Wednesday, January 30, 2008
"E O JULGAMENTO FINAL " de Mau Dick
ONDE TODOS NOS NAO ESCAPAMOS
O DITADOR TAMBEM NAO ESCAPOU
QUE VA PARAR AO INFERNO,
ESPEREMOS QUE PAGUE A FACTURA
PARA TANTO MAL E SANGUE DERRAMADO
QUE SINTA O CALOR DO PURGATORIOO
CALOR DE UM CABRITO ASSADO
UM ABRACO
MAU DICK
Tuesday, January 29, 2008
“MONANGABÉ” de António Jacinto
Naquela roça grande, não tem chuva,
é o suor do meu rosto, que rega as plantações;
Naquela roça grande tem café maduro e aquele vermelho-cereja,
são gotas do meu sangue, feitas seiva.
O café vai ser torrado,
pisado, torturado,
vai ficar negro, negro da cor do contratado।
Negro da cor do contratado!
Perguntem às aves que cantam,
aos regatos de alegre serpentear
e ao vento forte do sertão:
Quem se levanta cedo? Quem vai à tonga?
Quem traz pela estrada longa,
a tipóia, ou o cacho de dendém?
Quem capina e em paga recebe desdém,
fuba podre, peixe podre,
panos ruins, cinquenta angolares
"porrada se refilares"?
Quem?
Quem faz o milho crescer
e os laranjais florescer
Quem?
Quem dá dinheiro para o patrão comprar,
máquinas, carros, senhoras
e cabeças de pretos para os motores?
Quem faz o branco prosperar,
ter barriga grande - ter dinheiro?
Quem?
E as aves que cantam,
os regatos de alegre serpentear
e o vento forte do sertão
responderão:
Monangambé...
Ah! Deixem-me ao menos subir às palmeiras,
Deixem-me beber maruvo, maruvo
e esquecer diluído, nas minhas bebedeiras
António Jacinto(Poemas, 1961)
Musicado e interpretado por Rui Mingas
é o suor do meu rosto, que rega as plantações;
Naquela roça grande tem café maduro e aquele vermelho-cereja,
são gotas do meu sangue, feitas seiva.
O café vai ser torrado,
pisado, torturado,
vai ficar negro, negro da cor do contratado।
Negro da cor do contratado!
Perguntem às aves que cantam,
aos regatos de alegre serpentear
e ao vento forte do sertão:
Quem se levanta cedo? Quem vai à tonga?
Quem traz pela estrada longa,
a tipóia, ou o cacho de dendém?
Quem capina e em paga recebe desdém,
fuba podre, peixe podre,
panos ruins, cinquenta angolares
"porrada se refilares"?
Quem?
Quem faz o milho crescer
e os laranjais florescer
Quem?
Quem dá dinheiro para o patrão comprar,
máquinas, carros, senhoras
e cabeças de pretos para os motores?
Quem faz o branco prosperar,
ter barriga grande - ter dinheiro?
Quem?
E as aves que cantam,
os regatos de alegre serpentear
e o vento forte do sertão
responderão:
Monangambé...
Ah! Deixem-me ao menos subir às palmeiras,
Deixem-me beber maruvo, maruvo
e esquecer diluído, nas minhas bebedeiras
António Jacinto(Poemas, 1961)
Musicado e interpretado por Rui Mingas
“LIAFUAN SONA BORUS, LIAFUAN SONA KLEAN” de Abé Barreto Soares
Liafuan, kro'at liu tudik
Liafuan, meik liu surik
Liafuan, sona borus ita fuan
Liafuan, sona klean ita neon
Keta naran losu
Keta naran lekar
Keta naran kari
Keta naran tuda
--
Janeiru 2008
Abé Barreto Soares
Liafuan, meik liu surik
Liafuan, sona borus ita fuan
Liafuan, sona klean ita neon
Keta naran losu
Keta naran lekar
Keta naran kari
Keta naran tuda
--
Janeiru 2008
Abé Barreto Soares
Monday, January 21, 2008
"OS CLICHÊS DA REVOLUÇÃO" de Abe Barreto Soares
Ascendemos a chama da luta!
Engolimos a amargura da derrota!
Anciamos a doçura da victória!
---
1996-2007
Abé Barreto Soares
Engolimos a amargura da derrota!
Anciamos a doçura da victória!
---
1996-2007
Abé Barreto Soares
Friday, January 04, 2008
"RAI TIMOR, RAI LAFAEK, RAI LULIK" de Abe Barreto
Se ó-nia tilun ba nia halerik
Loke ó-nia matan ba nia hamnasa
Tetu nia halerik iha dasin ó fuan
Tetu nia hamnasa iha dasin ó neon
Ó sei la monu
Ó sei la sidi, sama ó-nia ain iha nia foho lolon sira
---
2007
Abé Barreto Soares
Loke ó-nia matan ba nia hamnasa
Tetu nia halerik iha dasin ó fuan
Tetu nia hamnasa iha dasin ó neon
Ó sei la monu
Ó sei la sidi, sama ó-nia ain iha nia foho lolon sira
---
2007
Abé Barreto Soares
Subscribe to:
Posts (Atom)