Monday, December 25, 2006

FELIZ NATAL e BOM ANO de 2007!!!




Para todos os leitores desejo um NATAL MUITO FEIZ e que o ano NOVO de 2007 vos traga muita PAZ, SAÚDE, AMOR, e muita COMPREENÇÃO . Faço também votos para que a nossa terra querida Timor-Leste encontre "O CAMINHO DA PAZ" !.


Aos nossos poetas, em especial para o Antonio Virissimo, Mau Dick e Manecas, que devem ter um poço sem fundo de inspiração muito agradeço pela vossa valiosa contribuiçao para este blog e faço votos para que o vosso poço sem fundo de inspiração, assim continue pois os vossos poemas servem para nos animar e pensar em coisas constructivas .

Bem hajam e FELIZ NATAL E UM BOM ANO NOVO.

Maracujá

Friday, December 22, 2006

Boas Festas a Mau Dick- de Manecas


Mau Dick

Gosto deste teu poema. (Natal de Mau Dick)


Quero com amizade
As Boas Festas desejar
Aqui neste recanto
bem longe
recordo o nossos Natal
As correrias na rua
Da minha casa a tua
De Fatu Meta a Fatu Hada
Do Cortinhal
gritam os amigos!!!
fBoas Festas de Natal!
Resto...Resto...
venha cá.

Boas Festas de

Manecas

LABARIK-FETO IDA TANIS



Afonso Busa Metan

Amá, Natál agora besik ona
Kosok-Oan Jezús sei moris dala ida tan,
maibé Bete sei hela iha uma halo ho lona
no ha'u-nia maun nia liman sei fo'er ho raan.

Bete ne'e ha'u-nia belun di'ak liu hotu,
nia tinan hanesan ha'u, ami tama SD hamutuk,
ami tanis bainhira haree nia apá nia iis kotu
enkuantu ahi han sira-nia uma to'o mutuk.

Nia apá mate tanba ema oho,
oho de'it tanba tiu ne'e ema-lorosa'e.
Sira la biban halai ba foho
hanesan dezlokadu sira halai tun-sa'e.

Bete ho nia família viziñu di'ak,
nu'usá imi komesa odi sira derrepente?
Ita hotu iha-ne'e mesak ema kiak...
imi hotu agora laran-dodok, ha'u sente!

Joven sira husi bairru maka sunu,
ha'u-nia maun rasik mós ajuda.
Ba ida-ne'e maka uluk imi funu?
Ha'u baruk, ha'u hakarak vida atu muda.

Imi la bandu, la obriga nia hela iha uma,
imi husik nia sai vadiu la iha edukasaun,
baku malu, taa malu, hanesan futu-manu ruma.
Hanesan ne'e maka imi hakarak harii nasaun?

Amá, ida-ne'e maka futuru ba labarik
iha nasaun foun Timór Lorosa'e?
Se futuru hanesan ne'e duni karik
entaun ha'u hakarak sai malae.

Wednesday, December 20, 2006

NATAL POR TIMOR

Poema de António Veríssimo

















Caminho sereno
Perseguindo a estrela
Desejoso de lhe escutar o brilho
Não canso os olhos
de tanto a olhar
Olho-a como a um filho
Dizem os que me rodeiam
que faz mal
Querer ver e não parar
Mas eu tenho a força
de acredita

Na luz que a estrela me vai dar
Para sentir
Que mesmo com dôr
é mais Natal
por Timor

Sunday, December 17, 2006

Natal de Mau Dick






Natal e, e sempre sera Natal
O Menino na manjedoura nasceu
Nao importa a riqueza material
Pois Jesus nasceu em Aileu

Nasceu em Aileu, Balibo e Soibada
Bobonaro, Maliana e Atabai
Nasceu para todos os timorenses
De loromonu, Atauro e lorosai

Vamos a missa do galo
Rezamos hinos de louvor
Pois nesse dia nasceu
Jesus o nosso Redentor

Neste ano muito especial
Vou-lhe pedir com carinho
Que ajude o povo de Timor
A seguir o bom caminho

(Boas Festas de Natal
Resto resto venha ca)

Um Abraco

Mau Dick

Saturday, December 16, 2006

O NATAL QUE QUERIAMOS -António Veríssimo


António Veríssimo said...
Aproveito este espaço do amigo Mau Dick para lhe enviar um abraço e "colar" esta minha pequena colaboração.
A todos que participam no "Timor do Norte a Sul" desejo um bom Natal, mas permitam-me que o faça com um especial sentimento para uns irmãos muito especiais: os timorenses.
Bom Natal para todos e que a Paz assole o vosso país de Norte a Sul, de Leste a Oeste, do mais rico ao mais pobre...
Votos extensivos ao Maracujá, claro está.


