai-rus"
Palmeiras e capim
Na verdura sem fim
Do pequeno Timor,
Calai
Calai
Calai-vos e calemos-nos
POR UM MINUTO
E tempo de silencio
No silencio do tempo
Ao tempo de vida
Dos que perderam a vida
PELA PATRIA
PELA NACAO
PELO POVO
PELA NOSSA
LIBERTACAO
CALAI - UM MINUTO DE SILENCIO...

Porque cheguei de triciclo- de Manecas








Porque cheguei de triciclo!!!



Mau Dick mau dickão
Mantenho a minha trotineta
a triciclo apenas a usei
porque parti meu coração!


Ando louco de trotineta
de Farol a Taibesse
Mas casanova nåo encontro
e fica tudo na gaveta

Não entendo a minha sorte
Nem a fuga da minha amada
vou penar ate a morte
porque a vida não vale nada


Manecas

Perdi a minha amada - de Manecas








Perdi a minha amada

Hoje longe do meu passado
perdi a minha amada
triste e abandonado
vou começar nova jornada


Anos passaram lado a lado
veio... o casanova desconhido
roubando o meu presente!

Hoje longe do meu passado
novo amor vou encontrar


vou mantê-la feliz a meu lado
juntos a vida vamos gozar

Manecas ( ainda de trontineta)

Thursday, January 11, 2007

"Os TIMORIADES" de Mau Dick



Ilustrando este poema de Mau Dick aqui temos o célebre Laka Dou timorense ( instrumento musical timorense feito de bambu!)


OS TIMORIADES"

DE CATANAS E UMA LULIK ASSINALADAS
EM TAO DISTANTE TERRA ORIENTAL
OS POETAS DELIRAM "OS TIMORIADES"
E EU SINTO FALTA DO MEU BANANAL

O MANECAS DEU SINAL DE SI
APARECEU HOJE DE TRICICLO
O JOSE JOAQUIM MARCOU PRESENCA
ESTOU A ENTRAR NUM NOVO CICLO

O MARACUJA E BOM PROFESSOR
NUMA BELA PARTE DO MUNDO
ENSINA MUITOS DOS LABAREKES
A NAO DEIXAR O BARCO IR AO FUNDO

O VERISSIMO ANDA CALADO
LA PARA OS LADOS DE LISBOA
OS CHOCOLATES FIZERAM-LHA MAL
PAGINA UM, ASSIM ENJOA

DIZEM QUE AGORA CANTA O FADO
DE VEZ EM QUANDO O RAMELAU
TAMBEM CANTA O CORRIDINHO
E GOSTA MUITO DE BACALHAU

UM ABRACO

MAU DICK

Tiro Le - He le de Jose Joaquim











Tiro Le He le le le


No alto de Lahane

a minha amada morava

Cá e baixo cantava

a cantiga do caçador

Tirolês bem tentava

Mas era só intenção

de cantar o meu amor

que ia dentro no meu coração!



No alto de Lahane

No alto de Lahane

tiro Le- Hi, Tiro Le Hi

Tiro Le hi, O lê, Lé Lê hê


José Joaquim

Quadra Solta- por Manecas




Do Farol a Taibesse
bicicletas e motocicletas
a nomorada acompanham
muita coisa acontece

