Friday, November 03, 2006

Timor do Norte a Sul

Para Além de outro oceano
(Fernando Pessoa)

Num sentimento de febre de ser para além doutro oceano
Houve posições dum viver mais claro e mais límpido
E aparências duma cidade de seres
Não irreais mas lívidos de impossibilidade, consagrados em pureza e em nudez
Fui pórtico desta visão irrita e os sentimentos eram só o desejo de os ter
A noção das coisas fora de si, tinha-as cada um adentro
Todos viviam na vida dos restantes
E a maneira de sentir estava no modo de se viver
Mas a forma daqueles rostos tinha a placidez do orvalho
A nudez era um silêncio de formas sem modo de ser
E houve pasmos de toda a realidade ser só isto
Mas a vida era a vida e só era a vida

*******



Este sitio destina-se a troca de impressões e mensagens entre todos os que se interessam por Timor-Leste. É um blog aberto a todos os que de forma positiva queiram participar com algo que nos faça ter orgulho da nosso trabalho, das nossas raizes e acima de tudo da nossa existência como seres humanos.
Se é poeta, ensaista, contador de histórias, pois partilhe com os leitores do Timor de Norte a Sul.
Em Português, em Tetum ou em Inglês. Timor do Norte a Sul é seu....

43 comments:

  1. Olá Maracuja!

    O seu blog funciona :)

    Agradeço a sua participação no Timor-Online e força para este seu espaço.

    Um abraço.

    ReplyDelete
  2. Obrigado Malai Azul pelo seu feed-back

    ReplyDelete
  3. De certesa que vou participar neste seu blog Maracuja. Ja passei o enderço a várias pessoas que gostam de escrever poemas. Acho uma iniciativa positiva , porque Timor/Leste não é só política

    ReplyDelete
  4. Convidam-se todos vós a visitar
    http://timorcartoon.blogspot.com

    ReplyDelete
  5. Anonymous7:47 AM

    Caro Amigo

    Parabéns pelo seu blog!
    Gosto bastante de poesia e acho que irei procurar colaborar no seu "Timor do Norte a Sul".

    A poesia é o lado bom da vida!

    Um abraço

    ReplyDelete
  6. O meu peito doi!
    de amargo e solidão
    de saudade,
    de amor,
    de desespero,
    saudades
    paz perdida
    Meu peito doi!

    ReplyDelete
  7. Caro António Veríssimo.

    Que bom participar neste blog. Assim vamos poder divuogar os valores que vivem á nossa volta. Tanta gente j]a me disse que vai participar.

    Obrigada pelo seu comentário

    ReplyDelete
  8. Anonymous3:12 AM

    Ser poeta não e´só escrever poesia. 'Quano mim o sentir a poesia também faz de mim e de ti um poeta.

    Adoro Florbela Espanca. Como tal aqui vai o seu poema
    "SER POETA"
    Florbela Espanca
    Ser Poeta

    Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
    Do que os homens! Morder como quem beija!
    É ser mendigo e dar como quem seja
    Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!

    É ter de mil desejos o esplendor
    E não saber sequer que se deseja!
    É ter cá dentro um astro que flameja,
    É ter garras e asas de condor!

    É ter fome, é ter sede de Infinito!
    Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
    É condensar o mundo num só grito!

    E é amar-te, assim, perdidamente...
    É seres alma, e sangue, e vida em mim
    E dizê-lo cantando a toda a gente!


    Que tal meus amigos ! Se o Maracujá mo permitir a minha participação neste blog será passar aqui os meus poetas e poemas preferidos.

    Sou Poeta sem saber escrever poesia .

    ReplyDelete
  9. concertesa meu amigo :

    Foi por isso é que criei este blog.

    Força, Para a frente. Passe este o endereço deste blog a outros . Gostaria tanto de ver poemas vossos publicados aqui, da vossa autoria , com pseudonimou ou seu nome verdadeiro , partilhe connosco

    Um abraço

    Maracujá

    ReplyDelete
  10. Anonymous2:05 AM

    Desalento

    Poema de-Vinicius de Morais

    Sim, vai e diz
    Diz assim
    Que eu chorei
    Que eu morri
    De arrependimento
    Que o meu desalento
    Já não tem mais fim
    Vai e diz
    Diz assim
    Como sou
    Infeliz
    No meu descaminho
    Diz que estou sozinho
    E sem saber de mim



    Diz que eu estive por pouco
    Diz a ela que estou louco
    Pra perdoar
    Que seja lá como for
    Por amor
    Por favor
    É pra ela voltar



    Sim, vai e diz
    Diz assim
    Que eu rodei
    Que eu bebi
    Que eu caí
    Que eu não sei
    Que eu só sei
    Que cansei, enfim
    Dos meus desencontros
    Corre e diz a ela
    Que eu entrego os pontos

    Espero que gostem desta minha escolha. Eu adoro a poesia de Vinicius de Morais

    ReplyDelete
  11. Anonymous11:21 AM

    Cântico negro

    José Régio


    "Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
    Estendendo-me os braços, e seguros
    De que seria bom que eu os ouvisse
    Quando me dizem: "vem por aqui!"
    Eu olho-os com olhos lassos,
    (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
    E cruzo os braços,
    E nunca vou por ali...
    A minha glória é esta:
    Criar desumanidades!
    Não acompanhar ninguém.
    — Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
    Com que rasguei o ventre à minha mãe
    Não, não vou por aí! Só vou por onde
    Me levam meus próprios passos...
    Se ao que busco saber nenhum de vós responde
    Por que me repetis: "vem por aqui!"?


    Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
    Redemoinhar aos ventos,
    Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
    A ir por aí...
    Se vim ao mundo, foi
    Só para desflorar florestas virgens,
    E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
    O mais que faço não vale nada.


    Como, pois, sereis vós
    Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
    Para eu derrubar os meus obstáculos?...
    Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
    E vós amais o que é fácil!
    Eu amo o Longe e a Miragem,
    Amo os abismos, as torrentes, os desertos...