O NATAL QUE QUERIAMOS

Áurea mágica que não é só palavra
Que aquece corações enregelados
Com charruas de esperança lavra
Sentimentos de paz nos irados

Qual guerra qual quê
Tudo isso está mal
Queremos a paz que não se vê
Muitas vezes nem no Natal

Queremos olhares de crianças brilhando
Contemplando paz e alegria
Todos os homens comemorando
As comunidades em sintonia

Qual guerra qual quê
Agora não há espaço para ela
Guerra é coisa que já não se vê
Todos cantam ao redor da vela

Todos os homens estão de mãos dadas
Aboliram a palavra mal
Crianças durmam descansadas
Porque agora é sempre Natal

Friday, December 15, 2006

Cesario Verde


Cesário Verde


[Perfil Poético] * [O Livro de Cesário Verde]

Ao entardecer, debruçado pela janela,
E sabendo de soslaio que há campos em frente,
Leio até me arderem os olhos
O livro de Cesário Verde.
Que pena que tenho dele! Ele era um camponês
Que andava preso em liberdade pela cidade.
mas o modo como olhava para as casas,
E o modo como reparava nas ruas,
E a maneira como dava pelas cousas,
É o de quem olha para árvores,
E de quem desce os olhos pela estrada por onde vai andando
E anda a reparar nas flores que há pelos campos...
Por isso ele tinha aquela grande tristeza
Que ele nunca disse bem que tinha,
Mas andava na cidade como quem anda no campo
E triste como esmagar flores em livros
E pôr plantas em jarros...

Alberto Caeiro, O GUARDADOR DE REBANHOS, Poema III, in Obras de Fernando Pessoa, vol. I, Lello & Irmão - Editores, Porto, 1986





Uma das personalidades mais originais, mais renovadoras, da poesia portuguesa do séc. XIX. Nasceu em Lisboa em 1855, oriundo duma família burguesa abastada, e morreu no Lumiar , tuberculoso, em 1886. O pai era lavrador e comerciante (possuía uma quinta em Linda-a-Pastora e uma loja de ferragens na capital), e por estas duas formas de actividade prática se repartiu Cesário Verde, embora, marginalmente, satisfizesse o gosto da leitura e da criação poética. Chegou a frequentar por algum tempo o Curso Superior de Letras. É nesta época (1873) que, pela primeira vez, se publicam composições suas (no Diário de Notícias). Depois de 1875 a poesia de Cesário Verde começa a revelar notável maturidade; «Num Bairro Moderno» é de 1877, «Em Petiz» de 1878, segundo as datas indicadas pelo autor (foram publicados respectivamente em 78 e 79); «O Sentimento dum Ocidental» veio a lume em 1880. A crítica, porém, não o estimula, e Cesário Verde, durante quatro anos, deixa de publicar, entregando-se por inteiro à vida prática. Com efeito, só em 1884 publica o poema «Nós», todavia escrito em 1881-2; nele evoca a morte duma irmã (1872) e do irmão Joaquim Tomás (1882). Quando morreu, não reunira ainda em volume as suas poesias. Foi um amigo, Silva Pinto, quem editou em 1887 o Livro de Cesário Verde. E, embora Silva Pinto tenha declarado «Devo a Jorge Verde - o querido irmão do poeta - a oferta de todos os manuscritos. Entre estes está o plano do Livro; será fielmente executado, nas variantes e nas supressões, em tudo», parece mais provável que Silva Pinto tenha coligido dispersos e autógrafos e organizado o Livro à sua maneira, de acordo com a sua perspectiva crítica. E assim terá dividido o Livro em duas secções, «Crise romanesca» e «naturais», sem respeitar a ordem cronológica de elaboração ou de publicação.

Wednesday, December 13, 2006

" UM PAIS CHAMADO REALIDADE"
















UM PAIS CHAMADO REALIDADE

Poema de Mau Dick



Sonho acordado

Um sonho que nao quero quebrar

Por isso sonho baixinho.

Sonho que um dia nao muito distante o meu Timor

e o orgulho de todos nos.

Sem lutas, sem mortes, nem fogos

Uma nacao cheia de sol nascente

Uma nacao cheia de sorriso de criancas,

com bolacha Maria na mao,

bola de couro no relvado.

Um sonho onde as gaivotas voam

num mar azul com cheirinho a sardinha.

Sonhar nao paga imposto por isso sonho,

cada vez mais,

porque o fisco nao me mete a mao ao bolso.

Sonho com o tempo que pescava "cabosso",

naquele lago repleto de borboletas ali ao pe do Hotel Baucau.

Sonho com amoras, jambolao e fruta pao.

Sonho com a praia de Lecidere,

com "Bitch house" e sem "Bitch house".

