Sunday, September 28, 2008

"DOM BOAVENTURA" de Abe Barreto


Surik nia losu, surik nia foti aas,
ain nia tuba metin

Ita mós tebe, ita mós bidu,
ita mós haklalak,
“keta sama ami neon, keta bobar ami fuan, keta sobu ami lisan!”
---
Agostu 2008

Abe Barreto Soares

"CORRUPÇÃO" de Bomdick

O TEMA DE HOJE E CORRUPCAO
ESQUECEM-SE QUE NAO E DA COLIGACAO
E DO GOVERNO DOS 54 PERCENTAO
QUE NAO APRESENTARAM DOCUMENTACAO

SE PARA O ANO ISSO ACONTECER
ENTAO SEREMOS TODOS DO PARECER
QUE GOVERNO DA AMP NAO MERECER
A CONFIANCA PARA EXERCER

UM ABRACO

BOM DICK

AISAR KESAK LUBUN ITA FUTU HAMUTUK, FOER KALA ITA SEI DASA Abe Barreto

AISAR KESAK LUBUN ITA FUTU HAMUTUK,
FOER KALA ITA SEI DASA

Aisar kesak lubun namlekar iha ita-nia knua
Aisar kesak lubun hein hela ita hotu atu futu

Aisar kesak lubun ita futu hamutuk, foer ita kala sei dasa

Aisar kesak lubun ita futu hamutuk, asu ida sei la hatenu, aisar kesak lubun ita bobar halo metin, asu ida sei la baku nia ikun
--
2008
Abe Barreto Soares

Saturday, September 20, 2008

"ITA MAK SEI LEKI, ITA MAK SEI LAKON" de Abé Barreto


ITA MAK SEI LEKI, ITA MAK SEI LAKON

Tasi, ita-nia belun
Rai-maran, ita-nia belun
Ai-laran tuan, ita-nia belun
Fatuk-laran, ita-nia belun
Dolak oan, ita-nia belun
Mota oan sira, ita-nia belun
Lelehan, ita-nia belun
Balada sira, ita-nia belun

Ita keta halo kanek
Ita keta halo rahun
Ita keta sobu namkari

Bainhira hakenek, bainhira harahun, bainhira sobu namkari,
ita mak sei leki, ita mak sei lakon
---
2008

Abé Barreto Soares

"A Vida é uma arte". ..Celso Oliveira"




A arte não é política.
Mas a política é uma arte.
Porque a arte nasce por causa da política.
A política faz a arte,
A vida é uma arte,
Mas os políticos exploram a arte.

Os políticos morrem, é uma arte.
A arte morre é um cadastro.
As crianças nascem, é uma arte.
Os pais e as crianças morrem é um cadastro.

Os políticos criam a arte,
Os políticos têm a vida.
Mas arte não os ama.
A vida não lhes pertence.
Porque a vida é uma arte
E os políticos exploram a arte.

*Publicado no livro Timor Leste: Chegou a Liberda

Thursday, September 18, 2008

"NA CABANA DE PICO BATIDO" de Mau Dick




NAQUELA CABANA DE PICO BATIDO
NUMA NOITE DE INTENSO LUAR
MEU CORAÇÃO TANTO ESTREMECEU
QUE ATE FEZ PARAR O MAR

A MINHA PRINCESA ESTAVA ALI
TINHA CHEGADO O MEU MOMENTO
VOU TORNAR-ME NO PRINCE
DO REINO DE AMOR, NO NOSSO TEMPO

ESPERO QUE O TEMPO PARE
POIS RECEIO NAO AGUENTAR
QUE ESTE SONHO NAO PERDURE
E O AMOR VIR A FRACASSAR



MAU DICK

Tuesday, September 16, 2008

"DIÁLOGU IDA IHA TINAN KLARAN" de Abé Barreto






(Reflesaun Dadeersan nian)



Na’i, ha’u nu’udar de’it lápis oan ida, ne’ebé Ita-Boot book hodi hakerek Ita-Boot nia hanoin no sentimentu,