    Ide! Tendes estradas,
    Tendes jardins, tendes canteiros,
    Tendes pátria, tendes tetos,
    E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
    Eu tenho a minha Loucura !
    Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
    E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
    Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
    Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
    Mas eu, que nunca principio nem acabo,
    Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.


    Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
    Ninguém me peça definições!
    Ninguém me diga: "vem por aqui"!
    A minha vida é um vendaval que se soltou,
    É uma onda que se alevantou,
    É um átomo a mais que se animou...
    Não sei por onde vou,
    Não sei para onde vou
    Sei que não vou por aí!

    ReplyDelete
  12. Anonymous4:18 PM

    Caro Maracujá

    De poeta nada tenho mas permita-me que cumpra a minha promessa o melhor que posso.
    O meu contributo é muito modesto mas é sentido.
    Um abraço.


    POESIA DA TRETA

    Norte, sul, sul, norte
    Nascente ou poente
    Que importam os pontos cardeais
    Se de todo os lados vem a morte
    Que ceifa a vida da gente
    Vimos morrer gente demais
    Comportam-se como os amantes
    Entrelaçados nos…ais
    Da morte que não se sente
    Mandada pelos governantes
    Que como na penumbra de antes
    Se saciam na morte da gente

    ReplyDelete
  13. Meu caro Antonio Verríssimo

    Ser poeta é isso mesmo, falar do seu sentir sentindo sem pensar em mostrar o que não tem.
    Quanto a mim o que esccreveu tem sentir de gente que sente a dor que nós vivemos neste momento .

    Na passagem do seu poema :

    “Que importam os pontos cardeais
Se de todo os lados vem a morte
Que ceifa a vida da gente
Vimos morrer gente demais”

    Pois quem não sente esta dor que de momento nós os que amamos Timor-Leste sentimos.

    Tocou-me no coração e creio que também dos que lêm este blog.

    Vamos promover este blog e convidar mais gente poeta a participar nesta página com poesia em verso ou em prosa.

    Obrigado pela sua participação

    ReplyDelete
  14. Anonymous5:39 AM

    DO TIMOR DO NORTE A SUL
    MARACUJA MADURO POETA
    DO VERDE,VERDINHO VINHO
    QUE EMBEDEDA O MEU ETECETERA

    JA ATINGISTE 13 COMENTARIOS
    A FERROS E FOGO DE ARTILHARIA
    QUANDO COMPLETARES UM ANO
    COMEMORAREMOS A ANARQUIA

    CONTRATA A MANA MARGARIDA
    PARA PREENCHER ESTE DESERTO
    POIS ELA PALHA ESCARAFUNHA
    E O MALAI DA COR DO CEU E ESPERTO

    O MARI QUE ESTA DESEMPREGADO
    E TAMBEM ESCREVE "AL DENTE"
    CONFORME LI NO OUTRO DIA
    QUER O MATAN RUAK PR'A PRESIDENTE

    TIMOR PAIS DE GRANDES POETAS
    DE SONHADORES E ESCRITORES
    MAS DE FRUTA SO MESMO MARACUJA
    MARACUJA DOS MEUS TREMORES


    UM ABRACO

    MAU DICK
    (IMPLORADOR PARA MAIS COMENTARIOS
    PARA O SITE DO MARACUJA)

    ReplyDelete
  15. Obrigado Mau Dick . Pela tua participação aqui no blog.

    Vamos lá a ver se os nossos escritores e poetas escrevem . Como diz Fernando Pessoa " A minha Pátria é a Língua Portuguesa" . Mas para os que escrevem em outras linguas ( Tetum especialmente) podem e devem participar . Eu creio que é uuma forma de sentirmos o nosso Timor-Leste, a Lingua de Camões e os nossos irmãos dos CPLP mais proximos. Poesia , em "verso ou prosa" apróximam-nos!


    Obrigado

    Maracujá

    ReplyDelete
  16. António Veríssimo disse:


    De poeta nada tenho mas permita-me que cumpra a minha promessa o melhor que posso.
    O meu contributo é muito modesto mas é sentido.
    Um abraço.


    POESIA DA TRETA
    de ANtónio Verissimo


    Norte, sul, sul, norte
    Nascente ou poente
    Que importam os pontos cardeais
    Se de todo os lados vem a morte
    Que ceifa a vida da gente
    Vimos morrer gente demais
    Comportam-se como os amantes
    Entrelaçados nos…ais
    Da morte que não se sente
    Mandada pelos governantes
    Que como na penumbra de antes
    Se saciam na morte da gente

    ReplyDelete
  17. Anonymous5:30 AM

    PUDIM DE MARACUJA

    SEIS MARACUJAS MADUROS
    TRES OVOS
    2,5 DL DE LEITE
    2,5 dl DE NATAS
    50G DE MANTEIGA
    125G DE ACUCAR
    40G DE FARINHA

    CORTAM-SE OS MARACUJAS E COLOCAM-SE NO FUNDO DE UMA FORMA UNTADA.BATE-SE UM OVO,JUNTA-SE O ACUCAR, A FARINHA E DEPOIS OS OUTROS OVOS BEM BATIDOS.LEVA-SE O LEITE A FERVER E VERTE-SE SOBRE A MASSA.LEVA-SE AO LUME PARA ENGROSSAR.JUNTA-SE A MANTEIGA E AS NATAS.VERTE-SE A MASSA SOBRE OS MARACUJAS E LEVA-SE AO FORNO PARA COZER.

    BOM APETITE

    (MARACORUJA MESTRE PASTELEIRO DO HOTEL DE UM MILHAO DE ESTRELAS)

    ReplyDelete
  18. Anonymous6:11 AM

    Catulo da Paixão Cearense
    A FLOR DO MARACUJÁ
    Encontrando-me com um sertanejo
    Perto de um pé de maracujá
    Eu lhe perguntei:
    Diga-me caro sertanejo
    Porque razão nasce roxa
    A flor do maracujá?