De repente, o Senhor Abril Setenta e quatro,

bate a porta, a cama estremece

e vou parar no chao,

vou de vaivem espacial para um pais distante,

para sofrer mais,

em clima democratico,

cheio de o povo e quem mais ordenha.

Acordo e vejo que e um pesadelo.

Vou comprar uma borracha

apagar 31 anos de sonhos e pesadelos.

Vou para um novo pais chamado

REALIDADE.


Um Abraco

Mau Dick

Tuesday, December 12, 2006

"PAZ ONTEM, AMOR HOJE"

PAZ ONTEM, AMOR HOJE

Poema de Mau Dick


A PAZ JA FOI CANTADA

ESPEREMOS QUE DE FRUTOS

VAMOS CANTAR O AMOR

DEIXEMOS DE SER BRUTOS



O AMOR E COISA LINDA

QUE SE CRIA E CONTAGIA

O AMOR E DEVERAS COMPLICADO

QUE AS VEZES SE TORNA FANTASIA



EU AMO, TU AMAS, ELE AMA

CADA UM O SEU AMORZINHO

EU AMO TODOS DE IGUAL

SEJA GRANDE OU PEQUENINO



O AMOR TAMBEM SE DESGASTA

E PRECISO RECARGAR A BATERIA

AMOR COM PILHA NOVA ENCANTA

A JOANA, PULQUERIA OU A MARIA



O AMOR TEM QUATRO LETRAS

MAS SIGNIFICA TODO UM CONDADO

UMA PALAVRA TAO CURTINHA

COM TAO GRANDE SIGNIFICADO



TIMOR E AMOR SAO PRIMOS

DE UMA PRESTIGIOSA REALEZA

O AMOR E O CHEFE SUBLIME

E TIMOR A SUA BELA PRINCESA

" Jogos de Palavras": de Antonio Virissimo
















JOGO DE PALAVRAS
NASCENDO

Sem roupa nasci

como todos nós

Não tive a preocupação

de me cobrir

Mas sim de descobrir

onde vim parar

Abri os olhos e um olhar

embevecido me saudou

Tinha barba...

Era o meu avô!

- Quem diria, hem!

Nasceu sem um ai!

Um rapagão!

Ouvi mas não comentei

Preferi olhar

para a minha mãe

e para o meu pai

De seguida adormeci sem um ai

Dispus-me a fazer ó-ó

Mas não

sem antes

Olhar bem para a minha avó

Resposta de Antonio Virissimo - ao Jose Soares do Amaral

Caro amigo

Quem lhe disse que não sabe escrever poemas?
É que se não sabe... eu também não sei.
Aquilo que consigo fazer, por vezes, é "jogar com as palavras" e pô-las de acordo com os meus sentimentos o mais fielmente possivel.
Por vezes sai melhor e outras... oh meu amigo, é um desastre!
As palavras são como as peças de um "puzzle" e se as colocarmos num papel de acordo com os nossos sentimos, o nosso querer, ser e pensar, conseguimos "jogos de palavras agradáveis e verdadeiros" que nos facilitam e embelezam a comunicação.

Amigo Zé, vá em frente, tenha paciência e seja teimoso, para que daqui por uns tempos possamos ler poemas seus.
Ficamos á espera.

Um abraço

Comentario para Antonio Virissimo

Caro Antonio Virissimo:

Os seu poemas são bem sentidos. Sinto esse "SOL PARA TODOS" aquecer os nosso corações . Gostaria de ver trabalho seu neste blog que quanto a mim está bem conseguido .

Parabens

João

Sunday, December 10, 2006

"SE HÁ TANTA PAZ" - de Luna Fernandes




Espero que gostem deste poema que vos mando. Foi-me enviada por uma amiga.

O poema é da autoria de Luna Fernandes alguem sabe quem ela é?

José S. do Amaral



"SE HÁ TANTA PAZ"

Autora: Luna Fernandes.
Tradutor: Sylla Chaves.


Se há tanta paz no azul que o céu abriga

e há tanto azul, que tanto bem nos faz;

se há tanto azul e há tanto céu, me diga:

por que é que o Homem não encontra a Paz?

Se há tanta paz no verde mar da onda,

que faz-se em verde e em branco se desfaz,

e há tantas ondas pelo mar, responda:

por que é que o Homem não encontra a Paz?

Se há tanta paz no olor das multicores

flores - orquídeas, rosas, manacás...

Se há paz em cada flor e há tantas flores,

por que é que o Homem não encontra a Paz?

Se há tanta paz nos cânticos suaves

que entoam na alvorada os sabiás...

Se há paz num canto de ave e há tantas aves,

por que é que o Homem não encontra a Paz?

Se há tanta paz na brisa que desliza

sobre as folhagens, tímida e fugaz...

Se há tanta paz na brisa e há tanta brisa,

por que é que o Homem não encontra a Paz?

