Presidente Bombeiro!
Temos presidente que é bombeiro
E também nobel da paz
Mas não é nada justiceiro
E ainda acaba em Barrabas
Concorda em libertar carniceiro
Assassinos não quer julgar
Temos presidente bombeiro
Que nem fogo sabe apagar
Presidente bombeiro, mas não sapador
Presidente bombeiro, que não é justiceiro
Assim não haverá paz no meu Timor
Onde quando o sol nasce, vê primeiro
Carlos Batista
3/09/09
Wednesday, October 07, 2009
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10 comments:
Reviver Timor!
E a noite fez-se dia
Num recanto da velha Lisboa
Com o suruboik como melodia
Festa de arromba, gente de Timor, coisa boa!
Os abracos e os beijos incessantes
Saudades levadas da breca
E o Jaime e a Eugenia
e o Victor Murteira e a Meca
Olha o Nascimento, a Celice, a Fernanda
A Maria Luisa, a Dulce e o Alfredo
A Lita Lay, a Luisa Cruz e o Daniel, que banda
Ecoam, vivas olas, meu Deus e Credo!
Serve-se um bom tintol e um aperitivo
Tudo numa grande surdina
Vem o ampta kali como digestivo
Espreitam olhares de esquina
Lembras-te quando fomos ao Kupao?
Eramos todos jovens saltitantes
Representamos a nossa seleccao
Ja nada e como dantes!
Mas o que bom acaba depressa
Chegamos finalmente a despedida
Depois do jantar servido em travessa
Dissemos adeus a toda a comitiva
Mas fizemos uma promessa
Juramento "soko laran"
Que festa nao seria so essa
Timor pro ano, 'haas laran"
Carlos Batista
2/10/09
A Ilha Paraiso!
Eramos jovens, sedentos "do todo da vida"
Viviamos na Ilha Paraiso que era Timor
Para nos a camaradagem era coisa sentida
Assim como belo, era o nosso Amor
Ilha cheia de magia e de sobrenatural
Ilha muito unica e muito linda
Que nem mesmo um vendaval
Nos atirava para a berlinda
Somos corpo e sangue de Portugal
Tecido de boa fibra e duravel
Que nem mesmo um vendaval
Apaga este espirito incansavel
Somos Reis, Parreiras, Pedruco, Braga
Somos Baptistas, Correias, Pires e Simoes
Tambem somos Pintos, Silvas e Fraga
E porque nao Machado, Nascimento e Magalhoes
E os anos foram-se passando lentamente
Passamos a ternura dos quarenta
Novos rebentos ja ecoam firmemente
Caminhamos agora pros sessenta
Mas a Ilha Paraiso Timor
E o nosso maior Amor
Que nos causa por vezes muita dor
Mas que nao nos faz mudar de "cor"
Carlos Batista
26/09/09
Ao Santo Francisco Nascimento!
Estavamos cabisbaixos e com saudade
Eis que aparece o Santo Francisco
Mostra-nos fotos da nossa mocidade
Tira-nos a fome com tao belo petisco
Muita lagrima escorreu silenciosa
Muito palpitar de velhos coracoes
O nosso Timor, terra amorosa
Foi um comover de emocoes
Vimos terra, montanhas e mar
Vimos gente, por-de-sol e agua
Tambem vimos gente a cacar
E tambem sentimos muito magoa
Vimos muitos verdadeiros portugueses
Dos que fizeram Portugal orgulhoso
Tambem vimos muitos burgueses
Muitos labariks e um guloso
Vi o meu bairro dos grilos
Onde a meninice me enriqueceu
So nao vi foi renda de bilros
Ou sera que cego estava eu?
Vi areca, vi malus e ate o navio Timor
Vi barcaca, vi velas e ate o farol
Mas nao vi o meu amor
Tinha dor de cabeca e tomado um "Panadol"
Vi Balide, Taibesse e ate Baucau
Vi mulher bonita, mulher feia
Vi luta do galo e Tatamailau
Vi muita agua e tambem areia
Consegui ver o que ninguem viu
Consegui sentir o que ninguem sentiu
Uma dor enorme, que me feriu
A minha mocidade diak liu!
Carlos Batista
13/09/09
Ontem a noite sonhei!
