Saturday, February 24, 2007

Estou com MALARIA



Meus caros amigos , deculpa por este longo interregno! Estou com malária! Tenho estado de cama há quase duas semanas. Graças a Deus o Dr Sergio tem-me ajudado. Na próxima semana quando, ou se estiver bem melhor ( espero bem que sim!) tento voltar ao normal e entåo publicarei tudo.

Aos meus amigos , os assiduos deste blog especialmente o Antonio Virissimo, ...obrigado pela vossa preocupação!
O raio da malária é uma autêntica peste! Especialmente quando se tem uma recaida...

Maracujá

Wednesday, February 14, 2007

"Patinha Linda" de Mau Dick



PATINHA LINDA

HA MUITOS, MUITOS ANOS
AINDA EU ERA UMA CRIANCA
TINHA UMA PATA NAO MARRECA
ERA UMA BONITA PATA GANSA

ERA UMA PATA DE RABO ALCADO
TREPADORA E MUITO RUIDOSA
MAS ERA UMA PATA LINDA
CHAMAVA-SE "PATA GULOSA"

UM DIA A MINHA PATA GULOSA
ENCONTROU O PATO MARRECO
LEVOU UMA PATADA NAS COSTAS
DAI NASCEU UM GIGANTE PATARRECO

FREQUENTOU A FACULDADE PATINHAS
E FORMOU-SE EM PATARGANSALA
ACABARAM-LHE COM O PIU
NUM JANTAR DE GRANDE GALA

Tuesday, February 13, 2007

"ROSARIA" de Mau dick



ROSARIA

ROSARIA ERA UMA MULATINHA
LA DAS BANDAS DE UATOCARBAU
ALMA PURA DE SORRISO INESQUECIVEL
FILHA DE PESCADOR DE CARAPAU
ROSARIA ERA CRIANCA TRAQUINA
CHEIA DE DESEJO DE VIVER
NA PONTE LESTE DE TIMOR
DE GENTES QUE NADA TEM A TEMER
ROSARIA CANTAVA O DIA INTEIRO
CANCOES DE AMOR E EMBALAR
TINHA UMA VOZ LINDA DE MORRER
EM UATOCARBAU TERRA JUNTO AO MAR

Sunday, February 11, 2007

"Rosario" de Vinicius de Morais




Rosário


E eu que era um menino puro
Não fui perder minha infância
No mangue daquela carne!
Dizia que era morena
Sabendo que era mulata
Dizia que era donzela
Nem isso não era ela
Era uma môça que dava.
Deixava... mesmo no mar
Onde se fazia em água
Onde de um peixe que era
Em mil se multiplicava
Onde suas mãos de alga
Sobre o meu corpo boiavam
Trazendo à tona águas-vivas
Onde antes não tinha nada.
Quanto meus olhos não viram
No céu da areia da praia
Duas estrelas escuras
Brilhando entre aquelas duas
Nebulosas desmanchadas
E não beberam meus beijos
Aqueles olhos noturnos
Luzinho de luz parada
Na imensa noite da ilha!
Era minha namorada
Primeiro nome de amada
Primeiro chamar de filha
Grande filha de uma vaca!
Como não me seduzia
Como não me alucinava
Como deixava, fingindo
Fingindo que não deixava!
Aquela noite entre todas
Que cica os cajus! travavam!
Como era quieto o sossego
Cheirando a jasmim-do-Cabo!
Lembro que nem se mexia
O luar esverdeado.
Lembro que longe, nos longes
Um gramofone tocava,
Lembro dos seus anos vinte
Junto aos meus quinze deitados
Sob a luz verde da lua.
Ergueu a saia de um gesto
Por sobre a perna dobrada
Mordendo a carne da mão
Me olhando sem dizer nada
Enquanto jazente eu via
Como uma anêmona n'água
A coisa que se movia
Ao vento que a farfalhava.
Toquei-lhe a dura pevide
Entre o pêlo que a guardava
Beijando-lhe a coxa fria
Com gosto de cana-brava.
Senti, à pressão do dedo
Desfazer-se desmanchada
Como um dedal de segredo
A pequenina castanha
Gulosa de ser tocada.
Era uma dança morena
Era uma dança mulata
Era o cheiro de amarugem
Era a lua cor de prata
Mas foi só aquela noite!
Passava dando risada
Carregando os peitos loucos
Quem sabe pra quem, quem sabe!
Mas como me perseguia
A negra visão escrava
Daquele feixe de águas
Que sabia ela guardava
No fundo das coxas frias!
Mas como me desbragava
Na areia mole e macia!
A areia me recebia
E eu baixinho me entregava
Com medo que Deus ouvisse
Os gemidos que não dava!
Os gemidos que não dava
Por amor do que ela dava
Aos outros de mais idade
Que a carregaram da ilha
Para as ruas da cidade.
Meu grande sonho da infância
Angústia da mocidade.