Se há tanta paz nas expressões tão mansas

que, ao vir ao mundo, uma criança traz,

e a cada dia existem mais crianças,

por que é que o Homem não encontra a Paz?

Se há tanta paz nos corações com Fé

- que atrai o Bem e afasta as coisas más -

então oremos todos, já, de pé.

para que o Homem encontre um dia a Paz!

Dili Allstars

Video clip "Increase the Peace" por Dili Allstars

http://www.youtube.com/watch?v=8dcn_tp4-F8

POMBA LIVRE - poema de Robiana Florencio


Meu caro Mau Dick:

Sinto a tua dor! As tuas palavras mostram com deves ter sentido a perda do Amadeu. Ao menos que esta perda de vida não tenha sido em vão ! Para isso todos devemos contribuir para que as pombas da paz da praia de Santana continuem a voar livres inspirando os nossos a viver mais em Harmonia;


Pomba livre voa! voa!

Em liberdade , voa!

De Santana a Lisboa!

voa pomba livre!

Tuas asas, livres !

Não deixes que as cortem

Pomba livre Voa ! Voa!

Espalha o canto da liberdade

Junta a tua ... á minha ansiedade !

De com asas soltas...vooar!

Dos céus!

Ás ruas de Santana

Gritar ao mundo!

Deixa Timor sonhar !

A liberdade perdida!


por não poder falar!

Gritar!

Quero a "PAZ"

Deixa Timor sonhar !


Robiana Florencio

As POMBAS DE SANTANA- NOSTAlGIA

UM POEMA SIMPLES A MEMORIA DE UM IRMAO QUE MORREU LUTANDO PELA LIBERDADE DE TIMOR.AS POMBAS E SANTANA....NOSTALGIA )

LA PARA OS LADOS DA SANTANA
MORAVA UM IRMAO MEU
CHAMAVA-SE AMADEU DOS SANTOS
E A LUTAR PELA LIBERDADE MORREU

AS POMBAS VOAM TAO ALTO
FAZEM-ME LEMBRAR O AMADEU
QUERIA QUE O NOSSO TIMOR
VOASSE MAIS ALTO QUE O LACATEU

SINTO UM GRANDE VAZIO
QUE AS POMBAS NAO VAO COLMATAR
PERDI UM GRANDE FRATELO
SO ME RESTA AGORA CHORAR

MAS OS HOMENS NAO CHORAM, DIZEM
QUE TAMANHA MENTIRA SIM SENHOR
TAL COMO DIZIA O MEU IRMAO
CHORAR AJUDA A ALIVIAR A DOR

O AMADEU ERA UM GUITARRISTA
E TOCAVA NUM CONJUNTO MUSICAL
O AMADEU ERA UM GRANDE IRMAO
QUE ME DA FORCA NO QUOTIDIANAL

UM ABRACO

MAU DICK

Saturday, December 09, 2006

"VAMOS CANTAR A PAZ "

A liberdade das pombas a voar , é poesia que me faz sonhar nas longas noites quentes de Timor ou nas manhãs cheias de esperança por dias melhores e cheias de paz para o nosso Timor-Leste .....




Esta fotografia foi tirada na praia de Santana observando o azul maravilhoso do céu. Foto tirada numa manhã cheia de sol... Sonhava acordado com uma PAZ duradoura para o nosso Timor-Leste ....A camera esta no carro...fui busca-la num pé e voltei noutro... consegui sem perda tempo, registar esta imagem bonita... uma imagem de paz e poesia.

Se acompanha este blog, já viu como esta pequena iniciativa já motivou alguns leitores que imediatamente puseram sua a sua musa em acção e já contribuiram com poemas seus e poemas de outros poetas ....sinto-me feliz porque estamos a falar de Timor-Leste de nós próprios e dos outros de uma forma muito pacifica e cheia de amor e sonhos para um futuro cheio de paz. Não só falemos de Timor-Leste, mas de todo o mundo de Lingua Portuguesa, dos nossos amores e dissabores, das nossas paixões e ódios ....

Caro leitor, de qualquer parte do mundo, se é poeta, ensaista, etc. manda-nos um poema seu, de um amigo para ilustrar esta foto. O seu sentir de amor e paixão nåo, diga ao/a sua amada e ao Timor do Norte a Sul....mas se o seu sentir é de ódio ou vingançå,,,,ent˜åo o melhor é pegar na sua caneta, escrevê-lo e mandar para o nosso blog,,,,assim os azeites arrefecem e podemos seguir para um mundo de paz para todos nós...

