Monday, July 30, 2007

Lendas e histórias de costumes e tradições reunidas em livro





LENDAS TIMORENSES PUBLICADAS EM PORTUGAL




Cerca de oito dezenas de lendas e histórias sobre usos e costumes de Timor-Leste recolhidas por timorenses que receberam formação de Língua Portuguesa, estão reunidas numa obra a lançar quinta-feira, pela Fundação Mariana Seixas, de Viseu.


O livro "Lendas de Timor (Baucau) e Outras Histórias" foi apresentado, na Biblioteca Municipal por Timor, em Lisboa, com a presença da sua coordenadora, Maria Cristiana Casimiro, e do ex-presidente da Comissão Parlamentar da Assembleia da República para o Acompanhamento da Situação em Timor-Leste, Miguel Anacoreta Correia.

No dia seguinte, será dado a conhecer em Viseu, cidade onde está sedeada a Fundação Mariana Seixas.

António José Coelho, editor da obra, disse que a leitura das lendas fará os portugueses "compreenderem melhor alguns dos comportamentos dos timorenses", fortemente ancorados nas tradições.

Sete dos textos tinham sido recolhidos por um organismo francês, de carácter cultural (IRFED), que estava a trabalhar em Baucau, tendo Maria Cristiana Casimiro - que dava aulas de Língua Portuguesa naquele distrito - colaborado na sua correcção, no ano lectivo de 2001/2002.

Os restantes, que constituem o grosso da obra, surgiram de um trabalho realizado nas aulas de formação de professores/adultos em 2002/2003, no âmbito da unidade didáctica de estudo de lendas timorenses.

"A nossa interlocutora em Timor (Rosa Meneses) é que um dia nos fez chegar este trabalho às mãos", contou António José Coelho.

A obra "Lendas de Timor (Baucau) e Outras Histórias" terá uma tiragem de mil exemplares mas, segundo o editor, mais de metade serão para oferecer.

"Vamos oferecê-la a todas as bibliotecas municipais de Portugal, com o apoio da Associação Nacional de Municípios Portugueses, e também mandá-la para Timor", assegurou.

A Fundação Mariana Seixas tem reforçado a sua ligação a Timor-Leste desde que, há seis anos, recebeu na sua escola profissional, em Viseu, um grupo de dez alunos timorenses.

"Ao procedermos à edição de 'Lendas de Timor (Baucau) e outras Histórias' temos uma vez mais a noção do nosso contributo para a fixação da memória e, assim, da cultura do povo timorense", refere o presidente da fundação, Francisco Peixoto, na nota de abertura da obra.

Anacoreta Correia, que escreveu o prefácio do livro, considera que este é "um grande exercício de penetração na alma timorense".

"Fala-nos do respeito pelos antepassados, das lendas, das tradições, das relações sociais e mesmo da organização política dos povos; explica-nos a importância do dote (Barlaque), do respeito pela morte, da veneração pela Mãe Natureza; lembra-nos que os galos prolongam as tradições guerreiras e, por todo o livro, perpassa a importância da tentativa de explicação do sobrenatural", refere.

Destaca como um dos depoimentos mais interessantes o intitulado "Tradição", que "enfrenta decididamente os conflitos entre a tradição e a modernidade que se deseja para um país nascente".

"O segredo estará em que Timor avance, progrida, mas não despreze a sua matriz cultural. É uma síntese difícil, mas possível e desejável, em que às mulheres está reservado um papel decisivo, como bem se assinala", considera.

Muitos outros textos ajudam a compreender atitudes dos timorenses, como a história de "Dom Lírio" - que depois de o terem matado por diversas vezes e das mais variadas formas e de ter finalmente subido ao céu, enviou uma praga - a quem hoje ainda fazem ofertas de frango branco.

"Vocês e as gerações seguintes conhecerão tempos difíceis. Por um longo tempo, irão viver desunidos, porque desconhecem o amor, andarão sempre em conflitos e matar-se-ão uns aos outros. A vossa desunião fará com que o inimigo vos oprima facilmente, ele esmagar-vos-á e massacrar-vos-á, como vocês fizeram comigo", terá dito Dom Lírio.

Segundo o texto publicado, "os que conhecem esta lenda dizem que a história de Timor coincide com a praga" lançada por Dom Lírio: "Timor foi oprimido durante 500 anos pelo governo português, 24 anos de ditadura militar indonésia e, possivelmente, mais uns anos de pobreza e sofrimento nos inícios da independência".