    Ah, pois então eu lhi conto
    A estória que ouvi contá
    A razão pro que nasci roxa
    A flor do maracujá

    Maracujá já foi branco
    Eu posso inté lhe ajurá
    Mais branco qui caridadi
    Mais brando do que o luá

    Quando a flor brotava nele
    Lá pros cunfim do sertão
    Maracujá parecia
    Um ninho de argodão

    Mais um dia, há muito tempo
    Num meis que inté num mi alembro
    Si foi maio, si foi junho
    Si foi janero ou dezembro

    Nosso sinhô Jesus Cristo
    Foi condenado a morrer
    Numa cruis crucificado
    Longe daqui como o quê

    Pregaro cristo a martelo
    E ao vê tamanha crueza
    A natureza inteirinha
    Pois-se a chorá di tristeza

    Chorava us campu
    As foia, as ribera
    Sabiá também chorava
    Nos gaio a laranjera

    E havia junto da cruis
    Um pé de maracujá
    Carregadinho de flor
    Aos pé de nosso sinhô

    I o sangue de Jesus Cristo
    Sangui pisado de dô
    Nus pé du maracujá
    Tingia todas as flor

    Eis aqui seu moço
    A estoria que eu vi contá
    A razão proque nasce roxa
    A flor do maracujá.

    ReplyDelete
  19. Anonymous7:02 AM

    O MAR CHORA BAIXINHO
    O VENTO SOPRA DE POPA
    O LORIKO VOA EM MISSAO
    TRAS NOTICIAS DA CACHOPA

    UM CHEIRO A MARESIA
    LA PARA OS LADOS DE BIDAU
    OS BEROS ACABAM DE CHEGAR
    TRAZEM MONTES DE CARAPAU

    CARAPAU DE CORRIDA
    A CURAR-SE EM PORTUGAL
    VAI VOLTAR RAPAZ NOVO
    COM PERFIL DE PASTORAL

    PASTORES PRECISAM-SE
    PARA EDUCAR O GANGANAL
    O CCF SO TEM DOUTORES
    DIZ XANANA, O GENERAL

    SE ISTO NAO E POESIA
    VOU ARRUMAR A CANETA
    DEDICO-ME ENTAO PESCA
    OU A NEGOCIO DE MARRETA


    UM ABRACO

    MAU DICK

    ReplyDelete
  20. Anonymous4:35 AM

    Caro Mau Dick:

    Quem disse que o escreves não é poesia? Se o sentes , quer fales de carapaus , de corrrido ounão é poesia. Poesia não necessita de rimar! Poesia também ´quando não se fala de amar o amante....

    Força p'ra frente porque o Bocage tamb´m tem poemas que não falam de amor....

    ReplyDelete
  21. Anonymous6:52 AM

    ESTE POEMA E DEDICADO A "TIA" CRISTINA.(CONHECI A TIA CRISTINA
    HA 36 ANOS EM DILI)

    ENTRE VARIOS VERSOS QUE RECITAVA
    LEMBRO-ME DE:

    BANANA BANANEIRA
    BANANA DE FOGUEIRA
    AMOR ANTES DE TEMPO
    AGORA JA NAO HA



    MULHER TIMOR DE CABELOS BRANCOS
    HUMILDE E SEMPRE SORRIDENTE
    ESTE MEU DESEJO ARDENTE DE POETA
    TEUS VERSOS MARCARAM PARA SEMPRE

    AINDA EU ERA UMA CRIANCA
    MAS ME LEMBRO ALEGREMENTE
    QUE UM VERSO DA TIA CRISTINA
    TRAZIA UM SORRISO A MUITA GENTE

    POESIA SIMPLES DE MUITO VALOR
    QUE PERDURA UMA ETERNIDADE
    MULHER TIMOR DE CABELOS BRANCOS
    ADMIRO MUITO A TUA SERENIDADE

    NUMA ILHA DO ORIENTE
    A QUE CHAMAMOS TIMOR
    VIVEU A TIA CRISTINA
    A POETISA DE VERSOS DE AMOR

    UM ABRACO

    MAU DICK

    ReplyDelete
  22. Bonito poema dedicado á tia Cristina .

    Como ela muitos velhos de cabelos brancos com ar sereno dão-nos algum socego e muita calma para poderarmos/

    força. Vai também á primeira pagina onde republico os poemas .



    Um abraço

    Maracuja

    ReplyDelete
  23. Anonymous11:56 PM

    Nasci no alto de FATU METAN!
    Meu Pai era lá das Beiras.
    Minha de um outro monte
    lá para os lados das fronteiras...
    Vivi anos lá na aldeia
    onde a saudade era dor
    Dor por ver o monte
    lá para os lados das fronteiras
    nas terras de Timor!
    chorando sangue ...
    por a fronteira
    não mais ser fronteira ....


    Manecas

    ReplyDelete
  24. Anonymous5:11 AM

    ESTES VERSOS SAO PARA O MEU AMIGO
    MANECAS(OLIVEIRA?) DE FATU METAN


    31 ANOS DE SOFRIMENTO
    A DERIVA E SEM PARAR
    O PETROLEIRO "TIMOR LESTE"
    PRECISA DE GENTE QUE O SAIBA AMAR

    MAS FOI BONITO NO MINIMO
    VER TODA AQUELA FANFARRA
    O SR PRESIDENTE, AS MEDALHAS
    E O REINADO QUE NINGUEM AGARRA

    O XAVIER DO AMARAL AGRACIADO
    COM A MAIS ALTA CONDECORACAO
    E O MARI ALKATIRI EM PORTUGAL
    A SOFRER MUITO DO CURACAO

    A MEDALHA DO "BATAR KULIT"
    PARA O AMIGO POVINHO MEU
    QUE CONTINUA A SOFRER TANTO
    EM ATAURO, OE-CUSSE OU AILEU

    NO ESTADIO MUNICIPAL DE DILI
    JOGUEI FUTEBOL E APANHEI MANOLIN
    AS EQUIPAS ALINHARAM DESFALCADAS
    FALTARAM AS VEDETAS DA FRETILIM

    O ARBRITO SENHOR GUSMAO
    APRESENTOU CARTAO ENCARNADO
    O SECRETARIO GERAL FOI DESPEDIDO
    FOI PARA PORTUGAL AMUADO

    MAS VEM AI UM CRAQUINHO
    PARA O ANO DE DOIS MIL E SETE
    CHAMAM-LHE O SENHOR AUTOMATICO
    TRAS MUITAS PISTOLAS E CASSETETE

    UM ABRACO

    MAU DICK

    ReplyDelete
  25. Anonymous7:30 PM

    Maracuja maduro!