Ontem a noite sonhei, Joao
Sonhei que se fazia justica
As vitimas da invasao
Acordei estava na missa
Vi dois cardeais
Com capacetes magistrais
Pediam esmolas com bornais
Gozavam ate nao poder mais
Vi criancas a chorar
Palhacos a actuar
Muita gente no bazar
Sem dinheiro para algo comprar
Ia a caminho da Nova Dili
Passand por Bessilau
Para comprar cumbili
Com o meu amigo "Bacalhau"
Carlos Batista
10/09/09
Balibo
Balibo foi uma gota no oceano
Amostra diminuta da brutalidade do "tentara"
Da corrupcao e do nepotismo"hermano"
Que levou 25 anos ao mundo, e nao para
A nossa luta nao e contra um povo sofredor
Que sente na pele tamanho horror
Que nem a capa da democracia lhe da valor
Ao inves da realidade que e Timor
Balibo foi o tempero de um cozinhado
Onde o vinagre foi acentuado
E o comer acabou azedado
Neste mundo de "pau mandado"
Se nao tem havido Balibo
Ainda estariamos subjugados
A uma ditadura sem do
Maltratados e amordacados
Carlos Batista
16/08/09
Fabula - O toke e a formiga branca e as lagartixas!
No teto da casa do bairro dos grilos, onde vivi, moravam um toke, e um exercito de formigas brancas e lagartixas.
O toke, era muito bonacheirao e passava os dias a dormir e a cantar "toke, toke, toke".
As formigas brancas por sua vez, eram bastante obreiras, e roiam o madeiramento do teto da minha casa, dia e noite, incesssantemente.
Um belo dia, o toke, viu que corria o risco de perder a sua habitacao e dirigiu-se as formigas brancas, suplicando:
"Por favor, parem de roer o madeiramento, pois corremos o risco de ficar desalojados."
Ao que reponderam as formigas brancas:
"O que teto para ti e alimentacao para a gente. Se pararmos de roer a madeira, morremos de fome."
O toke, todo triste, vai-se embora cabisbaixo, e encontra de caminho uma lagartixa, que tinha acabado de vir de um concerto de cigarras de Bidau.
O toke, explica-lhe pacientemente o que se esta a passar e a resposta que lhe deram as formigas.
E entao que a lagartixa teve uma ideia luminosa e palavra, puxa palavra, ao fim de duas semanas o teto estava cheio de tokes e lagartixas que em unissomo, sugavam a humidade do madeiramento.
As formigas brancas, deixaram de ter o ambiente propicio para a sua tarefa demolidora e tiveram que se ir embora.
Moral da historia: A uniao faz a forca!
Le Mau Dick
Na herdade pombalina Pombo&Pombo Unidos, viviam o Pombo Verde Loromonu e o Cinzento Loronsae.
Eram amigos inseparaveis, embora vivessem na area pobre da herdade, onde cohabitavam os "pombos non grata". Comiam a fruta que o corvo amassava, mas andavam sempre vestidos a rigor com os seus trajes da pombamoda da epoca. Quando Pombodeus criou o Pombo Verde Loromonu, criou o Cinzento a sua semelhanca.
A amizade era tanta que a "invasao de milhafres", na herdade, durante24 anos, nao os conseguiu quebrar a irmandade, coragem e pombotrismo nacional.
Os donos da herdade decidem um dia doar-lhes uma area de pombovivencia numa area mais luxuosa, onde a abundancia de um liquido a que chamavam agua negra, os iria sorrir nos anos vindouros.
E entao que aparecem uns corvos intrusos, que a todo o custo tentam desistabilzar a harmonia pombalina recem-criada. Trazem consigo frutos estrangeiros, nunca vistos naquelas paragens, que os alucinavam, para lhes ser dado o golpe pombotifero, mais tarde
Mas estes pombos eram especiais, de pena rija, e ja tinham sofrido 24 anos com a invasao dos milhafres,
juntaram-se de novo e combateram os corvos estrangeiros intrusos.
Moral da historia: A unidade sempre ganhara, mesmo no reino pombalino.
Le Mau Dick
O Lay Ming Sing era o unico canalizador e latoeiro de Dili e talvez de todo o Timor, na altura.