Saturday, July 28, 2007

"SE EU PUDESSE" - de Mau Dick


Manda de novo o teu poema numérico. Creio que acidentalmente o apaguei . E enquanto esperamos, pois fiquem com o :



ESTE É UM POEMA PARA O JOÃO DO TIMOR CARTOON da autoria de Mau Dick.

SE EU PUDESSE!!!


SE EU PUDESSE TROCAVA ISTO TUDO
POR AQUELE EM TUA KOIN, DO NADA
LUGAR DE PAZ, BELEZA E SERENIDADE
NO MEU TIMOR, TERRA MINHA AMADA

TROCAVA SONS DE TOKÉ E LAGARTIXA
MUITO MAIS TOLERANTES E NATURAIS
POR ESTA AZAFAMA QUE ME ENSURDA
NUM MUNDO CHEIO DE IRRACIONAIS

TROCAVA O DESPERTADOR PELO GALO
PARA ACORDAR E PODER MARAVILHAR
ESTA BELEZA QUE ME VIU NASCER
NO MEU TIMOR LESTE DE ENCANTAR

SE EU PUDESSE ERA JA HOJE
NEM TAO POUCO OLHAVA PARA TRAS
MAS O DESTINO TEM DESTAS COISAS
E PRECISO ESPERANCA, MEU RAPAZ

Thursday, July 26, 2007

Soneto do Orfeu- de Vinicius de Morais



São demais os perigos dessa vida
Para quem tem paixão, principalmente
Quando uma lua surge de repente
E se deixa no céu, como esquecida

E se ao luar, que atua desvairado
Vem unir-se uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher

Uma mulher que é feita de música
Luar e sentimento, e que a vida
Não quer, de tão perfeita

Uma mulher que é como a própria lua:
Tão linda que só espalha sofrimento,
Tão cheia de pudor que vive nua.


Vinicius de Moraes

Poeta, compositor, intérprete e diplomata brasileiro, nasceu no Rio em 19/10/13 e faleceu na mesma cidade em 09/07/80. Escreveu seu primeiro poema aos sete anos. Fez curso de Direito no Rio e de Literatura Inglesa em Oxford. Ingressou na carreira diplomática, por concurso, em 1943, tendo servido como vice-cônsul em Los Angeles (1947-50), o que abriu sua temática, posteriormente enriquecida pelo seu interesse em teatro e cinema. Serviu também em Paris (duas vezes) e Montevidéu.

Interessado em cinema desde estudante, foi crítico e censor cinematográfico. Como delegado brasileiro, participou de vários festivais internacionais de cinema (Cannes, Berlim, Locarno, Veneza e Punta del Leste) e, em 1966, foi membro do Júri Internacional de Cannes).

Aos 19 anos publica seu primeiro livro de versos, Caminho para a Distância, e aos 22, Forma e Exegese (ganhador do Prêmio Felipe d'Oliveira de 1935). Em 1936 sai Ariana, a Mulher, que é o apogeu de sua primeira fase, impregnada de sentido místico. Começou então a usar uma sintaxe mais popular, e sua lírica se carrega de sensualismo a partir de Cinco Elegias (1938) e Poemas, Sonetos e Baladas (1948), enriquecendo-se depois com temas de sentido social. Publica também Livro de Sonetos, Procura-se uma Rosa e Para Viver um Grande Amor. O lirismo (muitas vezes sensual) é a sua marca registrada.

Seu drama Orfeu da Conceição (1953), montado para o teatro em 1956 e transposto para o cinema por Macel Camus em 1959 (como Orfeu Negro), ganhou neste ano a Palma de Ouro do Festival de Cannes e o Oscar de Hollywood como o melhor filme estrangeiro.

Na década de 60 junta-se a jovens músicos no movimento conhecido como Bossa Nova, mesclando elementos de samba e jazz. Comporia, junto com Tom Jobim, a música Garota de Ipanema, símbolo de uma época. Uma grande quantidade de poemas seus foi posteriormente musicada.

Sunday, July 22, 2007

"No alto de Fatu Kama" -de Kuda Talin (Rebo-Rebo)


No alto de Fatu Kama !

Muitas ondas vejo ao luar!

Areia Branca !

Indescreta !

ao vento a espiar!

Lá via a Maria !


Que das águas... era só mar!

toda ela se contorcia !

Também , a donzela Sonha!

Do meu neto nada tinha!

No alto de Fatu Kama!

A Lua indescreta tudo via!

Desde pescador !

Ao Rei do Mar!

No alto de Fatu Kama

Tudo via!...