Obrigado

Maracujá Maduro

Friday, December 08, 2006

EU TAMBEM FUI CRIANCA




De Mau Dick




EU TAMBEM FUI UMA CRIANCA

EM DILI, MEU QUERIDO TIMOR

FAZIA MERCEDES DE CARRINHOS LINHA

COM RODELAS DE SABAO PR'A MOTOR



ANDAVA DE PATA DESCALCA

POIS DE FAMILIA, UMA MULTIDãO

COMIAMOS MUITO BATARDAN

PR'A SOBREMESSA JAMBOLÃO



EU ERA O FAMOSO "CAGANONINHO"

E AS VEZES ESCAPAVA TAL NUTRIÇÃO

UM BIFINHO COM BATATAS FRITAS

E DA MAE MUITO AMOR DO CORAÇÃO



QUANDO CHEGAVAM AS CHUVAS

E O COILÃO DE ÁGUA ENCHIA

MANDAVA O MEU BARQUINHO DE PAPEL

RUMAR PR'O DESTINO DA ALEGRIA



PARA MATAR A FOME RAPAZIADA

PUNHA A BARRIGA A BULHA

MUITA AGUA E MUITO VENTO

MUITO CHEIRINHO A PEIXE AGULHA



UM ABRACO

MAU DICK

Pedido de "Mau Dick"



Gostaria de saber do paradeiro de Jose Maria da Silva Fradique.
Era filho de um marujo portugues (fogueteiro)e esteve em Timor nos fins dos anos 60, principios 70. 
Rua da Rosas do Pombal na Cova da Piedade.Onde andas Ze?

Obrigado

Mau Dick

Wednesday, December 06, 2006

" Mau Dick" respondeu




Timor-Deste!

Se assim é a culpa e de todos nos pois nao sabemos ou nao podemos ou nao queremos alterar a situação.
Apelo a todos os compatriotas de boa vontade que sejam possuidores de informação acerca das armas e todo aquele frenezin que Timor vive, para de uma forma ou outra ajudarem a resolver o assunto.
Eu estou fora de Timor ha 31 anos e,quando estava a afiar os dentes para finalmente ir gozar o resto da minha vida em Dili, catrapuz... lá se vai tudo por água abaixo.

Resta-me a poesia.

Quando era catraio alcunhavam-me de "Camões".

Como sou Timorense e Camões so ha um, decidi-me pelo pseudonimo MAU DICK.


As pombas podem deixar de morrer

A vontade é a mãe da realidade

Mesmo que as armas nao se calem

As pombas voarão em liberdade


Um Abraço

Mau Dick

"Timor Deste" said

















Só há paz com o ar puro

As pombas têm medo das armas
As armas estão em mãos criminosas

As pombas só deixam de morrer
Quando as armas se calarem
De vez

2:46 PM

Tuesday, December 05, 2006

Vamos cantar a " Paz"





VAMOS CANTAR A PAZ

Por Mau Dick






VAMOS TODOS CANTAR A PAZ

POIS UNIDOS O CANTO REINFORCA

ESTA NECESSIDADE DO MOMENTO

DE QUE A UNIAO FAZ A FORCA



CANTEMOS EM VOZ BEM ALTA

PARA QUE NOS OUCAM NO PARAISO

CANTEMOS DE CORPO ERGUIDO

CABECA LEVANTADA E GRANDE SORRISO



CANTEMOS A PAZ HOJE E AMANHA

PARA SEMANA, PR'O MES E, SEMPRE

CANTEMOS COM VOZ GROSSA OU FINA

CANTEMOS O QUE A NOSSA ALMA SENTE



E QUANDO ESTIVERMOS CANSADOS

CANTEMOS AINDA MAIS ALTO

PARA QUE NINGUEM TENHA DUVIDAS

NA PLANICE OU NO PLANALTO



QUANDO FICARMOS ROUCOS

PEDIMOS EMPRESTADO NOVA VOZ

PARA MOSTRARMOS A TODO O MUNDO

QUE EM TIMOR NAO ESTAMOS SOS



VAMOS TODOS CANTAR A PAZ

COM TODA AQUELA GARRA E APRUMO

PARA QUE O NOSSO QUERIDO PAIS

INICIE HOJE UM NOVO RUMO



UM ABRACO


MAU DICK

(ESTE POEMA DEDICO AO PADRE APOLINARIO E MANO AKAI, COMPANHEIROS DE SOFRIMENTO NO SEMINARIO DE LALIAN EM 1975/76)

Vamos cantar a " Paz"





A liberdade das pombas a voar , é poesia que me faz sonhar nas noites quentes de Timor .


Esta fotografia foi tirada na praia de Santana observando o azul maravilhoso do céu. Quando a tirei não era noite não!...era uma manhã cheia de sol, e eu sonhava acordado com a paz para o nosso Timor-Leste e como tinha a minha camera no carro consegui sem perder tempo registar esta imagem bonita, de paz e cheia de poesia.