    E que tal recordar todos estes "poemas" de "Poetas" que gritavam em voz alta o que lhes ía na alma numa altura em que todos gritavam pela independência de Timor.
    Desculpe-me este abuso mas acho que vale a pena rever:
    Xanana Gusmão's poem
    "A Fighter Who Fell"
    High on the mountain peaks of Timor
    The grass grows
    And warms the fractured bones
    Of a fighter who fell

    Down on the grassy plains of Timor
    A flower shows
    And beautifies the bones
    Of a fighter who fell

    This is the hopeful life that grows
    From life's release
    The life that every woman knows
    Who calls for peace
    With every waking breath
    But not the peace of death

    Throughout the peaks and plains of Timor
    The life-bloood flows
    And animates the bones
    Of the fighters who fell

    Xanana Gusmão
    (originally written in Portuguese)
    English translation by Agio Pereira & Rob Wesley-Smith; versification by Peter Wesley-Smith


    --------------------------------------------------------------------------------

    Duzentos resistentes?
    Como é possivel serem só 200?
    Oh Gente! se me ouvem:
    Oiçam o meu grito de revolta.
    Como eles mentem!!!
    Como eles temem dos 200.
    Há quantos anos andam eles a lutar
    contra os 200 guerrilheiros,
    com dezenas de batalhões,
    eles não conseguem acabar.
    Porque em todos os Timorenses
    Vejo um resistente!
    um rosto de lutador!
    Só 200? Não são?
    Somos todos!
    quer queiram quer não.
    Somos Todos por Timor
    Por um Timor livre...
    Por um Timor Independente.
    Há quantos anos a lutar?
    Até o último a tombar.
    Com todo o fervor
    Timor irá gritar.
    O HINO DA VITÓRIA
    VIVA TIMOR!
    TIMOR DOS TIMORENSES...

    Ramehana Ailatan
    9/June/1997


    --------------------------------------------------------------------------------

    Timor!
    Eu quero cantar e gritar!
    e,
    quando poderei cantar?
    quando poderei gritar?
    Por ti Timor!
    Hoje, amanhã e sempre,
    até que em Timor,
    possamos cantar
    o HINO DA VITÓRIA.
    e gritar,
    TIMOR ESTÁS LIVRE.
    A VITÓRIA QUE JÁ CHEIRA...
    PARA TI TIMOR
    COM AMOR

    Ramehana Ailatan
    6/June/1997


    --------------------------------------------------------------------------------

    Canta liberdade!
    Deixa que o Sol se ponha! Que a Lua sorria!
    Deixa que as bátegas
    da chuva,
    inundem a tua floresta,
    banhem as tuas terras...

    Deixa que o orvalho da manhã,
    faça florir a tua selva...
    a tua casa...o teu abrigo...
    É lá que vives,
    sofres,
    amas,
    sonhas....!

    É lá,
    nessas montanhas...
    nesses rochedos...
    nessa selva...
    com o orvalho da manhã!
    com o por do sol!
    com o sorriso da Lua!
    que tu contornas e moldas...
    dia a dia...
    noite a noite...
    a estátua final da LIBERDADE..!
    para a tua TERRA...
    para a nossa TERRA...

    Felizardo Guerra
    Abrantes, 17/June/1997


    --------------------------------------------------------------------------------

    Até à vitória final!
    Por dentro da noite escura... pl'a calada da noite....
    caminha,...
    O IRMÃO...
    que procura,
    outro IRMÃO!

    Juntos,
    caminham...
    ao abrigo da noite amiga...
    e JUNTOS...
    procuram....
    OUTRO IRMÃO!

    e,
    assim....
    vão caminhando....
    procurando....
    encontrando...
    e,
    cada vez mais,
    IRMÃOS,...
    se juntam...caminham..

    e,
    já não é um!
    nem dois...
    nem três...!
    são milhares..!

    e,
    aos milhares,
    lutam,
    sofrem,
    morrem,
    Choram..!

    Mas,
    juntos,
    aos milhares...
    UM DIA VENCERÃO..!
    E A VITÓRIA FINAL CHEGARÁ..!

    TIMOR...
    SERÁ LINDO...
    COMO O SORRISO DO LUAR..!
    QUENTE COMO O RAIO DO SOL..!

    Felizardo Guerra
    Abrantes, 14/June/1997


    --------------------------------------------------------------------------------

    Morrer por Timor!
    Morrer é viver, morrer é resistir
    É ter a força de transmitir aos que cá
    ficam que é preciso continuar...
    morrer, é a unica coisa que temos como
    certa na vida..
    Mataram David Alex!
    Ele nao morreu para nós como povo...
    Mataram-no!
    Como ontem,
    mataram outros menos conhecidos
    que também lutaram,
    e qual foi o resultado?
    Mais Davids Alex vão aparecer,
    nesta longa e dura luta
    Na longa vivência de luta
    soube transmitir:
    os valores da resistência,
    os valores de lutar até
    conseguirmos o nosso objectivo..
    Não vai desaparecer das nossas mentes
    e quanto mais matarem
    quanto mais tombarem,
    mais iremos resistir.
    Grito de revolta constante
    da nossa parte contra aqueles que tem o poder...
    e que não nos querem ouvir..
    Oh senhores do mundo será que nos ouves?
    Porque não nos escutam?
    Este é o nosso preço?
    O nosso sofrimento,
    A morte de líderes
    de comandantes de
    resistentes anônimos?
    Não queremos morrer!
    não queremos sofrer!
    lutamos pela liberdade
    por aquilo que e só dos Timorenses
    por Timor livre...
    E é com muita garra
    que grito.
    Viva Timor...
    A Vitória chegará.
    E Timor será livre...

    e não se esqueçam daquele fado Portugues onde Carlos do Carmo canta:
    ... por morrer uma andorinha não se acaba a primavera...