Ah! louca paixão,,,,


Um abraço

de Kuda Talin (Rebo-Rebo)

"PAZ ONTEM, AMOR HOJE " de Mau Dick





A PAZ JÁ FOI CANTADA

ESPEREMOS QUE DÊ FRUTOS

VAMOS CANTAR O AMOR

DEIXEMOS DE SER BRUTOS



O AMOR É COISA LINDA

QUE SE CRIA E CONTAGIA

O AMOR E DEVERAS COMPLICADO

QUE AS VEZES SE TORNA FANTASIA



EU AMO, TU AMAS, ELE AMA

CADA UM O SEU AMORZINHO

EU AMO TODOS DE IGUAL

SEJA GRANDE OU PEQUENINO



O AMOR TAMBÉM SE DESGASTA

E PRECISO RECARGAR A BATERIA

AMOR COM PILHA NOVA ENCANTA

A JOANA, PULQUÉRIA OU A MARIA



O AMOR TEM QUATRO LETRAS

MAS SIGNIFICA TODO UM CONDADO

UMA PALAVRA TAO CURTINHA

COM TÃO GRANDE SIGNIFICADO



TIMOR É AMOR SÃO PRIMOS

DE UMA PRESTIGIOSA REALEZA

O AMOR É O CHEFE SUBLIME

E TIMOR A SUA BELA PRINCESA


Mau Dick

Dezembro de 2006

Saturday, July 21, 2007

"Poema a Timor Lorosae" de Idalina Silva



Vem, amigo vem, dá-me a mão
Vamos lembrar os dias antigos
Quando cantavas a cada põr do sol
Na nudez do dia e dos meus braços
Dançando a musica da inocência
Na noite calada, a cada passo,
a cada abraço
Vem lembrar quando corriamos
Montes e vales da tua terra Mãe
Quando seguia as tuas expectativas
Ao som dos “babadok” sendo a chuva
O manto das memórias heróicas
Vem, amigo vem, dá-me a mão
Aceita a recordação traduzida em sabedoria
Deixa as memórias do tempo ser caminho
Sem fantasmas ou temores
Porque nele vais encontrar a herança
Dos teus avós, teus pais, e irmãos
Vem, amigo vem, dá-me a mão
Deixa-me seguir-te nos caminhos do inesperado
Sentir teu sangue guerreiro
Lembrar pela ultima vez a ternura do teu olhar
Quando deixar a terra que aprendi a amar…
Timor Lorosae


Idalina DaSilva

Wednesday, July 18, 2007

"A Liberdade" de Mau Dick



OH LIBERDADE QUE TE VANISTE
CRIASTE UMA GRANDE CRATERA
A OPÇÃO VIROU DIMINUTA
E O QUE RESTA E MESMO BERA

E A MINHA VEIA POETICA
PRECISOU DE UM BOM DESCANÇO
AGORA QUE TENHO MAIS TEMPO
VOU VERSAR COM MUITO FARTANSO

PARA O PRINCÍPIO DO MÊS DE AGOSTO
VAMOS TER UM GOVERNO DE FARTA
PRIMEIRO MINISTRO E MAU TERÇA
E O DA DEFESA SERÃ O MAU QUARTA

O DA AGRICULTURA MAU QUINTA
E O DE ESTRANGEIROS MAU GUNDA
O DAS FINANCAS MAU MINGO
E TRABALHO É O QUE MAIS ABUNDA

UM ABRACO

MAU DICK

Tuesday, July 17, 2007

"RAIAR DA ESPERANÇA" de Antonio Virissimo



Olho o céu e agradeço
Ter atendido minhas preces
Pacificar meu país
Trazer nova esperança
Restituir o que mereces
Plantar nova raiz
Que dará frutos de mudança

Que venha a paz e a concórdia
Que floresça o entendimento
Que o diálogo seja permanente
Que a mentira não tenha casa
Nem lugar para se esconder
Que o país seja nosso
Acolhedor e independente
Que a liberdade voe na asa
Da alegria que meu povo sente

Sunday, July 15, 2007

"Por um Timor Independente!" - de Ramehana

----------------------- (multidão sem rosto ) ------------------------

Por um Timor Independente.

Duzentos resistentes?

Como é possivel serem só 200?

Oh Gente! se me ouvem:

Oiçam o meu grito de revolta.

Como eles mentem!!!

Como eles temem dos 200.

Há quantos anos andam eles a lutar

contra os 200 guerrilheiros,

com dezenas de batalhões,

eles não conseguem acabar.

Porque em todos os Timorenses

Vejo um resistente!

um rosto de lutador!

Só 200? Não são?

Somos todos!

quer queiram quer não.

Somos Todos por Timor

Por um Timor livre...

Por um Timor Independente.

Há quantos anos a lutar?

