A primeira vez que ouvi este poema de Rui Mingas, foi atravez da voz do intérprete e compositor Português "Paulo de Carvalho". Ouvi e chorei! Idenfiquei o problema dos Meninos do Huambo com os dos Meninos de Timor-Leste . Chorei e continuo a chorar! Porque os meninos do meu país assim como também os meninos do Huambo ainda sofrem sofrem! ainda!...
Estes meninos não são do Huambo- Angola, são das montanhas de Timor-Leste e as suas vidas são de barriga vazia ... um inferno !.....
Os Meninos do Huambo - de Rui Mingas .
Com fios feitos de lágrimas passadas
Os meninos de Huambo fazem alegria
Constroem sonhos com os mais velhos de mãos dadas
E no céu descobrem estrelas de magia
Com os lábios de dizer nova poesia
Soletram as estrelas como letras
E vão juntando no céu como pedrinhas
Estrelas letras para fazer novas palavras
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade
Com os sorrisos mais lindos do planalto
Fazem continhas engraçadas de somar
Somam beijos com flores e com suor
E subtraem manhã cedo por luar
Dividem a chuva miudinha pelo milho
Multiplicam o vento pelo mar
Soltam ao céu as estrelas já escritas
Constelações que brilham sempre sem parar
Os meninos à volta da fogueira
Vão aprender coisas de sonho e de verdade
Vão aprender como se ganha uma bandeira
Vão saber o que custou a liberdade
Palavras sempre novas, sempre novas
Palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo
Assim contentes à voltinha da fogueira
Juntam palavras deste tempo sempre novo
Porque os meninos inventaram coisas novas
E até já dizem que as estrelas são do povo
Monday, February 05, 2007
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5 comments:
"Bon Voyage" to El Presidente
MARI ALKATIRI ILIBADO
DAS MENTIRAS DO XANANA
O PRESIDENTE INFURIADO
FOSTE UM GRANDE SACANA
DESCULPAS SAO AGORA DEVIDAS
E MUITA VERGONHA DEVIAS TER
O HOMEM NUNCA TIROU VIDAS
POR ISSO NADA TINHA A TEMER
FAZ AS MALAS E EMBARCA
LA PRA TERRA AUSTRALIANA
TIMOR LESTE NAO PRECISA
DE TAO GRANDE SACANA
LEVA CONTIGO TEU AJUDANTE
CHARLATAO RAMOS HORTA
POIS SO DA PARA COMANDANTE
A FRENTE DA TUA PORTA
NAS TUAS FUTURAS ABOBREIRAS
PODES USA-LO COMO ESTRUME
TAMBEM REINADO SEM ESTRIBEIRAS
TE DARIAM GRANDE PERFUME
DESEJO-TE UMA BOA VIAGEM
PARA TI E TUA COMPANHIA
E ESPERO NAO SER SO MIRAGEM
POIS SO ASSIM TIMOR TERA ALEGRIA
Ze Cinico
Maracujá :
E porque a sua págima para mim considero um dos melhores do género envolvndo gentes de Timor-Leste como nós e dos nossos irmãos de Lingua Portuguesa , quero participar com algo que quanto a mim pode ser considerado um dos maiores poetas contemporaneos em Lingua Portuguesa.
Manuel Alegre é um dos meus poetas preferidos.
Tomei a liberdade de aqui incluir a biografia de Manuel Alegre assim como também o seu poema "
"trovas do vento que passa"
Biografia retirada da Enciclopédia Verbo na Internet
MANUEL ALEGRE. Poeta e político português nasceu em Águeda no ano de 1936. Como político, distinguiu-se na oposição ao regime salazarista e marcelista, tendo conhecido o exílio. Após 1974 foi governante e deputado socialista. A sua poesia combina a intenção política com uma dimensão lírica influenciada pela poesia trovadoresca e quinhentista. Para além do tom épico, tem também grande musicalidade, o que faz com que seja muito cantada. Obras principais: Praça da Canção (1965), O Canto e as Armas (1967), Atlântico (1981) e Com Que Pena, Vinte Poemas para Camões (1992).
Poemas de Manuel Alegre foram musicados e cantados desde a publicação do seu primeiro livro. Antes do 25 de Abril, foi musicado e /ou cantado pelos nomes mais representativos da canção de resistência, como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Luís Cília, Manuel Freire, José Niza, mas também por grandes guitarristas de Coimbra, como António Portugal e António Bernardino. Alain Oulman musicou poemas seus para a voz de Amália Rodrigues. Gravou poemas acompanhado pela guitarra de Carlos Paredes. Posteriormente, está representado em Portugal nas vozes de João Braga, Paulo de Carvalho, Vitorino, Janita Salomé e muitos mais. No Brasil, foi musicado e cantado por Maria Bethânia e em Espanha pelo grupo galego “Fuxan os ventos”.
«Trova do Vento que Passa»
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
AH MARACUJA PLANTA EXOTICA
DE FOLHA AMARGA COMO O FEL
A TUA FLOR E MESMO EROTICA
E O TEU FRUTO DOCE COMO O MEL.
Com os meus agradecimentos por ter publicado "Bon Voyage" to El Presidente
Ze Cinico
O poema "Os Meninos do Huambo" é do poeta angolano Manuel Rui Monteiro e não de Ruy Mingas.
O poema não é de Ruy Mingas. A música, sim. O poema é de Manuel Rui Monteiro. Escritor e poeta angolano, autor da letra do Hino de Angola.
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