    Ramehana Ailatan
    28/June/1997


    --------------------------------------------------------------------------------

    Novembro em Timor
    De Novembro também se diz
    Que é mês dos mortos...

    Em timor,
    de Novembro, só sabemos
    Que acontece todos os dias...

    Não é morrer que nos assusta.
    O que nos angustia
    É sabermos
    Que Novembro
    Pode ser vazio...

    Passam as minutos,
    Passam as noites,
    Passam os anos
    E podem passar as gerações...

    Só quando morrer mesmo
    o último Timorense com vontade
    De ser livre
    Então, teremos perdido definitivamente
    Uma causa que,
    à luz dos nossos horizontes,
    É justa!!!

    Crisódio Marcos


    --------------------------------------------------------------------------------

    Lembranças propositadas
    Sinto ainda o cheiro do
    sândalo e lembro o aroma vértil no reinício da
    vida e a expectativa de
    colheitas abundantes.

    Lembro também coisas belas
    no seio das famílias
    humildes plantadas no solo
    timorense.

    Lembro o Natal herdado,
    o café sempre presente,
    o arroz, o milho, o búfalo...

    Tudo numa harmonia que
    escapava à percepção
    porque a ecologia é útil,
    não é poesia.É sobretudo expressão de viver!

    Lembro ainda o Natal sem prendas,
    sem fartura...
    Lembro um Natal herdado,
    certo, um Natal só com um presépio,
    a partilha de uma noite ou um dia,
    um Menino e doces,
    canções pedindo a companhia dos anjos ou
    que se repetisse a magia
    de Belém.

    É que encanto pode vir
    tão só de uma noite de
    pobreza cantada ou de um
    minuto preso à esperança
    de dias belos!

    Crisódio T. Araújo


    --------------------------------------------------------------------------------

    Away across the Timor Sea
    We fought for our country,
    we fought and loved and died;
    we wrote of our country,
    and sang our songs and died,
    and come again, to find it vain
    that we have warred across the sea
    for promises of decency forgotten.

    We cannot hold our heads up high,
    we can no more with honest eye
    say we did not let them die
    across the Timor Sea
    when, had they held, our promises
    and courage could have saved the lives
    of those more brave and trustworthy than we.

    F.C.
    1992
    (written from the point of view of Australian soldiers who fought the Japanese in East Timor during the Second World War)


    --------------------------------------------------------------------------------

    Timor
    É de Timor que vem
    O grito da esperança
    É de Timor que vem
    O sim estridente da metralha
    É de Timor que vem
    A pátria que não se alcança
    É de Timor que vem
    O rugido da canalha

    Timor

    Um dia te farás
    Do sangue
    Ressurgirás

    Helena Monteiro
    Lisboa, 2 de Fevereiro de 1999


    --------------------------------------------------------------------------------

    Emancipação
    Cansadas já da canga
    e da indignidade do silêncio,
    e fartas do horizonte encurtado
    por panelas e roupa p'ra lavar...

    As mulheres ergueram o "surik"
    para o céu
    e começaram a pisar o chão com firmeza.

    Afonso Busa Metan
    [afonsobusametan@hotmail.com]


    --------------------------------------------------------------------------------

    Ainda
    Ah, não!
    Não e não e não.

    Ninguém ouse tentar,
    lá do alto do seu poleiro,
    logros ou falinhas mansas.

    Crista alta, esporão em riste,
    este galo não sai do terreiro,
    e o combate só termina
    (se terminar...)
    quando os cães se forem
    e o chão for nosso.

    Viva Timor Leste!

    Afonso Busa Metan
    [afonsobusametan@hotmail.com]


    --------------------------------------------------------------------------------

    Botas de Borracha
    Dentro das tuas botas de borracha fizeram teus pés calo e ferida,
    mas também desenharam o mapa da tua terra timor
    e sentiram o formigueiro que precede o combate.

    Não importa por isso se às vezes quiseste que as botas
    tivessem asas,
    quando o coração disparava
    e rezavas alto para que as munições continuassem a
    assobiar-te aos ouvidos
    em vez de te perfurarem o corpo magro.

    E agora quando descansas oculto no matagal
    sorris pensando que um dia irás oferecer as botas a um museu.

    Afonso Busa Metan
    [afonsobusametan@hotmail.com]


    --------------------------------------------------------------------------------

    Por Ti(a)mor, por Timor
    Linda,
    esta terra
    é linda
    E o seu povo
    é mais ainda

    Por Ti(a)mor, por Timor
    Não bastam falsas palavras
    Hipócritas, vestidas a rigor
    É preciso ir além da dor
    Navegar por sobre
    As águas do mar
    Encurtar distâncias
    E o sonho defender
    É preciso amar
    A vida sem temor
    Por Ti(a)mor
    Por Timor
    Ser solidário
    É um dever

    Liberdade

    Lindo,
    este sonho
    é lindo
    E esta gente
    é mais ainda

    Martinho Branco
    Entroncamento-Portugal – 30 de Agosto de 1999
    [ccerrecham@mail.telepac.pt]


    --------------------------------------------------------------------------------

    Desculpa, Timor
    Desculpa, Timor
    um dia fomos ter contigo,
    mas nem sempre fomos teu amigo,
    desculpa, Timor.

    Foram séculos de convivência,
    conheceste a nossa civilização,
    d'outros tivemos independência,
    mas tu,
    Timor,
    ainda não!

    Desculpa, Timor,
    mas, agora, sabemos a verdade,
    copiáste o nosso amor à Liberdade,
    e queres,
    como nós:
    a tua Independência!

    Longe um do outro,
    mas perto pelo coração,
    tu sabes que Portugal,
    e não outro,
    é País teu irmão!

    Desculpa, Timor,
    este amor!