Até o último a tombar.

Com todo o fervor

Timor irá gritar.

O HINO DA VITÓRIA

VIVA TIMOR!

TIMOR DOS TIMORENSES...



Ramehana Ailatan
9/June/1997



Saturday, July 14, 2007

"Oh! Liberdade!" de Xanana Gusmao


Se eu pudesse
pelas frias manhãs
acordar tiritando
fustigado pela ventania
que me abre a cortina do céu
e ver, do cimo dos meus montes,
o quadro roxo
de um perturbado nascer do sol
a leste de Timor

Se eu pudesse
pelos tórridos sóis
cavalgar embevecido
de encontro a mim mesmo
nas serenas planícies do capim
e sentir o cheiro de animais
bebendo das nascentes
que murmurariam no ar
lendas de Timor

Se eu pudesse
pelas tardes de calma
sentir o cansaço
da natureza sensual
espreguiçando-se no seu suor
e ouvir contar as canseiras
sob os risos
das crianças nuas e descalças
de todo o Timor

Se eu pudesse
ao entardecer das ondas
caminhar pela areia
entregue a mim mesmo
no enlevo molhado da brisa
e tocar a imensidão do mar
num sopro da alma
que permita meditar o futuro
da ilha de Timor

Se eu pudesse
ao cantar dos grilos
falar para a lua
pelas janelas da noite
e contar-lhe romances do povo
a união inviolável dos corpos
para criar filhos
e ensinar-lhes a crescer e a amar
a Pátria Timor!

Tuesday, July 10, 2007

MUDANÇAS NA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA A PARTIR DE JANEIRO 2008

A partir de janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste - terão a ortografia unificada.

O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada.

Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.
Resumo da ópera - o que muda na ortografia em 2008:

- As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo".

- mudam-se as normas para o uso do hífen

- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem".

- Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos".

- O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.

- O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de "k", "w" e "y".

- O acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).

- Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia". O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia.

- Em Portugal, desaparecem da língua escrita o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como em "acção", "acto", "adopção" e "baptismo". O certo será ação, ato, adoção e batismo.

- Também em Portugal elimina-se o "h" inicial de algumas palavras, como em "húmido", que passará a ser grafado como no Brasil: "úmido".

- Portugal mantém o acento agudo no e e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras:

académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.

Fontes: Revista Isto É, Folha de São Paulo e Agência Lusa.

Monday, July 09, 2007

"LIAN POVU NIAN LIAN" por Abé Barreto Soares




Lian Maromak, lian lulik na’in, hori uluk hori otas kedas
Keta koko, keta tahan, keta halimar

Lian povu nian, lian halerik, lian hamulak
Lian kro’at, halo mundu hakfodak

Lian povu nian, lian lulik na’in, lian kbiit tomak, sobu laran metan,
harahun laran fo’er

---
2006

Abé Barreto Soares

Sunday, July 08, 2007

"Por um Mundo melhor" de Lau Malai


Se todos pensassem,
tomassem consciência dos seus erros,
tivessem coragem,
assumissem as suas culpas
e corrigissem as atitudes,
certamente que todos juntos
seríamos suficientes
para derrotar os impostores,
para derrotar os hipócritas,
para defender o bem no nosso Mundo
e transformar o Planeta Terra
num local apetecível
para a própria Natureza
da qual fazemos parte.


Um beijo
Laumalai
09-07-2007

Wednesday, July 04, 2007

"DESCULPAS..." de António Virissimo


DESCULPAS...

Tenho andado sem cabeça
Pra esta coisa dos versos
Não que Maracujá não mereça
Meus respeitos e apreços

Desculpe meu bom amigo
Esta falha da minha parte
Não cumprir o prometido
Coisa que do político é arte

Fique aqui com a garantia
Que se a política acalmar
Sobra-me uma hora ao dia
Para as artes de versar

Assim já poderei cumprir
No convivio estar presente
Escrever, versar chorar ou rir
Dizer aquilo que a gente sente

Um abraço para todos

"SAUDADE " de Lau Malai


SAUDADE

Vazio na alma
Nó no peito
Olhar no horizonte
Longe
Pensamento distante
Encantamento
Sempre
Passado, presente,
Sempre ausente
Presença sem estar presente
Abraço forte
Lágrima
Sorriso
Saudade
Ternura delinquente

Um abraço
Laumalai

INAN FETON DOBEN: “WE MATAN, SULI LORON, SULI KALAN”


INAN FETON DOBEN: “WE MATAN, SULI LORON, SULI KALAN”

( *) Reflesaun kona-ba Feto iha Harii Dame

Ko’alia kona-ba inan, la seluk, la leet, ita ko’alia kona-ba ita-nia hun, ita ko’alia kona-ba ita-nia abut rasik.