Biografia
Poeta, compositor, intérprete e diplomata brasileiro, nasceu no Rio em 19/10/13 e faleceu na mesma cidade em 09/07/80. Escreveu seu primeiro poema aos sete anos. Fez curso de Direito no Rio e de Literatura Inglesa em Oxford. Ingressou na carreira diplomática, por concurso, em 1943, tendo servido como vice-cônsul em Los Angeles (1947-50), o que abriu sua temática, posteriormente enriquecida pelo seu interesse em teatro e cinema. Serviu também em Paris (duas vezes) e Montevidéu.
Interessado em cinema desde estudante, foi crítico e censor cinematográfico. Como delegado brasileiro, participou de vários festivais internacionais de cinema (Cannes, Berlim, Locarno, Veneza e Punta del Leste) e, em 1966, foi membro do Júri Internacional de Cannes).

Aos 19 anos publica seu primeiro livro de versos, Caminho para a Distância, e aos 22, Forma e Exegese (ganhador do Prêmio Felipe d'Oliveira de 1935). Em 1936 sai Ariana, a Mulher, que é o apogeu de sua primeira fase, impregnada de sentido místico. Começou então a usar uma sintaxe mais popular, e sua lírica se carrega de sensualismo a partir de Cinco Elegias (1938) e Poemas, Sonetos e Baladas (1948), enriquecendo-se depois com temas de sentido social. Publica também Livro de Sonetos, Procura-se uma Rosa e Para Viver um Grande Amor. O lirismo (muitas vezes sensual) é a sua marca registrada.

"Se eu pudesse" , de Mau Dick


ESTE E UM POEMA PARA O JOAO DO TIMOR CARTOON.

SE EU PUDESSE


SE EU PUDESSE TROCAVA ESTE TUDO
POR AQUELE EM TUA KOIN, DO NADA
LUGAR DE PAZ, BELEZA E SERENIDADE
NO MEU TIMOR, TERRA MINHA AMADA

TROCAVA SONS DE TOKE E LAGARTIXA
MUITO MAIS TOLERANTES E NATURAIS
POR ESTA AZAFAMA QUE ME ENSURDA
NUM MUNDO CHEIO DE IRRACIONAIS

TROCAVA O DESPERTADOR PELO GALO
PARA ACORDAR E PODER MARAVILHAR
ESTA BELEZA QUE ME VIU NASCER
NO MEU TIMOR LESTE DE ENCANTAR

SE EU PUDESSE ERA JA HOJE
NEM TAO POUCO OLHAVA PARA TRAS
MAS O DESTINO TEM DESTAS COISAS
E PRECISO ESPERANCA, MEU RAPAZ

"SER POETA" de Florbela Espanca


"SER POETA"

de: Florbela Espanca



Ser poeta é ser mais alto, é ser maior

Do que os homens! Morder como quem beija!

É ser mendigo e dar como quem seja

Rei do reino de Aquém e de Além Dor!



É ter de mil desejos o esplendor

E não saber sequer que se deseja!

É ter cá dentro um astro que flameja,

É ter garras e asas de condor!



É ter fome, é ter sede de Infinito!

Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim ...

É condensar o mundo num só grito!




E é amar-te, assim, perdidamente ...

É seres alma, e sangue, e vida em mim

E dizê-lo cantando a toda a gente!

Friday, February 09, 2007

As Presidenciais - Anonimo

VEM AI AS PRESIDENCIAIS
PARA MUDAR O QUE NAO PRESTA
JA HA LISTA COM MUITOS PARDAIS
E A VER VAMOS QUEM FARA FESTA

DE CARRASCALAO A CARRASCALAO
DE ABILO,TILMAN A RAMOS HORTA
OS TIMORENSES LOGO RESPONDERAO:
ESTAMOS FARTOS DESTA CEPA-TORTA!

EM VEZ DE GENTE CONHECIDA
MARIA CINCO PILHAS E A IDEAL
ELECTRICIDADE SERA ESTABELECIDA
E O POVO TERA GRANDE BACANAL

VOTEM PARA A MARIA CINCO PILHAS!
OBRIGADO

Wednesday, February 07, 2007

António Veríssimo disse...