    Silvino Taveira Machado Figueiredo
    [mop49886@mail.telepac.pt]


    --------------------------------------------------------------------------------

    Brava gente de Timor
    Timor,
    País distante para nós
    Nunca vimos um de vocês pessoalmente,
    Mas somos teus irmãos
    Embora vivendo longe
    No Brasil.
    Vivemos longe mas temos os mesmos nomes,
    A mesma língua,
    Talvez o mesmo povo sofrido.
    Vivemos longe,
    Mas suspiramos por ti
    Timor,
    Suspiramos todas as vezes que sabemos
    Que teu povo é massacrado,
    Massacrado por vizinhos que lhe deveriam ser solidários
    No sofrimento, na angústia, no desespero.
    Timor
    Que Deus o abençõe e tenha misericórdia de Ti.
    Não poderá haver tranquilidade
    Em parte alguma da comunidade das nações
    Sejam descendentes de Portugueses ou de outras nações,
    Enquanto não vermos o
    Teu povo feliz,
    Tuas crianças brincando como em qualquer outra nação,
    Tuas mulheres falando livremente como em qualquer país livre,
    Teus homens orgulhosos do solo que lhes deu origem,
    Teu povo compreendido,
    Teu povo agradecido,
    Tua bandeira junto as demais nações,
    Porque Timor tua perseguição,
    Origina-se no fato de quererem serem simplesmente Timonenses,
    De quererem adorar ao seu próprio Deus,
    De quererem serem simplesmente voces,
    Assim como o são as demais nações.
    Por isso Timor
    Receba nossa compreensão,
    Estaremos chorando com os que ai choram
    Na esperança
    De sorrir com os que irão sorrir,
    Não foi assim que nos ensinou Jesus?
    Não é também por ele que voces sofrem?
    E como Nele cremos
    Não é também nosso o Teu sofrimento?
    Será, portanto, nossa também
    A tua paz,
    A tua alegria,
    A tua LIBERDADE.

    Teus amigos do Brasil
    Carlos Siqueira
    [surea@uol.com.br]


    --------------------------------------------------------------------------------

    Timor Loro Sae
    Neste momento somos irmãos
    Selando nosso pacto entre as minhas lágrimas
    E o horror da tua inocência violentada.

    Timor Loro Sae escreve-se com sangue de heróis
    Escreve-se com o horror inaudito da esperança aniquilada
    E a indiferença do olhar prepotente dos que não sabem
    O que é ter honra nem um nome para a verdade.

    E porque Loro Sae é teu sonho
    Mas também o meu e de todos os que te acolhem no exílio
    Continuemos a gritar esse teu nome
    E de uma vez por todas façamos ouvir essa voz
    Nascida do silêncio de um dia mas votada à mais bela das grandezas
    O nome inolvidável de um povo defrontando a morte
    Em nome de uma honra para sempre salva
    Para sempre livre.

    E porque Loro Sae se escreve com o sangue dos seus heróis
    Tomemo-la como o paradigma da pátria
    Onde a voz se ergue livre e indomável
    Aniquilando para sempre os seus traidores
    Aniquilando para sempre os cobardes
    Deixando-os a navegar no esterco da sua cobardia
    Esses que um dia julgaram poder assassinar a voz da liberdade.

    Maria João Cantinho
    Vila Franca de Xira, 6/09/99
    [Arquicunha@mail.telepac.pt]


    --------------------------------------------------------------------------------

    The Four Horsemen
    Again the second horseman
    On his horse of red
    Moves his swod across their land
    Bringing death and dread
    Before him goes the white horse
    Behind him goes the black
    Then at last the pale horse
    With death upon his back
    And all of Hades follows
    This foursome as they go
    And the lamb cannot protect them
    He no longer runs the show
    So we must stop this evil
    This Indonesian curse
    And help the Timorese people
    Before the toll gets worse

    Brian Whitefield
    7th September 1999
    [pegasus_@primus.com.au]


    --------------------------------------------------------------------------------

    Olhos que ardem
    Vemos televisão,
    ouvimos rádio
    lemos jornais
    e ficamos de olhos molhados,
    com uma humidade
    que o sol de Lisboa
    não dissipa.
    Ficamos a sentir-nos
    muito pequeninos,
    a querer estender a mão
    e agarrar Timor pelo colarinho,
    sacudir-lhe o pó e restituir-lhe,
    devagarinho,
    a dignidade e paz merecidas.
    A cor vermelha
    que hoje tinge o chão
    será um dia a cor
    do pulsar de todos
    os corações livres
    em Timor Lorosae.

    Carla Pedro

    ReplyDelete
  26. Anonymous3:03 PM

    Então, amigo Maracujá essa produção poética anda um pouco parada, faz favor de não esmorecer por não haver tanta colaboração quanto a desejada.
    Permita-me uma sugestão: talvez fosse interessante, para além da poesia ser aqui apresentada por todos que queiram também se insertirem biografias e pequenos textos em prosa que nos permitissem ficar a saber um pouco mais de alguns poetas e poetisas e até de outros autores menos conhecidos mas sempre interessantes.
    Isto é só uma ideia...
    Esta semana faleceu um grande poeta português, Mário Cesariny. Pessoa de 83 anos e muito conhecido em poemas adaptados a canções. Mas também foi autor e adaptador de peças de teatro radiofónico na antiga Emissora Nacional de Portugal, entre imensas obras que nos deixou.
    Por agora envio um abraço e o desafio para que os poetas de Timor-Leste e no mundo, principalmente no mundo lusófono, soltem a veia poética e nos encantem...
    Por mim irei esmerar-me o melhor que sei e colaborar neste meu desafio a todos vós.

    Um grande abraço aos que visitarem o Timor do Norte a Sul.

    Um abraço especial ao Maracujá e... força!

    ReplyDelete
  27. Sim António Verissimo:

    Concordo consigo e devo dizer que este tipo de trabalho é o que eu estou à procura, porque falar de politica e ataques aos politicos pois que se façam nas sitios apropriados...Aqui pois vamos promover todo aquele que tem valor humano, talento e sobretudo amor ao próximo. Estou cansado de ver tanta injustiça, tanta violencia e tanta inveja. O nosso mundo tem que ir p´ra frente com gente que se preocupa com o resto do pessoal.