Se karik la ho inan nia prezensa, oinsá maka ita bele mosu, oinsá maka ita bele eziste, no bidu ho laran haksolok iha ita-nia planeta Rai nia palku leten, no rai fehan sira?

Hamutuk ho ita-nia aman sira, ita-nia inan doben, kous hasai ita ho laran no neon tomak, hosi Nai Maromak nia kadunan, ho neras domin. Nia kous ita, nia lori ita mai hatuur tan iha abad mundu rai klaran ne’e nian. Nia la kole, foti matan, hateke ita buras, nia la kole haree ita, lolo ita-nia dikin, rani iha fatin-fatin.

Inan nia terus, sura labele. Inan nia kole, inan nia kosar been, selu labele, to’o deit ita tama fali ba rai kuak, alias fila fali ba rai rahun.

Hanesan inan ida ne’ebé tau ita iha mundu rai klaran, nia la husu buat barak mai ita. Hanesan inan ida ne’ebé terus barak tiha ona mai ita, nia husu deit, atu ita hato’o hikas fali ita-nia domin tomak ba nia. Hanesan inan ida ne’ebé fó an tomak ba mate atu sosa ita-nia moris, bainhira nia tanis, nia hakarak tebes duni atu ita la baruk, hamaran lisuk nia matan been maka suli.

Inan nia domin, domin rohan laek! Inan nia domin, domin lalehan. Inan nia domin, domin hori otas, domin hori wain nian kedas.

Inan sira nu’udar bee matan, ne’ebé suli loron, suli kalan. Bee matan oan ne’e mós, moos nabilan tebes, no furak la halimar. Kanek bubu sira ne’ebé ita iha, ho bee, ita buka atu tuhik. Kanek bubu sira ne’ebé ita iha, ho bee, sei sai diak.

Ho domin tomak ne’ebé nia hato’o mai ita, nia kria armonia, ho domin tomak ne’ebé nia haklaken, nia kria dame, ho domin tomak ne’ebé nia haburas, nia kria hakmatek iha ita-nia uma laran.

Inan nia prezensa iha mundu rai klaran, ho frajilidade tomak ne’ebé nia iha, nia fó sai nia lian. Nia lian: lian osan mean, nia lian: lian laran maus, nia lian: lian laran dodok, dala barak sempre hananu, iha espasu lia loos nian maka sublime.

Timor-Leste, rai doben, rai murak, nu’udar ita Timoroan sira hotu nia inan. Nia maka hahoris ita. Nia maka fakar ran tanba ita-nia moris.
Hodi sá loos maka ita sei selu nia kole? Oinsá loos maka ita buka atu tau iha neon bebeik kona-ba nia terus no susar?

Timor-Leste nia kanek, Timor-Leste nia tanis, ita hotu nia kanek, ita hotu nia tanis.

Ho krize ida ne’ebé ita enfrenta hamutuk iha tinan kotuk, no oras ne’e mós ita seidauk sai tomak hosi krize ida ne’e, ha’u bele dehan katak Timor-Leste oras ne’e dadaun sei tanis, matan been suli, Timor-Leste oras ne’e sei laran kanek, no sei laran dodok. Nia hamalaha no hamrok ba justisa.

Injustisa, iha kontestu luan, nu’udar aitarak ida maka oras ne’e tuu hela iha ita-nia rain doben nia ain tanen.

Ita keta halo ita-nia inan terus liután!
Ita keta halo ita-nia inan susar liután!
Ita keta halo ita-nia inan matan been suli liután!

Mai ita ba hamaus fila fali ita-nia inan doben!
Mai ita ba hakoak fila fali ita-nia inan doben!
Mai ita ba hamaran fila fali ita-nia inan nia matan been!

Hodi nune’e ita sei la sidi, hodi nune’e, ita sei la monu iha tempu ikus mai. Karik la’e, ita sei hetan malisan, karik la’e ita sei hetan susar.

Mai, mai, ho neon diak, no aten barani, dada sai aitarak oan ida ne’ebé tuu maka’as iha ain tanen ita-nia inan doben nian.

Mai, maluk sira hotu, mai ita ba hamutuk! Se karik la’ós ita, sé tan maka atu halo, sé karik la halo agora, bainhira tan maka ita sei prontu?

Dili, Jullu 2007

Abé Barreto Soares

*) Reflesaun oan ne’e fó sai iha RTTL iha fulan Fevereiru tinan 2007.