Se acompanham este blog, já viram como esta pequena iniciativa já motivou alguns leitores já contribiram com poemas seus e ou de outros ....sinto-me feliz porque estamos a falar de Timor-Leste sem nos recorrermos á política


Caro leitor, poeta, ensaista, etc. manda-nos um poema para ilustrar esta foto.

Obrigado

Maracujá Maduro

POMBA BRANCA - MAX





Que traga a PAZ a TIMOR-Leste esta pomba branca de Max....







POMBA BRANCA - MAX

De Maximiano de Sousa (Max) e Vasco de Lima Couto



Pomba branca pomba branca

Já perdi o teu voar

Naquela terra distante

Toda coberta pelo mar

Pomba branca pomba branca

Já perdi o teu voar

Naquela terra distante

Toda coberta pelo mar

Fui criança e andei descalço

Porque a terra me aquecia

E eram longos os meus olhos

Quando a noite adormecia

Vinham barcos dos países

Eu sorria vê-los sonhar

Traziam roupas felizes

As crianças dos países

Nesses barcos a chegar

Pomba branca pomba branca


Depois mais tarde ao perder-te

Por ruas de outras cidades

Cantei meu amor ao vento

Porque sentia saudades

Saudades do meu lugar

Do primeiro amor da vida

Desse instante aproximar

Os campos do meu lugar

À chegada e à partida

Pomba branca pomba branca.

____________________________________


Quem é o Maximiano de Sousa mais conhecido por MAX ?

Max nasceu na Madeira no ano de 1918 e veio a falecer em 1980.

Um artista por demais conhecido. Não só cantava musica ligeira como também se esmerou no fado .

Pomba Branca é uma das suas obras musicais mais populares. Salientando-se também o célebre Bailinho da Madeira, Porto Santo, A mula da cooperativa, Os três Santos Populares , Noites da Madeira, 31, Sinal da cruz...e tantos , tantos outros.



Caro António Virissimo:




Mar, tão AZUL, Mar de Timor










Anonymous said...



Gosto muito dos seus poemas. Eu gostaria de poder escrever poesia. Mas como não tenho jeito para isso...contento-me em ler o que os outros escrevem.
Ao Maracujá Maduro Gosto do seu blog e faço votos que consiga ir p´ra frente e conseguir juntar os poetas da nossa lingua. Gosto das fotografias.

José Soares do Amaral

Comentario de Aifunan Taci





















Com este poema me calo...

Nunca a aifunan taci

mereceu tal atenção.

Do fundo do coração

agradeço,

mas não sei retribuir da mesma forma.

A única coisa que posso oferecer

com a máxima sinceridade

é ...

que partilhamos o mesmo

AMOR: TIMOR.

com toda a minha garra

de mulher-timor,

nas minhas preces

só peço uma coisa

Paz para Timor.

Monday, December 04, 2006

Antonio de Lautem

de Mau Dick



















ANTONIO DE LAUTEN VENDEDOR DE GELO



(A PROPOSITO DO ARTIGO DA NUTA SOBRE OS CUBOS DE GELO DOCINHOS)



AINDA EU ERA UMA CRIANCA

NA AZAFAMA DO VAI E VEM

UM CUBO DE GELO DOCINHO COMIA

VENDIDO PELO ANTONIO DE LAUTEM



COMECOU A VERGAR OS COSTADOS

COMO EMPREGADO DA FAMILIA ANES

ACABOU POR VENDER GELADOS

PARA A CASA VITORIA DO FUK SIN



NO SEU TRICICLO DE TRES RODAS

O ANTONIO PEDALAVA O DIA INTEIRO

VOLTAVA A CASA SEMPRE VAZIO

ELE ERA UM GAJO PORREIRO



HA QUE SE LEMBRAR A HISTORIA

DESTES HUMILDES PERSONAGENS

POIS TIMOR DE OUTRORA NAO ERA

SO PORTUGAL E BELAS PAISAGENS



UM ABRAÇO



MAU DICK

SOL PARA TODOS

de António Veríssimo












SOL PARA TODOS





Procuro a madrugada de murmúrios

que corre na ribeira

Sei que ela traz corpos despedaçados

Almas famintas das verdades que nos ocultam

Julgando-nos mortos por estarmos

Inertes na eira

E o sol que não nasce

Para aquecer as letras do poema

Que diz

a desgraça de um povo atraiçoado

Vem sol!

Vem aquecer tudo de que nos despojaram

As casas, os animais, os filhos

Vem sol!

Vem e olha a minha cidade

Olha longamente todo o meu país

Aquece a minha intacta dignidade

Afasta de todos nós os imbecis

Afasta todos que não nos deixam

Encontrar na madrugada os murmúrios

De paz e liberdade

Vem sol!