Na’i, ha’u nu’udar de’it flauta lolon oan ida, ne’ebé Ita-Boot huu hodi hamosu knananuk lalehan nian ne’ebé melodiozu,



Na’i, ha’u nu’udar de’it gitara ida, ne’ebé Ita-Boot fekit hodi haklaken lian sira, ne’ebé fanun klamar sira mak toba dukur
namanas,



Na’i, ha’u nu’udar de’it pianu ida, ne’ebé Ita-Boot toka nia lolon sira, no ha’u fó sai lian sira ne’ebé aas iha kalan nakukun no hakmatek,



Na’i, ho liafuan badak, ha’u hakarak hatete katak, fó lisensa mai ha’u atu empresta liafuan Santu Fransisku Asisi nian,


“Halo ha’u-ata sai nu’udar instrumentru dame!”



iha mundu rai klaran


ne’ebé luan ida-ne’e



Na’i, ha’u hakarak halo tuir, no kumpri bebeik Ita-Boot nia hakarak


iha rai no iha lalehan.


Amen.

UM POEMA PARA UM GRANDE AMIGO DE TIMOR LESTE, NESTA HORA TAO DELICADA.






TO OUR DEAR FRIEND WESLEY SMITH





When You're Not Here




When you are ill,

our sun goes under a cloud.

Your presence in our lives

is such a bright joy

that everything seems in shadow

when you're not here.

When you aren't feeling well,

we feel the lack

of your glowing energy

and contagious vitality.

When you are sick

we feel incomplete,

like a jigsaw puzzle

with a missing piece;

Please rest,

take good care of yourself,

and feel better.

We miss you

and want you back.




Get well soon.




By Joanna Fuchs




UM ABRACO



DO POVO AMIGO DE TIMOR LESTE 
(ATRAVES DE UM SEU FILHO MAU DICK)

Sunday, September 14, 2008

Minha pátria é minha língua, Mangueira meu grande amor.




Minha pátria é minha língua,
Mangueira meu grande amor.
Meu samba vai ao Lácio e colhe a última flor


OSVALDO MARTINS

SINOPSE:
A esquadra comandada por Pedro Álvares Cabral, que deixou Lisboa em 9 de março de 1500, era a maior até então reunida para navegar no Atlântico. Não fez nenhuma escala até tocar a costa brasileira e era composta por 1500 tripulantes. Não se conhece, exatamente, os nomes das 13 embarcações.

Vencendo a fúria de ventos agitados,
Singrando “mares nunca dantes navegados”,
Lá vêm elas - tão frágeis e tão belas -
Sorriso aberto em suas velas:
Dez naus, três caravelas.

Muitos séculos antes do Descobrimento do Brasil, o Império Romano havia conquistado vastos territórios da atual Europa. Não foi uma conquista apenas política e territorial – foi também cultural. Os exércitos romanos impuseram seu idioma – o Latim vulgar – que em cada região deu origem a uma língua diferente (Português, Francês, Espanhol, Italiano, Romeno, etc.). O Latim, por sua vez, tem origem no Lácio, uma região do centro da atual Itália onde surgiu Roma.



Trazem a bordo um rico tesouro
Que não é prata nem é ouro.
É uma herança, uma bonança
Mais valiosa que um palácio:
A última flor do Lácio.
“Inculta e bela”, como Bilac cantou
És meu pendão, meu refrão,
Pura e singela, és minha flor na lapela
Que o tempo enfim consagrou.

O Português é hoje o sexto idioma mais falado no mundo. É a língua oficial de oito países dos cinco Continentes: Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. São cerca de 250 milhões de falantes, a maioria no Brasil. O idioma de Camões tem palavras que não encontram tradução em outras línguas. Exemplos: luar e saudade.





Brota em meu peito uma forte emoção
Quando vejo um cenário de tanta beleza!
Deus, em sua Criação, fez questão
De mostrar sua mania de grandeza
Quando dotou o Brasil, sua grande paixão
- e disso eu tenho certeza -
Do idioma que fala ao pulsar do coração:
A nossa Língua Portuguesa!