    Vamos então promover os nossos valores.

    Temos tanta gente talentosa, com valor e sabedoria no nosso mundo de Lingua Portuguesa, por eles vamos lá divulga-los.

    Vamos aos nossos poemas e nossas prosas e biografias e fotografias ...que tal António Verissimo. E quero ir pra frente. Durante esta semana pouco fiz porque estive doente com gripe e lhe digo, com febres altas que até pensei que fosse voar com a gripe aviária. Até sonhei que estava no paraiso....seria bom!


    Um Abraço

    Maracujá

    ReplyDelete
  28. Anonymous6:37 PM

    Oh Mau Dick:

    Bem que gostaria de saber quem tu és. Da uma diga para eu ver se és o amigo que penso ser.

    Para o meu amigo Mau Dick aqui vai a resposta ao seu poema ( até podemos fazer uma desgarrada se quiseres) pois aqui vai :

    Mau Dick ,
    não só de Fatumeta
    mas também de Fatu-Hada.
    Do liceu para o aeroporto
    lá andavas meio torto...
    Lá amigo eras.
    Cirandavas pela Fatu Meta
    ...o teu fito era outro
    Parar na Fatu Hada !...
    Bem querias que fosse tua
    Mas não...
    essa era minha essa amada..
    Mau Dick ! Mau Dick
    De motorizada ...
    Camisa azul riscada
    Tudo por causa da minha amada...


    Ora diz lá se acertei em cheio ou não!...


    Um abraço do

    Manecas ( Manecas de Fatumeta e que perdeu a Fatu - Hada)

    ReplyDelete
  29. Homenagem ao Poeta Timorense, Francisco Borja da Costa, morto no dia 7 de Dezembro de 1975, quando a Indonesia invadiu Timor.

    Francisco Borja da Costa é filho do liurai António Costa .
    È natural de Manaturo.

    Estudou em Soibada a escola primária, e depois fez o ensino secundário no Liceu Dr Francisco Manchado.

    Francisco Borja da Costa, é o autor da letra do Hino Nacional de Timor

    Aqui vai:

    Letra de Borja da Costa
    Musica de Afonso de Araujo

    Pátria, Pátria, Timor-Leste, nossa Nação.
    Glória ao povo e aos heróis da nossa libertação.
    Pátria, Pátria, Timor-Leste, nossa Nação.
    Glória ao povo e aos heróis da nossa libertação.
    Vencemos o colonialismo, gritamos:
    abaixo o imperialismo.
    Terra livre, povo livre,
    não, não, não à exploitação.
    Avante unidos firmes e decididos.
    Na luta contra o imperialismo
    o inimigo dos povos, até à vitória final.
    Pelo caminho da revolução.

    ReplyDelete
  30. Anonymous5:16 AM

    MANECAS AMIGO MEU DE FATU METAN
    A MINHA AMADA GREEN CAPE FLOWER
    A FLOR MAIS BELA DO BANANAL
    AO CHEGAR A CASA DO CORTINHAL

    SOU DO TEMPO DO ZE DA COSTA
    DA PEDREIRA E DOS TIJOLOS
    AINDA ERA BASTANTE MOCO
    MAS POSSUIDOR DE GRANDES MIOLOS

    VIVIA NO BAIRRO DOS GRILOS
    ESTUDEI NA ESCOLA TECNICA E LICEU
    FIZ PARTE DA FAMOSA TURMA ESPECIAL
    E ERA AFILHADO DA LINDALVA ABREU

    NAMORISQUEI NO BAIRRO PITE
    QUERIA A PRINCESA DO HORNAY
    MAS O PAIZINHO DISSE QUE NAO
    FUI A VILA VERDE A CASA DO LAY

    NO CRUZAMENTO DE BALIDE
    A SEVERINA SEMPRE AMEI
    MAS FIZ UM ERRO DE JULGAMENTO
    E UMA GRANDE TAMPA LEVEI

    SOU FORMADO EM ELECTRIDIDADE
    MAS NUNCA UMA LAMPADA PUS
    QUERO VIVER PARA A ETERNIDADE
    SOU ADEPTO DO ESTADIO DA LUZ

    UM ABRACO

    MAU DICK

    ReplyDelete
  31. Caro amigo Mau Dick :

    Obrigado pela tua participação aqui. Vai tambem á página principal onde tenho estado a publicar os vossos poemas . Basta clicar /timor do Norte a Sul (em azul no topo a seguir ao post a comment on)

    ReplyDelete
  32. Anonymous5:55 AM

    Timor ! Liberdade perdida" De Robiana Florencio

    Meu amigo
    
Meu irmão !
    
Dá-me as tua mão!
    
Nele deposito esta pedra!
    
sinal de LIBERDADE!
    
Liberdade que quer fugir,
    
De Timor-Leste, terra martirizada!
    
D.Belo diz
    
seus filhos
    
 em guerra sonha!
    
Violencia sua cultura !
    
Timor, Meu irmão!
    
Meu amigo!
    
Dá-me a tua mão!
    
Diz ...violencia não!
    
Segura paz
    
contigo!
    
Diz , violencia ...
    
Não.
    
Toma esta pedra"
    
aperta no coração...
    
Timor meu irmão!
    
Segura a liberdade!
    
Não deixa fugir, Não!

    

Robiana Florencio
    2/12/2006

    ReplyDelete
  33. Anonymous5:03 PM

    This comment has been removed by a blog administrator.

    ReplyDelete
  34. Anonymous5:26 PM

    Resposta a Mau Dick
    ( Um possivel amigo de infancia é demasiada coincidencia)

    Do Bairro dos Grilos 
a Taibesse ...

    ou Kaikole dos Cadastrais...
    Camisa branca ...Risca azul!

    trotineta falhou!

    Eu...Manecas!!!
    
lá dos montes de Fatu-Meta...

    Tua salavação se transformou!

    A hora chegou!

    Vai Mau Dick Vai
...
    que a menina Cortinhal !

    por ti Nao pode essperar...Não
    
Ai ! quem te salvou?

