Wednesday, December 13, 2006

" UM PAIS CHAMADO REALIDADE"
















UM PAIS CHAMADO REALIDADE

Poema de Mau Dick



Sonho acordado

Um sonho que nao quero quebrar

Por isso sonho baixinho.

Sonho que um dia nao muito distante o meu Timor

e o orgulho de todos nos.

Sem lutas, sem mortes, nem fogos

Uma nacao cheia de sol nascente

Uma nacao cheia de sorriso de criancas,

com bolacha Maria na mao,

bola de couro no relvado.

Um sonho onde as gaivotas voam

num mar azul com cheirinho a sardinha.

Sonhar nao paga imposto por isso sonho,

cada vez mais,

porque o fisco nao me mete a mao ao bolso.

Sonho com o tempo que pescava "cabosso",

naquele lago repleto de borboletas ali ao pe do Hotel Baucau.

Sonho com amoras, jambolao e fruta pao.

Sonho com a praia de Lecidere,

com "Bitch house" e sem "Bitch house".

De repente, o Senhor Abril Setenta e quatro,

bate a porta, a cama estremece

e vou parar no chao,

vou de vaivem espacial para um pais distante,

para sofrer mais,

em clima democratico,

cheio de o povo e quem mais ordenha.

Acordo e vejo que e um pesadelo.

Vou comprar uma borracha

apagar 31 anos de sonhos e pesadelos.

Vou para um novo pais chamado

REALIDADE.


Um Abraco

Mau Dick

1 comment:

Anonymous said...

Aproveito este espaço do amigo Mau Dick para lhe enviar um abraço e "colar" esta minha pequena colaboração.
A todos que participam no "Timor do Norte a Sul" desejo um bom Natal, mas permitam-me que o faça com um especial sentimento para uns irmãos muito especiais: os timorenses.
Bom Natal para todos e que a Paz assole o vosso país de Norte a Sul, de Leste a Oeste, do mais rico ao mais pobre...
Votos extensivos ao Maracujá, claro está.


O NATAL QUE QUERIAMOS

Áurea mágica que não é só palavra
Que aquece corações enregelados
Com charruas de esperança lavra
Sentimentos de paz nos irados

Qual guerra qual quê
Tudo isso está mal
Queremos a paz que não se vê
Muitas vezes nem no Natal

Queremos olhares de crianças brilhando
Contemplando paz e alegria
Todos os homens comemorando
As comunidades em sintonia

Qual guerra qual quê
Agora não há espaço para ela
Guerra é coisa que já não se vê
Todos cantam ao redor da vela

Todos os homens estão de mãos dadas
Aboliram a palavra mal
Crianças durmam descansadas
Porque agora é sempre Natal