Ao chegar ao Brasil, trazido pelos descobridores em 1500, o Português sofreu primeiro a influência das línguas faladas pelos indígenas que habitavam o litoral: o Tupi e o Tupinambá. Mais tarde, o Português foi enriquecido por palavras do Banto e do Iorubá, idiomas falados por escravos africanos. Essas contribuições formaram o Português “brasileiro”, uma língua mestiça em constante evolução. Mais recentemente, no século 19, o Português falado no Brasil incorporou também expressões trazidas por imigrantes de várias partes do mundo.

O idioma de Camões, Eça e Pessoa
Aos poucos se abrasileirou
Com a fala dos índios e seu cantar
Misturando o tupi e o tupinambá.
Depois o negro da nação iorubá
Botou “axé” e todo o seu encanto
E até o samba que também é africano
Ganhou a “ginga” que veio do banto.

As influências indígena e africana eram tão fortes que os próprios jesuítas portugueses usavam esses idiomas - conhecidos como a “língua geral” - em sua catequese. Até que, em 1758, o Marquês de Pombal decretou, proibiu outro falar no Brasil que não fosse o Português. No ano seguinte, expulsou os jesuítas do país. A vigilância portuguesa impôs a ferro e fogo o decreto de Pombal e, graças a ela, produziu-se o milagre de hoje um país de dimensões continentais como o Brasil ter um único idioma. A língua é o maior símbolo da identidade e da integração nacional do povo brasileiro.

Foi seu Pombal quem garantiu
No carnaval do meu Brasil
O samba de uma fala só.
Em verso prosa o povo inteiro
Canta alegre, em “brasileiro”
No frevo, no choro e no forró.

Além de grandes autores portugueses como Luiz de Camões, Padre Vieira, Eça de Queiroz e Fernando Pessoa, o nosso idioma tem no Brasil outros tantos luminares: os cariocas Machado de Assis (primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras) e Olavo Bilac, o alagoano de Quebrângulo Graciliano Ramos (Vidas Secas, Memórias do Cárcere), o mineiro de Itabira Carlos Drummond de Andrade (Brejo das Almas, José), o fluminense de Cantagalo Euclides da Cunha (Os Sertões) e muitos outros, considerados clássicos da língua portuguesa.



Hoje a Mangueira, toda airosa
Engalanada em verde e rosa
Canta o idioma que ressoa
Do Oiapoque ao Chuí
Lembra Eça, louva Pessoa,
Inventa um passo e num abraço
Traz Lisboa para a Sapucaí.

Nos grandes mestres fui buscar
O enredo do meu samba pra contar
A saga de um povo altaneiro
De vidas secas nos sertões
De muita luta nos grotões
Como pregava Antonio Conselheiro.

Grandes poetas brasileiros, como Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Cartola, Caetano Veloso, Guilherme de Brito e tantos mais encontraram no samba uma forma superior de falar à alma do povo. A música brasileira difundiu o idioma e aproximou a “última flor” da gente simples que canta, e se encanta.

Minha pátria é minha língua
Minha pena é minha espada.
A paixão não morre à mingua
Se é pra ti, mulher amada,
Que nos versos magistrais
De Vinícius de Morais
Sobre o amor ele proclama:
É “infinito enquanto dure”, e
“Imortal posto que é chama”.

Os poetas de Mangueira
Também sabem que a paixão
É sua melhor parceira,
Sua grande inspiração.
Foi o amor à minha Escola
Num preito de pura emoção
E ternura em cada rima
Que inspirou Mestre Cartola
A compor essa obra-prima
Que é “Sala de Recepção”.

Ó, amada Língua Portuguesa, poética, infinita... Quantos milhares, milhões de escritores, poetas, romancistas, histórias, personagens tu ocultas que por mais que se procure mais existe a desvendar! Bem sei que não cabes inteira no meu samba, que é pequeno demais pra te homenagear. Tão bela tu és que tinha de ser teu o primeiro museu. Não há no mundo outro igual, nem mesmo em Portugal. O endereço é um só, aquele que nos conduz à velha Estação da Luz - teu templo, tua morada, onde podes, como mereces, ser adorada.