POMBAS ANGELICAS DE TIMOR

autor: Mau DicK


















POMBAS ANGELICAS DE TIMOR
autor : Mau Dick


QUERO VOAR BEM ALTO

PARA FUGIR A ESTA SOLIDAO

POMBAS DE TIMOR MEUS AMORES

TENHAM DO DESTE CORACAO


QUERO TER A VOSSA LIBERDADE

DE VOAR,VOAR INCESSANTEMENTE

PARA DIZER A TODO O MUNDO

QUE TIMOR SERA SEMPRE INDEPENDENTE



VOAREI DE SANTANA A VIQUEQUE

PASSANDO POR MANATUTO E BAUCAU

VOLTAREI POR MAUBISSE E MALIANA

COM PARAGEM NA LINDA UATOCARBAU



FINALMENTE POUSAREI NO CRISTO REI

LA PARA OS LADOS DA AREIA BRANCA

VOU TRAZER UMA BELA MENSAGEM

DE AMOR, PAZ E MUITA ESPERANCA



(DEDICO ESTE POEMA A TODOS OS COLEGAS DA FAMOSA TURMA ESPECIAL
DA EX-ESCOLA PROFESSOR SILVA CUNHA)


UM ABRACO



MAU DICK

Saturday, December 02, 2006











A liberdade das pombas a voar , é poesia que me faz sonhar nas noites quentes de Timor .


Esta foto foi tirada ontem enquanto sentado na praia de Santana consegui registar esta imagem bonita, de paz e cheia de poesia.


Caro leitor, poeta, ensaista, etc. manda-nos um poema para ilustrar esta foto

Obrigado

Maracujá Maduro

Poema para a "AIFUNAN TACI"














Aifunan Taci:



O seu comentário é deveras encorajador para os que lêm. 
Os textos aqui passados vêm como disse das mais diversas fontes. Os poemas... cumprindo ou não as regras acadecadémicas que tanta dor de cabeça nos deram nos tempos do Liceu... são sempre agradáveis de se ler. 
Mas afinal a poesia é simplesmente aquilo que sentimos, com rimas ou sem rimas, com métricas ou sem métricas... as palavras que transmitem o sentir é que contam...
Um abraço amigo e fique com este meu poema que de rima nada tem, nem tampouco segue as regras de uma boa poesia...Apenos sinto! Obrigado



Aifunan Taci! esta é para ti...

É uma Ave do Paraiso

( Bird of Paradise)



Com um cheiro a maresia ..

O sussurrar das ondas

Mansas ....shiu... shiu...

rolando na areia

gentilmente te acarecia!

Aifunan Taci

do meu Timor

Do Norte a Sul!...

Apenas me dá alegria...



Aifunan Taci do meu Timor...

Te ofereço esta Flor

do Paraiso...

Que foi TIMOR!

Anonymous said

d...
Tenho lido tantos blogues e tenho algo a dizer sobre este.

Independentemente de os poemas, cumprirem ou não todas as regras , é deveras agradável visitar este blog.

O facto de nos apercebermos que aqui está um grupo de bloguistas que ainda cantam timor com muito amor é encorajador.

Também me apercebi que conseguiu por dois amigos em contacto.

Um abraço de parabéns pois este blog esta muito bem conseguido da
ai-funan taci

5:56 PM

Resposta a Mau Dick

( Um possivel amigo de infancia é demasiada coincidencia)

Do Bairro dos Grilos 
a Taibesse ...

ou Kaikole dos Cadastrais...
Camisa branca ...Risca azul!

trotineta falhou!

Eu...Manecas!!!

lá dos montes de Fatu-Meta...

Tua salavação se transformou!

A hora chegou!

Vai Mau Dick Vai
...
que a menina Cortinhal !

por ti Nao pode essperar...Não

Ai ! quem te salvou?

Não a tua trotineta.

Mas o Manecas...

que sem bicicleta 
ficou..

Mau Dick Meu Amigo

Saudades dos tempos
Que já lá vão!
Então!
Meu mundo!
É solidão

De dor e tristeza ....

aperta-me o coração
!
sem amor...

sem firmesa...

Não mais por Fatu-Hada.

Nem Fatu-Metu !
Maus agoiros
....
minha Amada
 ...
Levou!!

Asim é a minha vida

sem Amada

nem bicicleta...


Mau Dick meu amigo

Talvez... só de ficção
...
Mas meu coração

Não falha não!


Amigos de infância 

Meu coração..
Não falha Não!!!



Um abraço


Manecas
5:03 PM

"Timor ! Liberdade perdida" De Robiana Florencio

Meu amigo

Meu irmão !

Dá-me as tua mão!

Nele deposito esta pedra!

sinal de LIBERDADE!

Liberdade que quer fugir,

De Timor-Leste, terra martirizada!

D.Belo diz

seus filhos

 em guerra sonha!

Violencia sua cultura !

Timor, Meu irmão!

Meu amigo!