    Não a tua trotineta.

    Mas o Manecas...

    que sem bicicleta 
ficou..
    
Mau Dick Meu Amigo
    
Saudades dos tempos
    Que já lá vão!
    Então!
    Meu mundo!
    É solidão
    
De dor e tristeza ....
    
aperta-me o coração
!
    sem amor...
    
sem firmesa...

    Não mais por Fatu-Hada.
    
Nem Fatu-Metu !
    Maus agoiros
....
    minha Amada
 ...
    Levou!!
    
Asim é a minha vida

    sem Amada
    
nem bicicleta...
    

Mau Dick meu amigo

    Talvez... só de ficção
...
    Mas meu coração
    
Não falha não!


    Amigos de infância 

    Meu coração..
    Não falha Não!!!



    Um abraço
    

Manecas
    5:03 PM

    ReplyDelete
  35. Caros amigos e leitores, aqui o nosso blog está a caminhar...lentamente como o caracol ...mas ESTÁ!

    Acho interessane esta troca de mensagens do Mau Dick e do Manecas ...possivelmente dois amigos de infancia. Vmos lá a ver em que é que isto acaba.
    Existem muitas dicas nos poemas , eu francamente ainda não consegui apnhar quem são, algu´m sabe?

    Gostaria tambe]em de vos lembrar que os vossos poemas são publicados tamém na primeira pagina. Clica no endereço que se segue ,,,, ai então podem responder directamnete autor do texto em questão sem grandes problemas .

    http://timordonorteasul.blogspot.com/

    Um abraço do

    Maracujá

    ReplyDelete
  36. Anonymous5:56 PM

    Tenho lido tantos blogues e tenho algo a dizer sobre este.
    Independentemente de os poemas, cumprirem ou não todas as regras , é deveras agradável visitar este blog.
    O facto de nos apercebermos que aqui está um grupo de bloguistas que ainda cantam timor com muito amor é encorajador.
    Também me apercebi que conseguiu por dois amigos em contacto.
    Um abraço de parabéns pois este blog esta muito bem conseguido da
    ai-funan taci

    ReplyDelete
  37. Aifuna Taci:

    O seu comentário é deveras encorajador para os que lêm.
    Os textos aqui passados vêm como disse das mais diversas fontes. Os poemas... cumprindo ou não as regras acadecadémicas que tanta dor de cabeça nos deu nos tempos do Liceu... são sempre agradáveis de ler.
    Mas afinal a poesia é simplesmente aquilo que sente com rimas ou sem rimas, com métricas ou sem métricas... as palavras que transmitem é sentir é que contam...

    Aifunan Taci! esta é para ti...

    Com um cheiro a marsia ..
    O sussurrar das ondas
    Mansas ....shiu... shiu...
    rolando na areia
    gentilmente te acarecia!
    Aifunan Taci
    do meu Timor
    Do Norte a Sul!...
    Apenas me dá alegria...

    Aifunan Taci do meu Timor...

    ReplyDelete
  38. Anonymous4:44 AM

    ANTONIO DE LAUTEN VENDEDOR DE GELO

    (A PROPOSITO DO ARTIGO DA NUTA SOBRE OS CUBOS DE GELO DOCINHOS)

    AINDA EU ERA UMA CRIANCA
    NA AZAFAMA DO VAI E VEM
    UM CUBO DE GELO DOCINHO COMIA
    VENDIDO PELO ANTONIO DE LAUTEM

    COMECOU A VERGAR OS COSTADOS
    COMO EMPREGADO DA FAMILIA ANES
    ACABOU POR VENDER GELADOS
    PARA A CASA VITORIA DO FUK SIN

    NO SEU TRICICLO DE TRES RODAS
    O ANTONIO PEDALAVA O DIA INTEIRO
    VOLTAVA A CASA SEMPRE VAZIO
    ELE ERA UM GAJO PORREIRO

    HA QUE SE LEMBRAR A HISTORIA
    DESTES HUMILDES PERSONAGENS
    POIS TIMOR DE OUTRORA NAO ERA
    SO PORTUGAL E BELAS PAISAGENS

    UM ABRACO

    MAU DICK

    ReplyDelete
  39. Anonymous6:01 PM

    Com este poema me calo...
    Nunca a aifunan taci mereceu tal atenção.
    Do fundo do coração agradeço, mas não sei retribuir da mesma forma.
    A única coisa que posso oferecer com a máxima sinceridade é que partilhamos o mesmo AMOR:TIMOR.
    com toda a minha garra de mulher-timor, nas minhas preces só peço uma coisa
    Paz para Timor.

    ReplyDelete
  40. Ai Funan Taci:

    Va também à primeira página onde publiquei o seu comentário. Obrigado pela sua maravilhosa participação aqui no blog.

    Maracujá Maduro

    ReplyDelete
  41. Anonymous3:31 AM

    Minha Ilha ....de mar azul

    aguas mansas de Bé Matan

    Monte de Fatukama

    Lá longe ...Ataúro

    de saudade

    Águas mortas, Kaikoli

    Saudades, nada deixou!

    A Colmera

    Mal cheirosa

    Em violencia especialista!

    Minha ilha ...mar azul

    aspira e sonha

    por um ar pacifista

    sem a Colmera malcheirosa,



    Manecas

    ReplyDelete
  42. Anonymous1:51 AM

    Ai Timor, Timor
    Porque tanta dor
    quando afinal,
    tuas montanhas onduladas
    cheias de cafezeiros em flor
    cobertas dessse manto branco
    antes de te cobrires desse fruto maravilhoso,
    que depois de transformado...
    nos consola delicia
    e nos aquece numa noite fria
    como um infindavel sonho de amor.

    ReplyDelete
  43. Anonymous4:36 PM

    Hi, i feel that i saw you visited my weblog thus i got here to return the
    favor?.I am trying to to find issues to enhance my web site!
    I guess its adequate to make use of some of your concepts!
    !
    Feel free to surf my site :: weight loss recipes

    ReplyDelete