Eu sou de uma estação
A Estação Primeira
Que me ensinou uma lição
Durante minha vida inteira:
Só meu samba me conduz
E só Mangueira traduz
A paixão mais verdadeira.

Mas se quero ter certeza
Que a magia e a beleza
Da nossa Língua Portuguesa
É maior do que supus
Pego o trem na minha estrada
E na última parada
Desço na Estação da Luz.

Em tempo: Esta mensagem > Minha pátria é minha lingua, cuja criação e texto é de Osvaldo Martins

"A Bibi Lulik anda doida..." de Mau Ida

Oh senhores!

A Bibi Lulik anda doida... Coitadinha da cabrita.

Mas na rima ela vai mui bem
Neste blogue de paz
Pena que contexto não tem
Não pelo vinagre, sim do aguarráz

Bale minha cabrita
Com teus olhos foscos
Chora tua desdita
Alivia os pensares toscos

Mau Ida

Saturday, September 13, 2008

"SAPO CURURO" de Mau Dick






QUE CANTAROLA TODA A NOITE
TENHO UM MANDUKO CURURO OLHO
DIZEM QUE VEIO DA AUSTRALIA
BOM CRU OU ASSADO COM MUITO MOLHO

O MEU SAPO CURURO GIGANTE
PESA QUASE UM KILO DE TOMATE
E BOM COM BATATAS FRITAS
E SALADA DE ALFACE E ABACATE

HOJE E DIA HA TANTA FOMINHA
NADA SE PODE ESTRAGAR
MANDUKO PRO ALMOCO E JANTAR
ATE A BARRIGA SE REBENTAR

MANDUKO A MODA AUSTRALINA
COM MOLHINHO A JAVANES
COME-SE ATE NAO PODER MAIS
FICAMOS ASSIM A FRANCES


UM ABRACO

MAU DICK

"ALMA POETA TIMORENSE ... " de Celso Oliveira




Acabei de ler dois recados:
O primeiro era de um amigo de longa data,
Mais velho do que eu.

O outro era de um amigo mais novo do que eu ...
Tudo isto, graças à tecnologia moderna
Que conseguiu fazer chegar os dois recados escritos, até mim.
Procurei saber o significado.

Na minha aventura como poeta e viajante,
Muitas vezes perdi o controlo de ser um verdadeiro TIMORENSE!
Coloquei-me, liguei-me ou entreguei-me com todo o meu ser: o corpo e mente.

O recado era : como representar a verdadeira ALMA TIMORENSE?
A mensagem era forte, pesada para se ouvir.
Mas confesso: gostei de a ouvir!

Talvez, um cheiro do café de Timor possa matar a saudade.
Talvez, uma sintonia de “koremetan”(instrumental) possa matar a minha saudade...
Talvez, uma comida típica timorenses entre "batardan", "katupa" e "sasate", possa matar a Minha saudade....

Sei que há muitos velhos timorenses que desejam que todos os seus filhos
Preservem o espírito de ser Timorense.
Sei que há muitos filhos timorenses no estrangeiro que continuam a procurar a sua raiz Timorense.
Sei que há muitas mães que rezam, para que um dia louvemos a palavra de TIMOR...

Por mim, tudo bem

Thursday, September 11, 2008

"HA PALAVRAS QUE NOS BEIJAM" De Alexandre O'Neill


Há palavras que nos beijam

Como se tivessem boca,

Palavras de amor, de esperança,

De imenso amor, de esperança louca.


Palavras nuas que beijas

Quando a noite perde o rosto,

Palavras que se recusam

Aos muros do teu desgosto.


De repente coloridas

Entre palavras sem cor,

Esperadas, inesperadas

Como a poesia ou o amor.