Dá-me a tua mão!

Diz ...violencia não!

Segura paz

contigo!

Diz , violencia ...

Não.

Toma esta pedra"

aperta no coração...

Timor meu irmão!

Segura a liberdade!

Não deixa fugir, Não!



Robiana Florencio
2/12/2006

Poema de Mau Dick -" Resposta ao Manecas"

MANECAS AMIGO MEU DE FATU METAN
A MINHA AMADA GREEN CAPE FLOWER
A FLOR MAIS BELA DO BANANAL
AO CHEGAR A CASA DO CORTINHAL

SOU DO TEMPO DO ZE DA COSTA
DA PEDREIRA E DOS TIJOLOS
AINDA ERA BASTANTE MOCO
MAS POSSUIDOR DE GRANDES MIOLOS

VIVIA NO BAIRRO DOS GRILOS
ESTUDEI NA ESCOLA TECNICA E LICEU
FIZ PARTE DA FAMOSA TURMA ESPECIAL
E ERA AFILHADO DA LINDALVA ABREU

NAMORISQUEI NO BAIRRO PITE
QUERIA A PRINCESA DO HORNAY
MAS O PAIZINHO DISSE QUE NAO
FUI A VILA VERDE A CASA DO LAY

NO CRUZAMENTO DE BALIDE
A SEVERINA SEMPRE AMEI
MAS FIZ UM ERRO DE JULGAMENTO
E UMA GRANDE TAMPA LEVEI

SOU FORMADO EM ELECTRIDIDADE
MAS NUNCA UMA LAMPADA PUS
QUERO VIVER PARA A ETERNIDADE
SOU ADEPTO DO ESTADIO DA LUZ

UM ABRACO

MAU DICK

"Canta Liberdade" Felizardo Guerra

Canta liberdade!

Deixa que o Sol se ponha! Que a Lua sorria!

Deixa que as bátegas

da chuva,

inundem a tua floresta,

banhem as tuas terras...



Deixa que o orvalho da manhã,

faça florir a tua selva...

a tua casa...o teu abrigo...

É lá que vives,

sofres,

amas,

sonhas....!


É lá,

nessas montanhas...

nesses rochedos...

nessa selva...

com o orvalho da manhã!

com o por do sol!

com o sorriso da Lua!

que tu contornas e moldas...

dia a dia...

noite a noite...

a estátua final da LIBERDADE..!

para a tua TERRA...

para a nossa TERRA...



Felizardo Guerra
Abrantes, 17/June/1997



"Timor" poema de Ramehana Ailatan

Timor!

Eu quero cantar e gritar!

e,

quando poderei cantar?

quando poderei gritar?

Por ti Timor!

Hoje, amanhã e sempre,

até que em Timor,

possamos cantar

o HINO DA VITÓRIA.

e gritar,

TIMOR ESTÁS LIVRE.

A VITÓRIA QUE JÁ CHEIRA...

PARA TI TIMOR

COM AMOR



Ramehana Ailatan
6/June/1997



Por um Timor Independente.

Duzentos resistentes?

Como é possivel serem só 200?

Oh Gente! se me ouvem:

Oiçam o meu grito de revolta.

Como eles mentem!!!

Como eles temem dos 200.

Há quantos anos andam eles a lutar

contra os 200 guerrilheiros,

com dezenas de batalhões,

eles não conseguem acabar.

Porque em todos os Timorenses

Vejo um resistente!

um rosto de lutador!

Só 200? Não são?

Somos todos!

quer queiram quer não.

Somos Todos por Timor

Por um Timor livre...

Por um Timor Independente.

Há quantos anos a lutar?

Até o último a tombar.

Com todo o fervor

Timor irá gritar.

O HINO DA VITÓRIA

VIVA TIMOR!

TIMOR DOS TIMORENSES...



Ramehana Ailatan
9/June/1997



"A Fighter Who Fell" de "Xanana Gusmao"

Maracuja maduro!


E que tal recordar todos estes "poemas" de "Poetas" que gritavam em voz alta o que lhes ía na alma numa altura em que todos gritavam pela independência de Timor.

Desculpe-me este abuso mas acho que vale a pena rever:

Xanana Gusmão's poem


"A Fighter Who Fell

High on the mountain peaks of Timor

The grass grows

And warms the fractured bones

Of a fighter who fell

Down on the grassy plains of Timor

A flower shows

And beautifies the bones

Of a fighter who fell

This is the hopeful life that grows

From life's release

The life that every woman knows

Who calls for peace

With every waking breath

But not the peace of death

Throughout the peaks and plains of Timor

The life-bloood flows

And animates the bones

Of the fighters who fell




Xanana Gusmão
(originally written in Portuguese) 
English translation by Agio Pereira & Rob Wesley-Smith; versification by Peter Wesley-Smith