Thursday, June 05, 2008

Exposição "Aventura da Língua Portuguesa" na Biblioteca Nacional

Lusa

A ligação do Português com outras línguas não-europeias é destaque na exposição
bibliográfica "Aventura da Língua Portuguesa", que estará patente na Biblioteca Nacional (BNP).

A mostra, que ficará na sala de Referência da BNP até 29 de Agosto, é comissariada
por Telmo dos Santos Verdelho, que no catálogo salienta a "memória histórica da relação interlinguística do português com muitas línguas não europeias",nomeadamente a partir de 1415, quando Portugal conquistou a praça marroquina deCeuta. Essa
influência "alargou-se a toda a África e depois à América do Sul, Ásia e
Oceânia", lê-se numa nota à imprensa da BNP.

A mostra está organizada em quatro núcleos: "Percursos e espaços da língua portuguesa no mundo: a expansão marítima e o encontro interlinguístico"; "Contactos
próximos: o árabe e o hebraico"; "A produção interlinguística no âmbito da missionação: manuscritos e impressos relativos a África, Brasil e Oriente"; e por
último "Lexicografia contemporânea e investigação".

Segundo a mesma nota, "a mostra testemunha a reflexão histórica sobre a diversidade
das línguas e culturas e as dificuldades que as mesmas constituíram nas relações
iniciais de Portugal com outros povos".A exploração marítima portuguesa e a
consequente missionação, tratos de comércio, tratados diplomáticos, revelam
"aspectos do mesmo esforço de compreensão da diferença que os documentos agora
apresentados comprovam".

O padre José Anchieta assume particular destaque no primeiro núcleo onde estão
cartografadas as rotas das caravelas portuguesas que são a origem da actual situação
da língua portuguesa no mundo. O "Diário da Viagem de Vasco da Gama" (1498), de
Álvaro Velho, é um dos documentos expostos e que "pode ser considerado o primeiro
roteiro interlinguístico, onde se encontram múltiplas indicações da consciência da
diferença das línguas encontradas e um pequeno glossário da 'linguagem de
Calecute'", salienta a mesma nota.

A estreita ligação do hebreu a Portugal é salientada no segundo núcleo que apresenta
documentos escritos em hebraico. O comunicado da BNP salienta "a influente e
alargada comunidade judaica" e como esta se fez sentir noutros domínios,
nomeadamente na cartografia. "O reconhecimento social desta elite urbana exprime-se
na inclusão da língua hebraica no currículo humanista a par do grego e do latim".
Neste núcleo são também analisadas as ligações com o árabe, desde a conquista
muçulmana em 711 e mais tarde com as conquistas portuguesas no Norte de África, a
partir de 1415.

O terceiro núcleo é dedicado à missionação e à sua expansão para Oriente, América do
Sul e em África. Neste núcleo são apresentados os primeiros dicionários manuscritos,
feitos pelos jesuítas, quer de línguas africanas, quer de orientais e de etnias
brasileiras. Serão expostas "cartilhas, notícias da chegada da tipografia a paragens
distantes (caso do Japão), glossários de línguas tão exóticas como o concanim
(Índia) ou o tétum (Timor-Leste), transliterações de dialectos brasílicos e
angolanos, notas sobre as estruturas das línguas são alguns dos textos manuscritos e
impressos que dominam este núcleo central", segundo o mesmo documento.

"O último núcleo mostra a produção sistemática e crítica sobre o confronto do
português com línguas que verbalizam civilizações e mundos diferentes", refere a
BNP.

Esta mostra insere-se nas comemorações do Ano Europeu do Diálogo Intercultural.

3 comments:

Anonymous said...

Parabéns pelo blogg
Alfredo
br

Anonymous said...

navegador solitario portugues natural das ilhas dos Açores,está dando a sua 2ª volta ao mundo em barco a vela. Neste momento navegador,e seu barco HWEMINGWAY estão navegando entre as ilhas Samoa e fiji.no mês de Agosto se tudo correr bem será o 1º navegador portugues solitario a chegar a Timor leste. pode consultar site de navegador. www.genuinomadruga.com
abraço. Luis Marques na costa da caparica

Anonymous said...

PALAVRAS SOLTAS DE PENSAMENTOS FRUSTRADOS




Fiz um poema lindo em tempos que já lá vão
Era uma poesia a Timor que me ia no coração
Rezava assim “ ...no alto de uma montanha”
Montado no meu cavalo alazão!
Era mais que um poema de amor
Era mesmo uma declaração.

Estou no alto desta montanha, mas estou só
Vem Cai Hirik meu amor, hau hadomi ó

Ela era linda,
Seus cabelos negros caiam em cascata de caracóis
Seus olhos negros de azevia grandes e gulosos,
Não perdiam em beleza com a sua boca
de carnudos e doces lábios,
com essa boca maravilhosa de expontânea e eterna gargalhada
que lhe subia do âmago da sua sexualidade e do seu gosto pela vida

Toda ela era poesia
A sua pele era rosada, a sua face ficava
Vermelha de excitação, em momentos de delírio,
Quando o prazer lhe punha o sangue em ebulição

Ela era um vulcão que rebentava em fogo e calor
Com a lava do amor descendo aos gorgolões, quente e expeça pelas faldas do seu corpo de marfim, então o mundo acabava ai.

Estou no alto desta montanha, mas estou só
Vem Cai Hirik meu amor, hau hadomi ó

Mau Lear