(O nome de quem se ama

Letra a letra revelado

No mármore distraído,

No papel abandonado)


Palavras que nos transportam

Aonde a noite é mais forte,

Ao silêncio dos amantes

Abraçados contra a morte

"Perdão " De João de Deus



Seria o beijo
Que te pedi,
Dize, a razão
(outra não vejo)
Por que perdi
Tanta afeição?
Fiz mal, confesso;
Mas esse excesso,
Se o cometi,
Foi por paixão,
Sim, por amor
De quem?... de ti!
Tu pensas, flor
Que a mulher basta
Que seja casta,
Unicamente?
Não basta tal:
Cumpre ser boa,
Ser indulgente.
Fiz-te algum mal?
Pois bem: perdoa!
É tão suave
Ao coração
Mesmo o perdão
De ofensa grave!
Se o alcançasse,
Se o conseguisse,
Quisera então
Beijar-te a mão,
Beijar-te a face...
Beijar? que disse!
(Que indiscrição...)
Perdão! perdão

Wednesday, September 10, 2008

"JA CAVALGASTE A ETERNIDADE" de Mau Dick




JA CAVALGASTE A ETERNIDADE
DESDE AQUELES TEMPOS INICIAIS
HOJE PODES TER BASTANTE ORGULHO
SEM PERTENCERES AOS GENERAIS

SER POETA E SER ARTISTA
NAO RECEAR BRINCAR COM PALAVRAS
MESMO QUE EM ALGUNS DIAS
O RICOCHET SEJA DAS AMARGAS

SIM DESDE 2006 AINDA ME LEMBRO
COMO SE ONTEM TIVESSE SIDO
MANDO-TE UM GRANDE ABRACO
DESTE TEU IRMAO DESCONHECIDO

UM ABRACO

MAU DICK

Monday, September 08, 2008

"Ajudar Timor do Norte a Sul " - Poema de Mau Dick publicado em 2006


DO TIMOR DO NORTE A SUL
MARACUJA MADURO POETA
DO VERDE,VERDINHO VINHO
QUE EMBEDEDA O MEU ETECETERA

JA ATINGISTE 13 COMENTARIOS
A FERROS E FOGO DE ARTILHARIA
QUANDO COMPLETARES UM ANO
COMEMORAREMOS A ANARQUIA

CONTRATA A MANA MARGARIDA
PARA PREENCHER ESTE DESERTO
POIS ELA PALHA ESCARAFUNHA
E O MALAI DA COR DO CEU E ESPERTO

O MARI QUE ESTA DESEMPREGADO
E TAMBEM ESCREVE "AL DENTE"
CONFORME LI NO OUTRO DIA
QUER O MATAN RUAK PR'A PRESIDENTE

TIMOR PAIS DE GRANDES POETAS
DE SONHADORES E ESCRITORES
MAS DE FRUTA SO MESMO MARACUJA
MARACUJA DOS MEUS TREMORES


UM ABRACO

MAU DICK
(IMPLORADOR PARA MAIS COMENTARIOS
PARA O SITE DO MARACUJA)

"SER POETA,SER TIMORENSE" de Celso Oliveira





Um papagaio caiu em cima do tecto da minha casa.
Era de manhã, no princípio do mês de Agosto.
Na Inglaterra, país onde eu vivo, escrevo e admiro.
Chuva??? Sim.
No verão de 2008.


Não sei se aconteceu, apenas, na minha imaginação...
O que é certo, é que a olhar para o papagaio, surgiu-me, então, outra ideia.
Foi assim:
“Quando eu comecei a aprender a língua portuguesa, nunca pensei
Que um dia iria escrever os meus poemas em Português”.


Hoje em dia, tenho orgulho em ser Timorense,em ser um poeta viajante.
Tenho que confessar a minha paixão pelo mundo literário
E revelar, também, a minha sensibilidade pelo mundo que me rodeia.


É bom aprender a língua portuguesa.
É bom saber exprimir as nossas ideias na língua de Camões, Saramago, Lídia Jorge, Manuel Alegre e outros poetas e escritores portugueses.


O vento começou a soprar e levou com ele algumas das minhas ideias,
Enquanto eu permaneço no meu lugar, a olhar para fora.
Entrego todo o meu ser: o meu corpo e a minha mente, a quem queira ouvir- me
E juntar-se comigo, na busca do papagaio pendurado no tecto da minha casa.


O papagaio bonito, lindo de cor branca desapareceu da minha mente.
Mas a minha memória sobre o meu primeiro contacto com a língua portuguesa continua a permanecer.


Obrigado por ti
Obrigado por Timor