António Veríssimo said...

Amigo Maracujá e restantes!

Os Meninos do Huambo é um poema lindo que redundou numa linda canção, mas por isso tenho andado apreensivo.
Concretamente por causa de referir que também há meninos em Timor-Leste "com a barriga vazia"...
Se assim é, é preciso fazermos alguma coisa e eu estou ao dispôr para ajudar em tudo que possa contribuir para acabarmos com essa situação.
Se estiver de acordo, gostaria que os amigos se pronunciassem sobre este assunto tão sério e dessem ideias, alternativas, como poderemos ajudar?
Tem de haver uma solução para que isso não continue a acontecer!
Fico a aguardar sugestões mas o Maracujá sabe como contactar-me.

Abraço para todos!

Traz outro amigo tambem- Zeca Afonso



Enviada por Antonio Verissimo que diz :
"Já agora deixo aqui um poema de amigo.
Poema simples de um poeta simples e muitas vezes injustiçado, como quase todos os poetas: Zeca Afonso."


TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM

Amigo

Maior que o pensamento

Por essa estrada amigo vem

Não percas tempo que o vento

É meu amigo também


Em terras

Em todas as fronteiras

Seja bem vindo quem vier por bem

Se alguém houver que não queira

Trá-lo contigo também


Aqueles

Aqueles que ficaram

(Em toda a parte

todo o mundo tem)

Em sonhos me visitaram

Traz outro amigo também

*********************

Fiquem bem.

ACTO DE CONTRICAO DE XANANA E RH- de Mau Dick



Senhor Mari Alkatiri

Alah e homem verdadeiro,

Criador e Redentor nosso,

por serdes Vós Quem sois

sumamente bom, integro

e digno de ser amado

sobre todas as coisas,

e porque Vos amamos e estimamos,

pesa-nos, Senhor,

de todo o nosso coração,

de Vos ter ofendido;

pesa-nos também

por termos perdido o céu

e merecido o inferno,

e propomos firmemente,

ajudado com o auxílio

da vossa divina graça,

emendar-nos

e nunca mais vos tornar a ofender,

e esperamos alcançar o perdão

das nossas culpas,

pela vossa infinita misericórdia.

Ámen.

(O p.... que este senhores deram, nao foram eles, fui eu)

Tuesday, February 06, 2007

NAO PERCEBO O PROBLEMA - de Dick Mau


LA NA TERRA DOS MAUBERES
EXISTE GRANDE CONSTERNACAO
POIS POLITICOS, HOMENS E MULHERES
TODOS QUEREM UMA BOA PENSAO

LOGO APARECEM OS INVEJOSOS
COM MUITA DOR DE COTOVELO
A COGNOMINALOS DE MENTIROSOS
E A CHEGAR COM MUITA ROUPA AO PELO

NAO PERCEBO O PROBLEMA
DESTES GRANDES COMENTARISTAS
DEVIAM USAR TODOS UM ENEMA
SUA CAMBADA DE VIGARISTAS

POLITICA E SINONIMO DE MENTIRA
E POR ISSO ESTAO TODOS LA
OS QUE ESTAO FORA FAZEM BIRRA
SAO ELES, MAUDICK-MANECAS-MARACUJA

Dick Mau

Trova do vento que Passa - de Manuel Algre



Manuel Alegre é um dos meus poetas preferidos.

Tomei a liberdade de aqui incluir a biografia de Manuel Alegre assim como também o seu poema "
"trovas do vento que passa"
Biografia retirada da Enciclopédia Verbo na Internet

MANUEL ALEGRE. Poeta e político português nasceu em Águeda no ano de 1936. Como político, distinguiu-se na oposição ao regime salazarista e marcelista, tendo conhecido o exílio. Após 1974 foi governante e deputado socialista. A sua poesia combina a intenção política com uma dimensão lírica influenciada pela poesia trovadoresca e quinhentista. Para além do tom épico, tem também grande musicalidade, o que faz com que seja muito cantada. Obras principais: Praça da Canção (1965), O Canto e as Armas (1967), Atlântico (1981) e Com Que Pena, Vinte Poemas para Camões (1992).