Manecas

Tuesday, January 09, 2007

Farol- por Mau Dick



FAROL FAROL FAROL


LA PARA AS BANDAS DO FAROL

NUMA MANHA EM EPOCA DE CHUVA

ENCONTREI UM PATRICIO MEU

A NADAR EM AGUA TURVA



NADAVA COM MUITA VELOCIDADE

IA DE CERTO SER O CAMPEAO

MAS VEIO UMA GRANDE ONDA

TRES CARANGUEJOS E UM MEXILAO



PERDEU ENTAO O SEU FOLEGO

E RECEBEU RESPIRACAO BOCA A BOCA

AGORA APARECEU REJUVENESCIDO

MAS AINDA TEM VOZINHA ROCA



QUERIA SER UM FAROLEIRO

PARA FAZER PISCA PISCA

PARA MOSTRAR AO VELEIRO

QUEM NAO ARRISCA NAO PETISCA



ACABEI PERDIDO NO NEVOEIRO

COM UMA DOR DE CABECINHA

NARIZ PARTIDO E BRACO DESLOCADO

E UMA ANCORA DE ALFACINHA


UM ABRACO

MAU DICK

Atauro- por Mau Dick












ATAURO



FUI UM DIA AO BELO ATAURO

PARA ME INTEIRAR DA REALIDADE

NAO ENCONTREI NENHUM LADRAO

SO COBRA DE GRANDE SANTIDADE


ESTIVE NA INSTANCIA TURISTICA

E NAO MOSTREI O MEU CORPINHO

NAO VA A SENHORA COBRA CAPELO

CAIR DE AMORES POR DON JUANZINHO

















APANHEI BANHOS DE SOL E DE CHUVA

E LADRAO NAO VI NAO SENHOR

TAMBEM NAO ENCONTREI RIQUEZA

NEM FARMACIA NEM SENHOR DOUTOR



VI PESCADOR DE ATAURO E BEIROS

VI POBREZA E GENTE HUMILDE

VI O MEU POVO DE TIMOR LESTE

O TIO JOAO E A AUNTY HILDIE



UM ABRACO

MAU DICK

Monday, January 08, 2007

OE-CUSSE - por Mau Dick



OE-CUSSE



PARA PASSAR UMAS BELAS FERIAS

DE BARCACA ABALAVA SORRIDENTE

OE-CUSSE O MEU DESTINO ANUAL

DA MINHA MENINICE, MINHA GENTE



DE PANTE MACASSAR A PADIAI

NOS COSTADOS DUMA PILECA

DOEIAM-ME TODOS OS OSSOS

INCLUINDO A DA KANALEKA



DE PANTE MACASSAR A OE-SONO

MARCHAVA A BUTES CALCANTE

PARA COMER BANANA COM QUEIJO

COMO QUEM COME TORRAO DE ALICANTE



EU, O INACIO E O TERTULIANO

O CARLOS, JOSE E O ZE CIGANO

IRMAOS DE UMA ERA QUE ABALOU

DE MAOS DADAS, MANO A MANO



UM ABRACO

MAU DICK

Sunday, January 07, 2007

Comentario para Antonio Virissimo- por Amaral


Meu caro Antonio Virissimo:



Que melhor descrição do que esta, poderá haver, senão estar lá na confusão dos fogos de artificio.
Que melhor forma de falar do desassocego quando falamos de pancada e porrada e sarilho do que faze-lo num poema sem ofender ninguem.

Obrigado pelos seus poemas que tenho lido com assiduidade neste blog.

Apenas acho que poetas como o Antonio Virissimo e o Mau Dick deviam publicar mais os vossos trablahos que eu ancho interessante. Assim concertesa que vão encorajar outros que escrevem mas que publlicam por razaoes que só elels sabem.

Obrigado uma vez mais

 Amaral

===========================================

Aqui vai de novo o poema que mereceu os comentearios de Amaral:


PASSAGEM DE ANO de Antonio Verissimo

Bom ano para Timor-Leste, apesar de momentos muito dificeis estarem para chegar.

Com a força desse povo Timor-Leste ainda virá a ser uma pacífica e agradavel Nação!
Bom 2007, amigos!


============================
PASSAGEM DE ANO
============================

Encandeio-me na espectacularidade

Do fogo de artificio ofuscante

Na magnitude do evento

Surpreendo-me com a beleza da cidade

Da simpatia esfusiante

Deste anual momento

Todas as luzes emprestam brilho

Música alegria e cor

Chega a hora do sarilho

Afasta-se a hora do amor

Crescem zangas, porrada e pontapés

Ausência de lucidez

Calcorreando perigoso trilho

Correndo como um gamo

Suor de álcool invade a tez

Mau começo de novo ano

Não

Nessa não caio outra vez!

Saturday, January 06, 2007

Dia de Reis- por Mau Dick



HOJE É DIA DE REIS













HOJE É DIA DE REIS
E COMO REZA A HISTORIA
MAMEI PASSINHAS, SEIS

DESEJEI MUITA PAZ E FELICIDADE
PARA O MEU QUERIDO TIMOR
NUM GRANDE CLIMA DE IRMANDADE


UM ABRACO

MAU DICK

NOVO ANO, ESPERANCA DOBRADA por Mau Dick




NESTE SILENCIO PROFUNDO
NUMA NOITE ESCURA COMO BREU
SINTO A FALTA DA SINFONIA
DE UM ANO NOVO, OH MEU!