Trabalhava para as obras publicas, e morava numa casa de pico batido em Audian.
Era um acerrismo lutador de galos nas horas vagas e criava nas traseiras de sua casa, no quintal duas familias galinaceas, com o intuito dos galos crescerem e virem a ser campeoes na modalidade.
Um belo dia, de um dos ovos de uma mama galinha, nasce uma Galinha Pedrês , a quem da o nome "Manu Inan Makerek".
A Galinha Pedrês,cresceu lado a lado com os manos galitos e o que mais queria na vida, era vir a ser um Galo de Luta (Manu Buras).
Frequenta com os manos a escola primaria de galitos, vai pro liceu nacional de galaros e mais tarde frequenta a academia de" kung fugalos", onde se distingue com a "crista negra de kung galoao", ela a
Galinha Pedrês.
Como toda a familia, tem o seu primeiro combate inaugural no Galodromo de Dili, sita no mercado nacional e vence o seu opositor, um galao de cor vermelha de crista bem erguida, na segunda volta com um "golpe de pedricao" jamais visto naquelas paragens.
E mais tarde galoardada com a Crista Galante, a mais alta condecoracao na modalidade, pelo entao Galomor do mercado municipal.
Moral da historia: O sexo nao determina os campeos das modalidades desportivas
Le Mau Dick
O Lourico de Soibada, de familias abastadas e de muito boa cepa em termos de qualidade de penugem,
foi enviado para Dili, para continuar os seus estudos, no Instituto de Musica de Aviario, que ficava ali para os lados de Balide, nao muito longe do Mercado Municipal.
Ali conhece a Cacatua de Hatolia, que ao contrario dele, e proveniente de aves mais humildes e pobres e que os pais fazem um esforco enorme, para que estude para educadora de infancia la do burgo.
Esta acomodada no colegio das madres cacatuas de Balide e frequenta a Escola de Educadores de Infancia no centro de Dili.
Chilrear aqui, chilrear ali, o Lourico de Soibada, apaixona-se pela Cacatua de Hatolia e e entao que encontra um forte desaprovamento por parte da sua familia, pois de acordo com cultura e costumes de aviario de Soibada, nao e permitido nem visto com bons olhos e bicos, essa uniao ornitologica.
Num ato de desepero o Lourico de Soibada vai consultar a Coruja do Comoro, com a intencao de tudo fazer, para que este lindo amor se concretize defintivamente.
A Coruja de Comoro, ave astuta e de poderes astronomicos, transforma a Cacatua de Hatolia, num Lourico de sexo femenino e os dois, o Lourico de Soibada e a agora Lourica de Hatolia, acasalam-se para sempre. Passados seis meses e com uma ninhada de Louriquinhos, decidem rumar a Ermera onde vivem felizes para sempre.
Moral da historia: O Amor nao tem barreiras, mesmo no reino aviario!
Le Mau Dick
A Gurita era um polvinho cheio de alegria e vivacidade que habitava a restinga de Lecidere com a Lenuk, uma tartaruga, muito amiga e ciente do tudo quanto os rodeava, naquele paraiso coral, onde a abundancia maritima e exotica das profundidades parecia infinita.
A Gurita passava os dias a desafiar a tartaruga para fazer corridas de velociadade, entre Lecidere ea praia de Santana, pois sabia que a Lenuk nao a poderia vencer como todos vos sabeis, dada a sua lentidao quando se movimenta.
Um belo dia a Gurita, foi apanhada nas redes dos pescadores da area e nao havia maneira de a sua rapidez ou dos seus multiplos bracos a conseguirem liberta-la.
E entao que a Lenuk, muito vagarosamente, mas com uma vontade ferrea de a livrar, poe maos a obra,
e roe as redes dos pecadores, criando assim uma fisga escapatoria para a sua amiga Gurita.
A Gurita ficou muito emociada e tambem um tanto ou quanto envergonhada, e a partir dai, comecou a considerar a Lenuk, como uma irma com quem poderia contar nas infelicidades que o destino por vezes tem guardado para todos nos.
Moral da historia: O amor e a vontade ferrea da Lenuk, foram mais importantes que a velocidade e os multiplos bracos da Gurita.
Le Mau Dick
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