Poemas de Manuel Alegre foram musicados e cantados desde a publicação do seu primeiro livro. Antes do 25 de Abril, foi musicado e /ou cantado pelos nomes mais representativos da canção de resistência, como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Luís Cília, Manuel Freire, José Niza, mas também por grandes guitarristas de Coimbra, como António Portugal e António Bernardino. Alain Oulman musicou poemas seus para a voz de Amália Rodrigues. Gravou poemas acompanhado pela guitarra de Carlos Paredes. Posteriormente, está representado em Portugal nas vozes de João Braga, Paulo de Carvalho, Vitorino, Janita Salomé e muitos mais. No Brasil, foi musicado e cantado por Maria Bethânia e em Espanha pelo grupo galego “Fuxan os ventos”.

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«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre

Ah! Maracuja! de Ze Cinico


AH MARACUJA PLANTA EXOTICA
DE FOLHA AMARGA COMO O FEL
A TUA FLOR E MESMO EROTICA
E O TEU FRUTO DOCE COMO O MEL.



Ze Cinico

"Bon Voyage" to El Presidente -de Zé Cínico


"Bon Voyage" to El Presidente



MARI ALKATIRI ILIBADO
DAS MENTIRAS DO XANANA
O PRESIDENTE INFURIADO
FOSTE UM GRANDE SACANA

DESCULPAS SAO AGORA DEVIDAS
E MUITA VERGONHA DEVIAS TER
O HOMEM NUNCA TIROU VIDAS
POR ISSO NADA TINHA A TEMER

FAZ AS MALAS E EMBARCA
LA PRA TERRA AUSTRALIANA
TIMOR LESTE NAO PRECISA
DE TAO GRANDE SACANA

LEVA CONTIGO TEU AJUDANTE
CHARLATAO RAMOS HORTA
POIS SO DA PARA COMANDANTE
A FRENTE DA TUA PORTA

NAS TUAS FUTURAS ABOBREIRAS
PODES USA-LO COMO ESTRUME
TAMBEM REINADO SEM ESTRIBEIRAS
TE DARIAM GRANDE PERFUME

DESEJO-TE UMA BOA VIAGEM
PARA TI E TUA COMPANHIA
E ESPERO NAO SER SO MIRAGEM
POIS SO ASSIM TIMOR TERA ALEGRIA

Monday, February 05, 2007

"Os Meninos do Huambo" - Poema de Rui Mingas(ANGOLA)

A primeira vez que ouvi este poema de Rui Mingas, foi atravez da voz do intérprete e compositor Português "Paulo de Carvalho". Ouvi e chorei! Idenfiquei o problema dos Meninos do Huambo com os dos Meninos de Timor-Leste . Chorei e continuo a chorar! Porque os meninos do meu país assim como também os meninos do Huambo ainda sofrem sofrem! ainda!...







Estes meninos não são do Huambo- Angola, são das montanhas de Timor-Leste e as suas vidas são de barriga vazia ... um inferno !.....

Os Meninos do Huambo - de Rui Mingas .



Com fios feitos de lágrimas passadas
Os meninos de Huambo fazem alegria
Constroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas
E no céu descobrem estrelas de magia

Com os lábios de dizer nova poesia
Soletram as estrelas como letras
E vão juntando no céu como pedrinhas
Estrelas letras para fazer novas palavras

Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade

Com os sorrisos mais lindos do planalto
Fazem continhas engraçadas de somar
Somam beijos com flores e com suor
E subtraem manhã cedo por luar

Dividem a chuva miudinha pelo milho
Multiplicam o vento pelo mar
Soltam ao céu as estrelas já escritas
Constelações que brilham sempre sem parar

Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade

Palavras sempre novas, sempre novas
Palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo

Assim contentes à voltinha da fogueira
Juntam palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo

Meus caros amigos:

Um muito obrigado pela vossa paciência! Como devem ter reparado tive um problema técnico que felizmente está resolvido. Para além disso, problemas pessoais, forçaram ainda mais a minha ausência. Estive de férias e a complicar a situacão fiquei com malária . E por último, um motivo bem mais triste ainda foi o falecimento de um familiar meu ( idade e doença prolongada) .Estes foram os factos que atrazaram a publicação dos vossos trabalhos. Mas agora creio que podemos recomeçar sem problemas. Devo anunciar aqui vou aproveitar o Timor do Norte a Sul para também incluir nomes da poesia dos nossos paises de Língua Portuguesa. Agradeço sujestões da vossa parte...