O NATAL FOI ESPLENDEROSO
COM MUITAS PRENDINHAS NO CABAZ
AMOR, SAUDE E SOLIDARIEDADE
SO ME FALTAVA AGORA A PAZ

PAZ QUE TEIMA EM CHEGAR
EGOISTA, ALTRUISTA E CARRANCUDA
QUE NA FASE FINAL DESTE DESTINO
FAZ-ME LEMBRAR A KARRETA KUDA

NO ALVORAR DESTE NOVO ANO
VAMOS COMECAR NOVA CAMINHADA
O CEU ESTRONDOSAMENTE ALERTOU
ACORDEM MINHA RAPAZIADA

NOVO ANO DE DOIS MIL SETE
COM VOTOS DE ESPERANCA DOBRADA
ME DESPECO POR AGORA AMIGOS MEUS
VOU COMER UMA BELA FEIJOADA

UM ABRACO

MAU DICK

Wednesday, January 03, 2007

VERDADE SEJA DITA! de António Veríssimo


António Veríssimo

VERDADE SEJA DITA!

Nunca tinha pensado que a distância da travessia do Indico e subida do Atlântico, ou vice-versa, poderia ser partilhada por outras gerações de Timor tão sentimentalmente.



Esta é uma das poucas provas que levo da vida em como não me enganei: ser de Timor é lidar com Amor!
Estar em Timor também.
É como lidar com a nossa Mãe!
Obrigado, por morarem no meu coração...

INACREDITAVEL!

de António Veríssimo


Não li mensagens por querer ser puro

Seguir a conduta

Ser imparcial

Sentir ser gente do povo

Viver a sua pele

a fome

O nome

Ser mais um

despercebidamente

Era bom mas não consigo

Porque acham que eu sou eu

Quando afinal

Eu sou eles

Mas

como grito no papel

Fica escrito

Na minha pele

Que nunca acreditarão

Ser da sua raça e ter sua esperança

Porque raça não vale

Ser grande também não

Pessoal

Eu sou vosso irmão!

PASSAGEM DE ANO de Antonio Verissimo



Bom ano para Timor-Leste, apesar de momentos muito dificeis estarem para chegar.


Com a força desse povo Timor-Leste ainda virá a ser uma pacífica e agradavel Nação!
Bom 2007, amigos!



PASSAGEM DE ANO


Encandeio-me na espectacularidade

Do fogo de artificio ofuscante

Na magnitude do evento

Surpreendo-me com a beleza da cidade

Da simpatia esfusiante

Deste anual momento

Todas as luzes emprestam brilho

Música alegria e cor

Chega a hora do sarilho

Afasta-se a hora do amor

Crescem zangas, porrada e pontapés

Ausência de lucidez

Calcorreando perigoso trilho

Correndo como um gamo

Suor de álcool invade a tez

Mau começo de novo ano

Não

Nessa não caio outra vez!

Sangue e hipocrisia


st said...
Caros Amigos e Companheiros de viagem neste espaço
(envio este post/comentário para os blogs ‘Timor OnLine’ e ‘TimorDeNorteASul’)…

Nesta quadra natalícia recebi como presente de um casal amigo um pequeno livro (apenas pouco mais do de quatro dezenas de páginas) de poesia escrita por um Timorense, aquando da sua diáspora em Portugal… porquanto, pelas notícias que entretanto li ele se encontra actualmente na sua terra Timor-Leste…

Não quero deixar de partilhar convosco algum do imenso prazer que tive ao ler o livro, enviando um dos poemas de AFONSO BUSA METAN, poema que escreveu em Lisboa em 19.abril.1999….

“””””””””””
Sangue e hipocrisia


É vermelha a dor,

vermelho o horror,

e é violenta,

lenta,

valente,

impotente,

sofrente…

E há gente que mente

no cinismo prepotente,

decorrente deste mundo

que vê Timor ir ao fundo

e diz coisas piedosas,

maneiras ardilosas

de nada fazer afinal

nesta omissão fatal

que deixa assassinos à solta

e impunes os mandantes.

Tudo como dantes.

Tudo ainda mal.”””””””””””


PS: peço desculpas (e respectiva compreensão) para esta reprodução sem a devida autorização prévia do Autor e da Editora (SUL – é uma ONG com sede em Aveiro, tendo editado em 2001 um outro livro do João Paulo Esperança), tendo assumido esta ousadia pelo prazer e gosto de partilhar convosco esta obra, com o título “Cartas da terra dos malais”, editada em Dezembro.2005.

que 2007 represente e consolide a PAZ em Timor-Leste e traga o DESENVOLVIMENTO que as suas gentes necessitam… um abraço do
st