Obrigado por apesar de tudo não desisttirem

Bem Hajam

Maracujá Maduro

Sunday, February 04, 2007

Vou a caminho do meu Timor- de Mau Dick






Vou a caminho do meu Timor
Acabarei com todo o desemprego
Para ser ministro de artes e rumor
E terminar todo o desassosego

Para secretario de estado
Emprego o amigo manecas
E todas as sextas-feiras
Bebemos umas belas bujecas

Para condutor o Passos Dias Aguiar
Levar-no-a por esse Timor fora
A procura dos "silat bodoc karau"
E porque nao comecar em Becora

Ao Maracuja pegou-lhe a moda
De cortar a veia democrata
A doenca quando da nas galinhas
Corroi alma de qualquer burrocrata

Um Abraco

Mau Dick

Poema sem nome do amigo Ze Cinico


Depois de alguma ausencia

de novo cantando e rindo

O Maracuja com paciencia

voltou, desta vez sorrindo



Ausencia criada por leitoes

que Maracuja adora na assadeira

comeu demais porcos e porquinhos

e o resultado: uma grande caganeira



Do amigo Ze Cinico sem maldade

Olá Maracujá e amigos deste nosso "cantinho"!- Recado de Antonio Verissimo




De António Veríssimo



Fico contente por ver aqui Rui Cinatti e J. C. Ary dos Santos, um poeta irreverente que nos deixou muito cêdo. Mas fico triste por nada se saber do amigo Mau Dick, que tanto participava.

Faço votos para que só tenha tirado umas férias e reapareça!

Não resisto a tentar colaborar e atrevo-me, uma vez mais, a participar no "Timor do Norte a Sul".



Abraços para todos e o meu regozijo por parecer que a vida em Timor-Leste está um pouco mais calma.


Tenham fé amigos!


Deixo-me vencer pelas memórias

Em busca dos sonhos antigos

Fico enleado em histórias

Em que só vejo sorrisos amigos

E também as belas paisagens

Que agora são só miragens

Contendo desfocadas imagens

Nesta mente já tão usada

Que não esqueçe essas paragens

Alimentando uma memória contente

E o meu coração feliz

Dos queridos vi muita gente

Dos horrores não vi nada

Fui buscar tempos sem dôr

Talvez de uma vida passada

Que há-de voltar a Timor

Desde que seja actualizada

Mais Uma curtinha pr'o Manecas - de Mau Dick



Fografia de uma colega professora de Portugal que aqui se encontra a trabalhar







Uma curtinha pr'o Manecas



Vou ser ministro do Rumor

Para empregar todo o povo

Vou a caminho de Timor

Com um chourico e um ovo


Do ovo faco uma omolete

Para alimentar a bicharada

Acaba-se as artes marciais

E toda essa cowboyada



O chourico serve de arma

Para em caso de necessidade

Defender-me da porcalhada

De quem nao tem parcialidade



Um Abraco

Mau Dick

UMA CURTINHA PR'O MANECAS- por Mau Dick














UMA CURTINHA PR'O MANECAS- por Mau Dick


VOU PARA MINISTRO DO RUMOR

E TAMBEM DAS ARTES MARCIAIS

VAMOS TODOS RESOLVER A CRISE

POIS ISTO TUDO JA E DEMAIS



TRAGO COMIGO UM SURDO MUDO

PARA SECRETARIO DE ESTADO

POIS COM TANTO RUMOR POR AI

SO MESMO UM MOCO AGASTADO



PENSEI EM CONTRATAR O JOAO

JA QUE ELE ESTA DESEMPREGADO

MAS ELE COBRA BASTANTE DINHEIRO

E EU AGORA ESTOU DESPOJADO



VOU-ME CONTENTAR COM O MANECAS

POIS ELE E UM GRANDE PERITO

CONHECE TIMOR LESTE INTEIRO

E SO COME CARNE DE CABRITO




UM ABRACO

MAU DICK

Friday, February 02, 2007

Poema do Pacto de Sangue- Por Ruy Cinatti



Ruy Cinatti

Poema do Pacto de Sangue

Nobres há muitos.
É verdade.
Verdade.
Homens muitos.
É muito verdade.
Verdade que com um lenço velho
As nossas mãos foram enlaçadas.
Nós, como aliados, eu digo.
Panos, só um, tal qual afirmo.
A lua ilumina o meu feitio.
O sol ilumina o aliado.
Agua de Héler!
Pelo vaso sagrado!
Nunca esqueça isto o aliado.
Juntos, combater, eu quero!
Com o aliado, derrotar, eu quero!
A lua ilumina o meu feitio.
O sol ilumina o aliado.
Poderemos, talvez, ser derrotados
Ou combatidos, mas somente unidos.